Enguia: saiba mais sobre esse temido peixe

A enguia é um dos animais mais antigos da história. Conhecida por sua capacidade de gerar correntes elétricas fortes, podem medir até dois metros de comprimento.
Enguia: saiba mais sobre esse temido peixe

Última atualização: 10 outubro, 2018

A enguia, também conhecida como “peixe-elétrico” é um peixe que é fácil de identificar, pois parece uma cobra que nada em rios e mares. Algumas delas são mais perigosas, devido à sua capacidade de dar choques elétricos. Saiba tudo sobre este temido animal no artigo a seguir.

Características gerais da enguia

A família das enguias é formada por peixes que têm a capacidade de viver em rios e mar (eurialinos) e que se distribuem em águas tropicais e temperadas do Pacífico e do Atlântico.

São animais muito antigos. Fósseis de enguias com cerca de 20 milhões de anos já foram encontrados.

O corpo alongado é a principal característica destes peixes: pode ter entre 70 centímetros e dois metros, sendo as fêmeas maiores em tamanho.

A pele é coberta com uma secreção mucosa para que possa deslizar melhor pela água e fugir de predadores.

Suas escamas são microscópicas e de cor marrom-esverdeada, quase preta. A barriga é amarela ou branca e atrás da cabeça há duas barbatanas pequenas.

enguia, ou peixe elétrico

Elas fazem viagens de até quatro mil quilômetros para desovar no mar, ao contrário do que o salmão faz quando vai ao rio para botar seus ovos.

Uma vez naquele local, com características específicas (até 500 metros de profundidade e 15°C de temperatura); elas se reproduzem e, após a cópula e a postura, morrem.

Os ovos eclodem após alguns dias e se movem pelas correntes marítimas para alcançar os canais do rio novamente. 

Pode levar até quatro anos para chegar à sua nova casa!

Ao entrar em contato com a água doce, elas realizam a metamorfose que as transformará em enguias. 

Um fato muito curioso é que, de acordo com a salinidade da água, os indivíduos serão machos (água mais salgada) ou fêmeas.

A enguia é onívora, mas se alimenta principalmente de pequenos peixes, crustáceos, moluscos, vermes e insetos.

enguias

A enguia europeia

É uma das espécies mais famosas de enguia, comum no norte do Oceano Atlântico e nos mares europeus.

Pode medir cerca de 1,3 metro e pesar cerca de sete quilos.

Não tem espinhos, sua mandíbula inferior é mais longa que a superior e tem uma espécie de “barbatana única” que vai do ânus até a metade das costas.

Quando o inverno termina, chega ao Mar dos Sargaços para se reproduzir. As larvas permanecem lá por 10 meses e depois viajam para as costas da Europa graças às correntes do Golfo.

Elas empreendem o retorno ao mar quando são adultas e, durante todo esse tempo, não se alimentam.

A enguia norte-americana

Este peixe migratório está presente na costa leste da América do Norte, tem a pele fina e coberta por uma camada mucosa.

As barbatanas da enguia americana estão ligadas entre si, como acontece com o seu parente europeu.

Pode ser de várias cores: amarela, verde, cinza claro, marrom ou verde oliva. No entanto, o ventre é sempre mais claro que o dorso.

A coloração depende do tom da água em que vive.

Para se reproduzir, viaja para o oceano, a fêmea deposita até quatro milhões de ovos flutuantes e morre após esse tremendo sacrifício.

Os ovos eclodem dez semanas depois e as larvas viajam para os sistemas de água doce – Hudson River e Chesapeake Bay, por exemplo – para amadurecer.

A enguia elétrica

Não é um parente direto das outras enguias, mas elas compartilham certas características físicas. Entre elas corpo comprido e esverdeado, e a boca coberta por dentes com uma mandíbula inferior mais proeminente que a superior.

A enguia elétrica tem a capacidade de emitir descargas de até 850 volts, graças a células especiais.

Este método é usado para caçar suas presas, defender-se e até se comunicar com seus pares.

Pode manter a descarga elétrica por um minuto contínuo!

Ela vive na América do Sul, especificamente nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco, e prefere áreas tranquilas com solos pantanosos.

Os maiores exemplares de que se têm notícia mediam 2,5 metros e pesavam cerca de 20 quilos.


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