A agressividade não é culpa do seu cachorro

A agressividade não é culpa do seu cachorro

Última atualização: 19 julho, 2017

Dizem que existem animais de estimação maus ou perigosos… Mas, a “culpa” não é da genética nem da personalidade do animal, mas sim, muitas vezes, os culpados são os donos e a forma que criaram esses animais. Neste artigo, contamos a você por que a causa da agressividade não se encontra no animal.

A agressividade e os cães

Ver um cão mostrando os dentes e latindo, muito nervoso, é uma das consequências de ser agressivo. Esse comportamento pode acarretar em muitos problemas, não só para o animal, mas também para aqueles que os rodeiam.

Costuma-se dizer que essa ou aquela raça é “agressiva”, porém, isso é discutível. Não é pelo fato de um animal pertencer a uma raça em particular que ele atacará ou morderá. A agressão nos cães é um comportamento dirigido a outro ser em razão de defesa ou de ataque. Além disso, pode ser provocada como demonstração de dominação ou por medo.

Por que a agressividade se desenvolve no cão?

São muitos os fatores que podem influenciar na agressividade canina. Vários deles têm origem no animal, mas outros se devem à relação dele com os seres humanos. As principais causas da agressividade canina são:

1.Problemas de saúde

Se o animal sentir dores e não estiver com bom estado de saúde, pode desenvolver comportamentos agressivos. É mais comum quando têm problemas de pele ou uma fratura em um osso, estiver machucado ou debilitado. Por não terem a capacidade de reconhecer que esses sintomas se originam de sua condição física, consideram que aqueles ao seu redor lhes estão fazendo mal. Esse comportamento é normal em cães de rua que sofreram abusos.

Se o seu animal começa a se mostrar mais agressivo sem motivo aparente, recomendamos que você o leve ao veterinário para que ele avalie se seu pet sofre de alguma doença ou patologia.

2Falta de socialização

É fundamental que um filhote entre 3 e 12 semanas de vida tenha contato com outros animais para começar o processo de socialização. Essa fase não se restringe só a conhecer outros cães, mas também inclui pessoas desconhecidas que não pertencem ao seu meio familiar.

Um cão socializado é mais saudável, mais equilibrado e menos agressivo. Se, ao contrário, nunca passeou pelo parque, não conheceu outros cachorros ou se apenas fica perto das mesmas pessoas, é mais comum que o medo, o estresse e os nervos o tornem agressivo. Por isso, é essencial socializá-lo desde tenra idade.

3. Má educação

Se o cão não for adestrado de forma adequada e não forem estabelecidos limites, provavelmente ele ficará agressivo com qualquer ser que queira “confrontá-lo”, seja o dono, através de uma ordem, ou outro animal, enquanto brincam ou convivem. A má educação também pode abranger excesso de mimos, tratá-lo como uma pessoa e não ensiná-lo a agradecer.

Por outro lado, os castigos em excesso, os gritos sem medida e as pancadas podem agravar a agressividade do cão. Deixá-lo sempre preso, não dar comida, desafiá-lo por qualquer coisa… tudo isso são hábitos que modificam a personalidade do animal.

4. Maternidade

É provável que as fêmeas passem por uma fase de agressividade durante o parto e nos primeiros dias de nascimento de suas crias. Ela não permitirá que ninguém (que lhe traga desconfiança) toque ou se aproxime dos seus bebês. Esse comportamento é instintivo e a todo momento ela buscará proteger os filhotes.

5. Territorialidade

Alguns cães podem ser agressivos quando percebem que sua liderança ou seu controle territorial está em perigo. Se um intruso invade o seu espaço ou toma um objeto que é seu, ele responderá com grunhidos e latidos. É importante evitar isso, se quisermos levar outro animal de estimação para casa ou se estivermos esperando um bebê.

Em relação a isso, também podemos nos referir à possessividade que alguns cães desenvolvem seja por um objeto, uma pessoa ou outro animal. Se ele tiver um brinquedo e nós quisermos tirá-lo dele, ele o defenderá com unhas e dentes. Se nós quisermos nos aproximar de seus filhotes ou de seus cães “sob proteção” (no caso de machos alfa), também pode agir dessa maneira.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.