Os cães idosos e a Síndrome de Disfunção Cognitiva

Os cães idosos e a Síndrome de Disfunção Cognitiva

Última atualização: 15 junho, 2017

Dizem que não existe nada mais triste do que envelhecer. E infelizmente, tudo envelhece: nós, as coisas e os nossos animais de estimação também. Observar como nosso cão vai se consumindo não é nada agradável, mas ficar bem informado sobre os problemas que eles podem sofrer é importante para poder ajudá-los a amenizar problemas como a Síndrome de Disfunção Cognitiva.

Então, hoje vamos falar sobre a tal Síndrome de Disfunção Cognitiva em cães idosos.

A Síndrome da Disfunção Cognitiva; o que é isso?

Esse transtorno é mais comum em cães idosos ou de idade avançada. De acordo com estudos, ela parece ser causada por alterações no tecido nervoso, devido ao envelhecimento celular que acontece ao longo dos anos.

O tecido nervoso dos cães é extremamente sensível aos radicais livres e esses provocam o envelhecimento, e, até mesmo, a morte dos neurônios que se encarregam das tarefas mais importantes. O cérebro não pode criar novos neurônios que substituam os danificados, por isso, ocorre o processo de envelhecimento.

Devido a todas essas mudanças no cérebro e à falta de neurônios, o animal começa a ter mudanças de comportamento que dificultam uma boa qualidade de vida, assim como a capacidade de interagir com outros cães ou, inclusive, com os seus donos.

Os sintomas

Para saber se o seu cachorro pode estar sofrendo com a Síndrome de Disfunção Cognitiva, é importante que você conheça os sintomas dessa doença. São estes:

  • Desorientação. Um cão com essa síndrome vai perambular pela casa, tropeçando em tudo, como se não conhecesse o lugar, e, possivelmente, também vai ter dificuldade em reconhecer os membros da família, vizinhos ou amigos. Na rua, mesmo sendo um território por onde passa e conhece, a desorientação será ainda maior. Um dos sinais mais evidentes surge quando eles se escondem embaixo do sofá ou de uma mesa e não conseguem sair de lá.
  • Diminui a interação com outros animais ou pessoas. Se o seu cachorro sempre foi sociável e agora parece que não quer fazer nada, nem sequer com você, é um sinal claro de que está sofrendo desse transtorno. Ele pode mostrar desinteresse pelo carinho e não vai buscar sua atenção como fazia antes.
  • Alterações no sono. Se dormem muito de dia e pouco de noite, ou dormem pouco o dia todo ou demais, é um sinal de que algo não anda bem e possivelmente seja a Síndrome de Disfunção Cognitiva.
  • Hábitos higiênicos. Se eles começarem a fazer xixi pela casa ou a defecar como nunca antes faziam ou a não pedir para ir à rua quando têm necessidade, é porque algo não funciona no sistema nervoso deles.
  • Latir sem motivo aparente, especialmente à noite.
  • Lentidão em obedecer a ordens que antes eram simples para ele.
  • Já não conseguem fazer aquelas coisas que tinham aprendido, como se sentar ou não comer comida do chão, etc…
  • Sentem-se confusos quando têm que fazer coisas que são rotineiras, como, por exemplo, ir comer ou dormir.
  • Ficar de pé com o olhar perdido e sem se mover é um sinal claro de Síndrome de Disfunção Cognitiva.

Tratamento

Embora seja uma doença degenerativa e não haja muito o que se possa fazer para curá-la, ela pode ser melhorada sim, com certos cuidados. O tratamento poderá ajudar seu animal de estimação a ter uma melhor qualidade de vida no caso de ele sofrer a Síndrome de Disfunção Cognitiva.

  • Nicergolina. É um vasodilatador cerebral que pode aumentar as funções cognitivas de seu animal de estimação.
  • Selegilina. Reduz a deterioração da dopamina.

Além disso, o uso dessas substâncias pode ser alternado com produtos naturais que podem combater os efeitos dos radicais livres. Estes são:

  • Vitamina C e E
  • Selênio
  • Coenzima Q10
  • Ácido lipoico
  • Semente de uva
  • Vitamina B11
  • Ômega 3
  • Fosfatidilserina

Obviamente que o fato dessas substâncias ajudarem não significa que você não tenha que levar o seu cachorro ao veterinário, procurar o melhor tratamento.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.