Torção gástrica em cachorros, um problema muito sério

Torção gástrica em cachorros, um problema muito sério

Última atualização: 29 junho, 2015

A torção gástrica em cachorros é um problema médico muito sério. Essa doença consiste na distensão do estômago, com a possibilidade da torção desse órgão a partir de seu eixo. A condição ameaça seriamente a vida do animal

O que é torção gástrica em cachorros?

Torção gástrica em cachorros

A torção gástrica é o ato do estômago do cachorro girar sobre ele mesmo e  inchar (ainda que não se saiba ao certo se o inchaço acontece antes ou depois da torção).

O problema é que ao girar, o estômago fecha sua entrada e sua saída. Dessa forma, o animal de estimação não pode descarregar o conteúdo estomacal.

A pressão do órgão aumenta e provoca mudanças que podem afetar outros órgãos e põe em risco a vida do bichinho. Se a situação não for corrigida com rapidez, ele entrará em estado de choque e morrerá.

Os sintomas da torção gástrica são dores abdominais, inchaço do estômago, salivação excessiva, nervosismo e vontade de vomitar.

Além disso, pode causar problemas internos no cão como debilidade na contração dos músculos do estômago ou hiperatividade dos hormônios.

Assim que os primeiros sintomas surgem, há necessidade de levar o cão ao veterinário para que a pressão estomacal seja aliviada e o paciente fique estabilizado. Para isso, é provável, inclusive, que deva ser realizado um procedimento cirúrgico para corrigir a torção.

O tratamento clínico dessa doença é um dos mais complicados. Logo, no que se refere a essa condição, é sempre melhor prevenir do que remediar.

Causas da torção gástrica nos cachorros

Causas da torção gástrica

As causas exatas da torção gástricas nos cachorros são desconhecidas. Acredita-se que possa ser uma doença com motivações genéticas, porém, os estudos ainda não são conclusivos.

O que se sabe é que a condição acontece devido a uma fraca fixação dos ligamentos que prendem o estômago, e frequentemente isso acontece em animais que pertencem a um mesmo dono.

É por isso que também não é descartada que a doença tenha como motivação as condições ambientais a que seu animal de estimação é exposto.

Também não se descarta que seja devido à ingestão excessiva de alimentos ou água, uma vez que se um cachorro come em excesso acabará forçando em demasia os ligamentos já debilitados.

Temos que levar em conta que foi o homem e não a natureza que propiciou a formação das diferentes raças caninas.

Essa seleção “artificial” foi feita para que raça tenha características muito especificas, que normalmente são determinadas pela estética (tamanho, volume, cor, tipo de pelo, etc.), mas também podem ser de caráter (habilidades especiais, temperamento, etc.).

Como muitas raças de cachorros foram selecionadas pela mão do homem; falando de outra maneira, a natureza não teve o tempo para fazer as mudanças necessárias no organismo dos animais e a evolução das raças ficou incompleta. 

E isso se traduz em que hoje em dias os cachorros com mais de 3 kg de peso são candidatos ideais para sofrer dessa condição.

Quem pode sofrer a torção gástrica?

Há algumas raças de cachorros que são mais propensas a sofrer dessa enfermidade que outras, como as grandes de peito profundo, tais como o Pastor Alemão, o São Bernardo, o Borzoi e o Setter Irlandês.

No entanto, a doença também foi observada em cães de menor porte como o Basset Hound, o Dachshund e o Pequenês.

Recomendações para evitar a torção gástrica

Como as causas exatas da torção gástrica não são conhecidas com precisão, o melhor é tentar reduzir o risco de sua manifestação com uma nutrição correta.

Para evitar essa enfermidade nos cachorros, o melhor é dividir a ração que é dada diariamente em duas ou três porções de comida ao longo do dia, levá-los para fazer exercício pelo menos uma hora antes e duas horas depois das refeições.

Além disso, as raças com pré-disposição a essa doença devem se alimentar em um ambiente tranquilo, para evitar que ingiram ar em excesso juntamente com a comida.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.