É possível o contágio de piolhos entre humanos e animais?

É possível o contágio de piolhos entre humanos e animais?

Última atualização: 24 fevereiro, 2016

As pessoas, assim como muitos animais – entre eles gatos e cães – podem ter piolhos em algum momento de nossas vidas. No entanto, o contágio de piolhos entre humanos e animais de estimação é impossível. A seguir, iremos explicar o porquê.

Contaremos por que não existe contágio de piolhos entre humanos e animais

Cão se coçando com piolhos

Os piolhos são insetos com mais de 3 mil variedades, cada uma delas com um nome específico. Eles agem como parasitas dos animais em que vivem. Em outra palavras, precisam de um hóspede concreto para conseguir sobreviver. Por tal motivo, os piolhos que afetam os animais de estimação não podem contagiar os seres humanos, e vice versa.

Então, os pediculus humanus capitis, estes inquilinos incômodos que às vezes se mudam para nossas cabeças, são próprios dos humanos. Não podem sobreviver em um cachorro ou um gato. O mesmo acontece com os piolhos que os animais de estimação podem ter. As pessoas não servem para os seus fins.

Assim, tenha consciência de que os produtos para eliminar os piolhos que atacam os humanos não devem ser usados em animais de estimação. E o tratamento que o veterinário receitar para eliminar estes insetos do seu cão ou do seu gato nunca deve ser usado em você ou nos seus filhos.

Os piolhos que afetam os animais de estimação não se contagiam aos humanos. Da mesma forma, os que moram em cães e gatos não podem sobreviver em nossas cabeças.

Características do piolho que vive na cabeça dos humanos

Os piolhos que vivem nas cabeças das pessoas não medem mais do que 3 milímetros e são de forma ovóide. Dependendo da quantidade de sangue humano que tiverem em seu organismo, a sua cor pode variar do amarelo ao marrom. Seus ovos se chamam lêndeas e alcançam entre 0,3 e 0,8 milímetros.

Ao contrário do que se acredita, eles não pulam nem voam, dado que não possuem asas. Mas como se deslocam a uma velocidade que varia entre 6 e 30 centímetros por minuto, podem passar com facilidade entre cabeças que estiverem em contato. E embora não representem uma ameaça para a saúde, são um grande incômodo.

A típica coceira que eles costumam causar no couro cabeludo se deve às picadas que eles nos dão para se alimentarem de nosso sangue. Embora não possam sobreviver mais de 48 horas longe de uma cabeça humana, podem sobreviver aos banhos e às lavagens de cabelo.

Gatos, cachorros e piolhos

Menina beijando gato

É pouco provável que um animal de estimação saudável tenha piolhos. Geralmente eles aparecem em animais com uma alimentação deficiente, e em idades muito iniciais ou avançadas. De qualquer maneira, se você suspeitar que algum dos seus amigos de quatro patas está sendo afetado por este tipo de parasita, não se desespere. Eles são mais fáceis de eliminar do que as pulgas e os carrapatos.

As espécies de piolhos que atacam com mais frequência nossos amigos peludos são:

Felicola subrostratus

  • Afeta gatos de todo o planeta.
  • É um inseto mastigador que mede entre 1,2 e 1,3 milímetros.
  • Prolifera-se, sobretudo, em animais idosos e abandonados, especialmente quando são de pelo longo.

Heterodoxus spiniger

  • Surge em cães de todo o mundo, exceto na Europa.
  • É mastigador e pode alcançar os 5 milímetros.
  • A sua origem se deu na Austrália, onde passou de raças mais antigas aos cães dos colonos.

Trichodectes canis

  • Ataca cães de todos os continentes.
  • Sua longitude varia entre os 1,5 e 2 milímetros.
  • Se situa principalmente na cabeça, pescoço, orelhas e torso dos animais.

Estes três tipos de piolho podem transmitir, por exemplo, Dipylidium caninum, um verme parasita dos caninos e felinos.

Controle dia a dia e aja com rapidez

Tenha em mente que, tanto no caso de pessoas quanto de animais que sejam invadidos por estes indesejados insetos, o importante é nos mantermos alertas e analisar a cabeça de nossos filhos e os pelos de nossos animais e agir rapidamente se for descoberto algum piolho.

Consulte um médico ou um veterinário, dependendo do caso, para que ele possa aconselhar a respeito da melhor forma de eliminá-los sem afetar a saúde dos humanos e dos animais de estimação


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.