ComeDog: comedouros públicos para cães abandonados

ComeDog: comedouros públicos para cães abandonados

Última atualização: 10 dezembro, 2015

Embora, há muitos cães que se dedicam a resgatar humanos, às vezes são as pessoas quem se dedicam a ajudar aos cães. Por exemplo, ComeDog, um comedouro público para cães abandonados que é muito mais do que isso.

O projeto ComeDog surgiu na Colômbia com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos cães de rua, mas além de alimentar aos cães, esse projeto busca também a esterilização, a adoção ou a recolocação de milhares desses animais em novos lares.

Cada dispensador tem a capacidade de alimentar entre 30 e 40 cães, além disso têm a facilidade para ser transportados para atender diferentes pontos da cidade.

Esse projeto, iniciado pelo Juan Manuel Montoya Pardo, um zootecnista interessado na causa animal, revolucionou em poucos meses a forma, até então conhecida, de ajudar aos animais.

Atualmente, existem perto de 300 comedouros dispersos em 80 municípios da Colômbia, com uma lista que supera os 3 mil padrinhos, além dos milhões de interessados que a cada dia contatam com o Juan Manuel e com sua organização.

Filhotes de cães

Para o que está orientado o ComeDog

O mais interessante desse projeto é que ele busca dignificar os animais em condição de rua, e tenta ajudá-los a conseguir um novo lar ou, pelo menos, a melhorar as possibilidades desses animais de conseguirem alimentos e uma melhor qualidade de vida.

Além disso, uma das principais preocupações das pessoas que iniciaram esse projeto era a de frear ou diminuir a superpopulação de cães e gatos de rua, assim como a reprodução indiscriminada.

Conscientes de que o problema se encontra na posse irresponsável de animais de estimação, através dos comedouros públicos, busca-se gerar compaixão na comunidade, para fazer campanhas de sensibilização que apontem pra uma posse responsável de animais de estimação.

Igualmente, esse projeto funciona a base de pessoas interessadas em ajudar aos cães de ruas, financiando os comedouros públicos de seu próprio bolso.

Como funciona o ComeDog

É importante entender que esse projeto vai muito mais além de simplesmente alimentar aos cães, pois com isso, apesar de promover o bem-estar do cão, não se faz nada sobre a reprodução dos animais, que é outro dos grandes aspectos que o ComeDog procura atender.

Portanto, as pessoas que decidem apadrinhar um animal devem atender também a uma série de compromissos que apontem para o melhoramento da qualidade de vida do cão, como por exemplo:

  • Cada patrocinador é responsável por esterilizar os cães que visitam frequentemente seu comedouro;
  • Devem também, além disso, fazer campanhas que ajudem na adoção dos mesmos;
  • Elaborar, na medida de suas possibilidades, campanhas, sejam físicas ou através das redes sociais, que visem sensibilizar a comunidade sobre a importância de não abandonar cães e de tratar de ajudar aos que vivem em condição de rua.

Apesar do projeto estar mais focado em cães, atende também a diferentes espécies nessa condição, como por exemplo os gatos.

Ração para cão

Autor: Fernando Dall’Acqua

Quem pode ser um padrinho?

Qualquer pessoa interessada no projeto pode se vincular. Porém, com o compromisso de manter o ComeDog com água e alimento suficiente para abastecê-lo, e outros compromissos que se assume ao se juntar ao projeto.

Igualmente, deverá realizar o pagamento de 165 mil pesos colombianos (Aproximadamente 60 dólares), dinheiro com o qual financiará a fabricação e o frete do comedouro público.

Esse projeto foi muito bem-sucedido, e mostrou interessados em diferentes países da América, principalmente no Peru, na Guatemala, na Venezuela, na Bolívia, no Equador e nos Estados Unidos, pois há pessoas nesses países que desejam se juntar ao projeto que alimenta a alma dos animais e de seus anjos.

É interessante observar como esse tipo de propostas têm cada vez mais peso, e é mais fácil encontrar pessoas interessadas em ajudar aos animais sem importar o custo que isso tenha ou os sacrifícios e esforços extras que deverão ser feitos.

 

Créditos da imagem: Juanedc.


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