Um cão deprimido pode cometer suicídio

Um cão deprimido pode cometer suicídio

Última atualização: 21 junho, 2016

A depressão é um estado mental extremamente delicado que, em muitas ocasiões, pode levar quem sofre a cometer suicídio. Às vezes, essas pessoas chegam a um grau de desespero tão grande que encontram no ato a única forma de escapar desse problema tão difícil.

Pode ser difícil de acreditar, mas isso não afeta apenas os seres humanos, mas também os cães. Um cachorro pode desenvolver um quadro depressivo depois de passar por alguma situação traumática e dolorosa, como a morte do dono, maus-tratos ou até abandono. Todos esses casos podem levar um cão a desenvolver depressão e tendências autodestrutivas.

Se você não sabia que esse problema tão delicado afeta também os nossos amigos peludos, saiba mais a seguir.

Por que os cães se suicidam?

Cachorro
Autor: Soggydan Benenovitch

Primeiramente, é importante pontuar que, de acordo com alguns estudos, o cão é um lobo domesticado. Graças a isso, o cão se sente mais estressado e solitário ao viver em cidades e não em manadas com outros animais da mesma espécie, sem o contato com o homem.

Outra diferença em relação aos lobos é que os cães não conseguem se manifestar através de uivos, mas apenas com latidos, que não cumprem o mesmo objetivo, gerando ansiedade nesses animais.

Em suma, os cães têm dificuldade em manter o equilíbrio emocional quando algo os perturba. Isso pode deixá-los com uma forte depressão, doença que na maioria das vezes tem início quando os seus donos se ausentam momentânea ou permanentemente.

Quando estão muito angustiados, os cães desenvolvem tendências autodestrutivas e adquirem um desinteresse generalizado. O mais comum é a perda de apetite, que pode evoluir para uma grave desnutrição e até levar à morte, já que o animal com esse delicado estado emocional não demonstra emoção com qualquer tipo de estímulo.

Quais são os principais sintomas?

Existem diversos sinais que o cão pode apresentar quando está sofrendo de depressão profunda, entre eles:

  • Lamber-se com frequência: quando o seu pequeno amigo está deprimido, ele começa a se lamber compulsivamente para se acalmar. No entanto, essa ação pode ser muito perigosa, causando lesões dolorosas, como a dermatite por lambedura ou granuloma;
  • Incapacidade de sentir qualquer tipo de prazer;
  • Perda de apetite;
  • Perda de interesse, que pode se manifestar por apatia constante;
  • Um cão deprimido passa mais horas dormindo do que o comum e deixa de realizar atividades físicas.

Cabe destacar que, muitas vezes, esses sintomas são intensificados pelos próprios donos ao não tratar adequadamente o cão quando ele passa por alguma situação delicada.

Como podemos ajudar um cão deprimido?

Dono passeando de bicicleta com o cachorro

Quando o seu cão estiver sofrendo com uma forte depressão, é muito importante demonstrar, mais do que nunca, o amor e o afeto que você tem por ele como dono e companheiro.

A seguir, listamos alguns conselhos muito úteis para ajudar o seu animal de estimação a superar o quadro depressivo:

  • Faça o seu cão ouvir música relaxante e divertida. A melodia o ajudará a se distrair e recuperar novamente o humor;
  • Se o seu cão acabou de passar pela perda de um ente querido, o mais recomendável para ajudá-lo a superar a dor é tirá-lo do ambiente que o faça se sentir mal e levá-lo para outro lugar por algum tempo. Se o dono faleceu, o melhor é presentear o cão com um novo amigo ou dono para começar do zero;
  • Observe todas as necessidades do cão e converse mais com ele. A comunicação com o seu peludo é fundamental para ajudá-lo a superar momentos difíceis e é uma demonstração de carinho inestimável.

Assim como nos seres humanos, quando um cão se encontra em depressão profunda é essencial dar prioridade e dedicar todo o tempo que puder a eles, evitando que a situação fique mais complicada.

Eles precisam entender que não estão sozinhos e contam com alguém que os ama incondicionalmente. Compreender isso é o começo da recuperação.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.