Por que os cães veem portas invisíveis

Por que os cães veem portas invisíveis

Última atualização: 28 fevereiro, 2017

Muitas vezes, os animais de estimação ficam parados diante do umbral da porta. Embora ela esteja aberta, eles se negam a atravessá-la. Será que pressentem algo que nós não podemos identificar? Você gostaria de saber por que os cães veem portas invisíveis? Neste artigo, vamos falar sobre isso.

Os cães veem portas invisíveis ou há algo mais?

Segundo os cientistas, esse comportamento canino está relacionado ao processo de domesticação pelo qual atravessaram os antepassados deles, e à realidade física. De outra maneira, não podemos entender como um animal tão inteligente pode agir assim.

Se você tiver um animal de estimação em casa, com certeza já deve ter experimentado ou observado essa cena. O animal fica sentado ou quieto no umbral da porta (aberta) como se um vidro lhe impedisse de passar para o outro lado. Esse obstáculo invisível não pode ser atravessado a menos que o dono retire-o do meio do caminho. Nem sequer ao instiga-lo a passar, através de brincadeiras ou comida, eles se mexem do lugar. Mas quando se faz um gesto indicando que a “porta imaginária” se abriu, ele caminha sem problemas.

É, sem dúvida alguma, um mistério que vale a pena analisar. Por um lado, podemos nos referir à dependência dos animais de estimação aos seres humanos. Por outro, muitas vezes não têm a capacidade para compreender o funcionamento e a interação com certos objetos.

É claro que os cães demoram para compreender a física (inclusive, nós, pessoas, não entendemos totalmente certas teorias). Para eles, o componente social é indispensável. Eles têm a capacidade de resolver problemas complexos, mas precisam do componente social para conseguir isso. Se não compartilham essa atividade com alguém, procuram uma saída menos inteligente e, por fim, nem tão certa ou eficaz.

Por esse motivo, não distinguem se, em uma porta, existe um vidro ou não. Além de não quererem atravessá-la até que recebam a permissão do dono, outros querem passar quando está fechada e dão de cara com o vidro.

Os cães veem portas invisíveis ou humanos necessários

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Há décadas se debate se a domesticação dos cães os fizeram perder certas habilidades. Em comparação com seus primos mais próximos, os lobos, não conseguem evitar certos obstáculos, tampouco encontrar algumas saídas ou resolver problemas “cotidianos”, como, por exemplo, encontrar refúgio para a comida deles, se ela não for servida.

Não é que os cães vejam portas invisíveis, mas também precisam da aprovação do dono para fazer muitas coisas. Os bichinhos são mais do que dependentes dos humanos após tantos anos de domesticação e convivência.

Por exemplo, quando os levamos para passear e nos encontramos com alguém, é provável que o cão nos olhe primeiro antes de reagir ou tomar uma decisão. Se houver alguma situação que não possam resolver sozinhos, preferem buscar ajuda do seu dono, ao invés de pensar por si mesmo.

A dependência em relação ao ser humano é enorme. Em muitos casos, confia mais nos sentidos do homem do que nos sentidos deles próprios. Além disso, o processo de domesticação causou a aquisição de certas habilidades, mas a perda de outras. Dessa maneira, a pressão evolutiva lhes serviu para compreenderem melhor a linguagem e a entonação da fala humana, bem como também nossos olhares.

Se o cão estiver acostumado a atravessar a porta de vidro apenas quando o ser humano a abre, ele esperará até que isso aconteça. Não se pode esquecer que os animais de estimação são muito apegados aos costumes deles e aprendem através da repetição.

A capacidade de distinguir o vidro nem sempre é a melhor. Algumas raças de cães (como os labradores) não enxergam bem. Por isso, baseiam-se no olfato ou na audição para suas atividades diárias.


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