A síndrome braquicefálica: um perigo para algumas raças

A síndrome braquicefálica: um perigo para algumas raças

Última atualização: 08 outubro, 2016

Se você possui um cão com o focinho achatado, deve saber que ele não está isento de padecer da síndrome braquicefálica. Trata-se de um grupo de anomalias anatômicas que podem chegar a obstruir as vias respiratórias altas e que, se forem descobertas a tempo, podem evitar problemas mais graves. Por isso é importante que o veterinário controle muito bem o seu animal de estimação.

Alguns dados sobre a síndrome braquicefálica

A particular anatomia dos cães braquicefálicos geralmente impede o fluxo normal do ar porque possuem menos espaço para que ele alcance os pulmões. Portanto, também chega menos oxigênio a seu sangue. Isso acontece porque eles podem apresentar:

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  • Estreitamento dos orifícios nasais.
  • Palato mole alongado (é o que separa a parte posterior da cavidade nasal da boca).
  • Sáculos da laringe revirados que obstruem a passagem do ar para a traqueia.
  • Traqueia  hipoplásica (apenas em algumas raças).

Os animais de focinho chato tem a tendência de sofrer da síndrome braquicefálica. Trata-se de um grupo de anomalias anatômicas que podem chegar a obstruir as vias respiratórias altas do seu animal de estimação. O diagnóstico prematuro e o controle constante por parte do veterinário são essenciais para que o seu animal possa enfrentar da melhor maneira possível esse grave inconveniente para a sua saúde.

Sinais de que seu cão sofre da síndrome braquicefálica

Se você notar alguns desses sinais no seu animal de estimação, procure um veterinário para que ele determine se são sintomas da síndrome braquicefálica:

  • Salivação excessiva.
  • Presença de espuma branca na saliva.
  • Barulhos estranhos e dificuldade para respirar (boca aberta, respiração ofegante, uso exagerado da musculatura abdominal).
  • Ronco.
  • Apneia durante o sono.
  • Perdas passageiras de consciência (síncopes).
  • Coloração azul ou lívida da pele e das mucosas causadas por uma oxigenação deficiente do sangue (cianose).
  • Regurgitação.

Se você não tratar o seu cão a médio ou longo prazo ele pode sofrer de:

  • Problemas cardíacos severos.
  • Hérnias de hiato.
  • Edema da glote (inflamação grave das mucosas que se encontram na garganta e na parte alta da laringe).

Saiba quais são as raças com maior predisposição a sofrer da síndrome braquicefálica

Ainda que nem todos os cães de focinho achatado sofram dessa patologia, algumas raças apresentam uma maior predisposição. Entre elas:

  • Buldogue Inglês
  • Pug
  • Boxer
  • Pequinês
  • Boston Terrier
  • Shi Tzu
  • Lhasa Apso
  • São Bernardo
  • Mastiff
  • Maltês
  • Yorkshire Terrier
  • Chihuahua
  • King Charles Spaniel

Como melhorar a vida de um cão que sofre da síndrome braquicefálica 

Tanto as altas temperaturas, como o estresse ou a simples excitação podem ocasionar uma maior dificuldade respiratória no seu cachorrinho. E ela se agrava se, além disso, ele apresenta excesso de peso.

Então, se o seu cachorro sofre da síndrome braquicefálica, tenha em mente as seguintes recomendações:

  • Evite atividade física intensa e a exposição a temperaturas elevadas, já que são animais muito suscetíveis ao calor.
  • Coloque um arnês ao invés de uma coleira na hora de passear e leve sempre água.
  • Mantenha seu nariz livre de muco.
  • Procure um espaço com temperaturas e umidade agradáveis dentro de casa.
  • Vigie-o enquanto ele come para evitar possíveis engasgos, sobretudo se o animal for muito ansioso.
  • Controle seu peso.

A opção cirúrgica para corrigir as anomalias anatômicas

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Em alguns casos, é provável que seja necessário operar o seu animal de estimação com síndrome braquicefálica para melhorar sua qualidade de vida.

A cirurgia pode consistir em ampliar os orifícios nasais externos ou em extrair o excesso de palato mole e os sáculos da laringe revirados.

A correção dos orifícios estreitos do nariz do cachorro é um procedimento simples e que muitas vezes melhora notavelmente os sinais dessa patologia. Essa intervenção cirúrgica pode ser feita a partir dos 3 ou 4 meses de idade.

No caso do palato mole, corrigir seu alongamento contribui para diminuir a pressão sobre as estruturas da faringe e da laringe durante a inspiração.

Não hesite em consultar um veterinário para que ele possa recomendar as melhores opções para que seu amigo de quatro patas possa estar mais saudável e feliz.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.