Se seu cão tem muito medo, leia isto

Se seu cão tem muito medo, leia isto

Última atualização: 19 fevereiro, 2016

 

O medo, essa angústia que –segundo o dicionário- gera-se por um risco ou dano real ou imaginário, pode ser descrito também como uma resposta instintiva a situações que representam uma ameaça. Se seu cão tem muito medo, ajude-o a superar seus temores com paciência e amor, nunca com castigos.

Por que os cães têm medo?

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Um cão pode se assustar por diversos motivos. Entre eles:

  • Falta ou deficiência de sociabilização
  • Separação precoce de sua mãe
  • Experiências traumáticas
  • Predisposição genética
  • Abusos físicos ou psicológicos

Também pode acontecer que alguns cães não consigam identificar de maneira correta as causas de seu medo. Por isso, eles podem chegar a reagir com susto ou agressividade ante pessoas ou situações que nada têm a ver com o motivo de seu temor.

Se você tem um cão medroso, a melhor forma de ajudá-lo a superar seus temores é com paciência e amor.

Como os cães manifestam o medo

Os peludos podem sentir medo de:

  • Determinadas pessoas
  • Outros animais
  • Objetos
  • Ruídos

O temor se manifesta de diferentes maneiras. Por exemplo:

  • Evitam ou se escondem das pessoas ou coisas que lhes provocam temor
  • Latem ou atacam ao objeto/sujeito de seu medo
  • Permanecem imóveis, como esperando que a causa de sua angústia desapareça por magia
  • Mostram-se submissos e temerosos. Ou também deprimidos ou desinteressados

Sinais de que seu cão é medroso

Também existem outros sinais que indicam que o nosso amigo de quatro patas está assustado:

  • Tremores e agitação
  • Taquicardia
  • Urina e/ou defeca
  • Ofegos
  • Hipersalivação
  • Pupilas dilatadas

Quanto a sua linguagem corporal, podemos assinalar que:

  • Arrepia seu pelo
  • Baixa seu corpo no chão
  • Joga suas orelhas para trás
  • Mantém o rabo baixo ou entre suas patas
  • Olha de forma fixa para a pessoa ou a coisa que “o ameaça”

Como proceder se seu peludo é medroso?

Diante de um cão assustado, consulte o veterinário ou a algum especialista em comportamento animal.

O mais provável é que os temores de seu peludo não desapareçam sozinhos. Ao contrário, certamente piorarão com o passar do tempo. Por isso, é importante que você procure uma solução para os medos de seu amigo de quatro patas.

A primeira coisa que se deve fazer, então, é tentar determinar o que é que provoca o medo em seu cão.

Estratégias para aplicar se você tiver um cão medroso

Tenha em mente que, uma vez determinada a causa do medo de seu cão, ele poderá ser tratado e poderá obter uma reabilitação parcial ou total. Para isso, costuma-se empregar 2 métodos: a dessensibilização e o contra-condicionamento.

A dessensibilização consiste em ir expondo o animal a níveis muito baixos ao que está causando seu temor e ir aumentando essa exposição à medida em que ele vai perdendo o medo. O processo é muito lento e exige paciência já que, se formos muito rápido, certamente não teremos êxito.

O contra-condicionamento, por sua vez, consiste em associar o estímulo de medo com uma ação ou comportamento incompatível com o comportamento de medo. Por exemplo, ensinar o cão a se sentar quando aparecer o objeto de seu temor.

Em alguns casos podem se aplicar também tratamentos farmacológicos. Mas eles apenas são efetivos se forem acompanhados de medidas que tentem modificar a conduta do peludo.

O que não se deve fazer ante um cão medroso

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Autor: Nathan Eaton Jr.

Se o seu cão for medroso, evite estas atitudes:

Castigá-lo ante suas distintas reações. Isso apenas o tornará mais medroso.

Forçá-lo a experimentar a situação que lhe causa medo.

Super estimulá-lo. Um animal estressado se torna mais sensível a tudo o que lhe rodeia.

Reforçar seu comportamento temeroso com carícias ou adulações. Felicitá-lo e premiá-lo quando obtiver avanços e for perdendo seu temor.

Paciência e amor para deixar para trás os temores de seu peludo

O melhor que se pode fazer enquanto seu peludo tenta deixar para trás seus temores é lhe garantir um entorno seguro e previsível. Seguir uma rotina diária em relação a passeios e alimentação é o mais conveniente nestes casos.

Busque também encontrar uma maneira de fortalecer seu vínculo com ele, para que ele se sinta seguro e protegido. Além disso, estimule-o com brinquedos e com diversos jogos e exercícios de inteligência.

Como sempre, tenha muita paciência e trate-o com o carinho e o respeito que ele merece.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.