Como os gatos enxergam as cores do mundo?

Como os gatos enxergam as cores do mundo?

Última atualização: 26 outubro, 2015

Se voc ê tem um gato como animal de estima çã o, talvez tenha se perguntado  mais de uma vez como esses animais  percebem  o mundo atrav é s do sentido da visão, mais longe do dado de sua excelente vis ã o noturna. Como o ser humano estuda tudo o que os rodeia, existem estudos que  tratam de compreender a forma como os felinos v ê m o mundo.

Assim, descobriram que os olhos d esses animais t ê m muitas coisas em comum com os nossos e  tamb é m algumas diferen ç as.

Precisões para compreender como os gatos veem o mundo

Gato singapura

Os olhos dos gatos estão especialmente desenhados para enxergar em situações de penumbra e escuridão . As causas estão relacionadas com a   necessidade que os ancestrais dos felinos tiveram para  prolongar o tempo dedicado à ca ç a.

Ter que ca ç ar de noite provocou uma adaptação dos olhos dos felinos a tais condições , calcula-se que os gatos têm uma capacidade entre 6 e 8 vezes maior que as pessoas para enxergar.

Contamos algumas particularidades dos olhos felinos:

  • Seres humanos e gatos compartilham o mesmo tipo de células da visão (bastões e cones), que estão distribuídas de distintas maneiras. Nos olhos dos felinos predominam os bastões, que captam muito mais luminosidade e não são sensíveis à cor. Além disso, se saturam quando há muita luz.

Esse é o motivo pelo que os gatos enxergam  muito melhor na escurid ã o. Mas tamb é m é  a causa de  enxergarem  tudo exageradamente claro (como se o mundo fosse um foco branco) em plena luz do dia. Nossos olhos, em contrapartida, t ê m um maior n ú mero de cones, o que nos permite distinguir as cores com luz brilhante.

  • As células bastões dos gatos não se conectam de forma direta com o nervo ocular. Primeiro fazem entre elas e constituem pequenos grupos de células. Isso é o que possibilita que eles enxerguem melhor na penumbra ou na escuridão, em que os olhos humanos são quase inutilizáveis.
  • Em contrapartida, durante o dia, os olhos dos gato não enviam ao cérebro informações detalhadas sobre que bastões são estimulados. Por esse motivo, têm uma visão diurna mais turva que a nossa.
  • Além disso, o predomínio de bastões sobre cones faz que o gato veja com muita mais precisão os movimentos rápidos, que o diante dos olhos felinos aparecem como mais lentos do que realmente são. Ao mesmo tempo, eles percebem com maior dificuldade os movimentos lentos, a tal ponto que eles podem perceber como objetos parados.

Cor e enfoque

Gato

Nossos amigos gatunos não têm um interesse especial pelas cores , como a  maioria dos mam í feros. A exce çã o à norma parece que s ã o os primatas e os humanos.

Os seres humanos têm nos olhos tr ê s tipos de c é lulas cone receptoras das cores: vermelho, verde e azul. Os gatos e c ã es, no entanto, não possuem o cone vermelho. Pode-se dizer que os felinos são dicromáticos . Seus cones s ó distinguem comprimento s de onda de 450 a 454 nan ô metros (azul-violeta) e de 550 a 561 nan ô metros ( amarelo -verde).

Recentemente, estudos foram realizados e indicam que eles t ê m um terceiro tipo de cone que acentua a cor verde. Em todo caso, na vis ã o desses animais h á aus ê ncias de vermelhos e, em especial, as tonalidades s ã o menos fortes do que as que são percebidas pelo olho dos humanos.

Em rela çã o ao tamanho da cabe ç a, os olhos de nossos amigos felinos são maiores que os nossos olhos , o que contribui em  uma melhora da vis ã o noturna. Por é m , essa caracter í stica tem inconvenientes como o enfoque a curta dist â ncia para eles . N ão podem fazer foco em alguma coisa que esteja a menos de 30 centímetros.

Por sorte, tudo se compensa e aí entra em jogo os bigodes , que permite  detectar objetos que est ã o perto do corpo. Como dado final, eles t ê m um campo visual de 200 graus, enquanto o dos humanos é de 180. A vis ã o perif é rica é de 30 graus em cada lado, enquanto que nos humanos é  de 20.

No entanto, mais longe de todas estas precisões técnicas, os cientistas ainda não conseguiram entrar  no cérebro dos animais de estimação para entender como decodificam a informação que eles  recebem através dos sentidos e, assim, explicar melhor como eles percebem o mundo.


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