Cães, uma terapia para presidiários

Cães, uma terapia para presidiários

Última atualização: 19 outubro, 2017

Nos últimos tempos os cães passaram a ser incluídos nas terapias de presidiários, medida que longe de ser ineficiente, mostrou-se muito eficaz tanto para diminuir a depressão e a ansiedade, como para fazê-los se sentirem melhor terrível contexto em que vivem.

Quer saber um pouco mais sobre isso? Neste texto, contaremos tudo para você.

Às vezes, algumas situações exigem que as pessoas procurem algum tipo de terapia para resolver os seus problemas, já que essa pode ser uma das únicas formas de ajudá-las a ter uma vida normal novamente.

O engraçado é que, quando pensamos em em terapia, a primeira coisa que vem à mente são problemas como depressão ou instabilidade mental, os problemas mais comuns que levam pessoas a procurarem algum tipo de terapia.

No entanto, uma das situações mais delicadas que existem é que alguém está preso. Em casos como esse, não existe apenas a culpa do ato cometido e as suas consequências, mas também um grande sentimento de isolamento, que dificulta que a pessoa volte a se socializar uma vez que esteja livre.

 

Uma terapia de vanguarda

Uma terapia de vanguarda para presidiários

O que agora é uma forma heterodoxa de tratamento com psicólogos, começou como simples medida em que, através da recreação com os cães, os detentos tinham a oportunidade de reabilitarem.

A partir de algumas brincadeiras simples, como lançar bolas, os presidiários conseguiam manter a mente limpa, tranquilizando-se com a companhia desses pequenos amigos de quatro patas, que enchem de carinho um lugar onde antes ele não existia.

Essa impressionante “terapia pet” começou há pouco mais de um ano no presídio Bollate, na Itália, um cárcere experimental de segurança média. Lá, assim como em outras instituições do país, existe uma superpopulação de presos, o que tem preocupado a comunidade internacional por causa dos evidentes perigos que representa.

Para serem tratados por um psicólogo, os presos devem se organizar em grupos de 12 e marcar uma consulta semanal. Durante as sessões, o profissional estará acompanhado de vários cães, que consegue, apenas com sua presença, que os pacientes sentam-se mais confortáveis e relaxados, facilitando o tratamento psicológico.

“É importante acrescentar que a superpopulação desse presídio diminuiu em 20% desde a chegada dos cães, além da implantação de diversos cursos que também foram muito efetivos na reabilitação dos internos, como pintura e yoga.”

Reação dos presidiários

Uma das maiores provas do sucesso dessa nova terapia são as opiniões que alguns presos manifestaram sobre ela, aprovando a sua aplicação e assegurando que é um sopro de ar fresco, graças à ajuda que significa para eles poder interagir com o melhor amigo do homem.

terapia de cães para presidiários

Nazareno Capolari, por exemplo, condenado à prisão perpétua por homicídio, revelou que esse tratamento significou para ele uma experiência incomparável. Ele sempre foi um amante dos animais, tendo vivido a infância e a juventude com muitos cães e gatos em casa.

Por isso mesmo, enquanto o detento brinca com um lindo labrador retriever, espera que a chamada “terapia pet” seja colocada em prática com outras pessoas, como portadores de Mal de Alzheimer ou crianças com problemas psicológicos, pois melhora consideravelmente a socialização e o relaxamento.

Assim como Capolari, outro presidiário declarou que graças à terapia perdeu o medo e a depressão que sentia estando encarcerado. Além disso, ele demonstra vontade de trabalhar com animais no futuro, graduando-se em biologia e, posteriormente, especializando-se em zoologia.

É importante destacar que esse tratamento psicológico com cães também foi colocado em prática na Espanha, onde também conseguiu alcançar ótimos resultados, graças à forma como esses adoráveis animais permitem ao paciente ficar mais relaxado e expressar tudo o que sente com mais facilidade.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.