Tubarões de água doce: você conhece algum?

Tubarões de água doce: você conhece algum?

Última atualização: 21 janeiro, 2019

Essas espécies são muito difíceis de ver, e uma grande parte delas está em perigo de extinção. Os tubarões de água doce podem viver em riachos, rios e lagos.

Quando pensamos em um tubarão, o imaginamos perto das praias ou nas profundezas dos oceanos. No entanto, também existem tubarões de água doce, dos quais falaremos nesse artigo.

O que são tubarões de água doce?

Esse gênero, chamado Gylphis, é realmente estranho e quase não há informações sobre ele. Isto ocorre porque as espécies que o compõem ficam escondidas em seu habitat. Ao contrário dos marinhos, estes peixes grandes são encontrados em riachos, lagos e rios.

5 tubarões de água doce

No momento, são conhecidos 6 tubarões de água doce. Um deles já está extinto e o restante criticamente ameaçado:

1. Tubarão lança

É uma espécie de tubarão muito pouco conhecida, que vive na Austrália, Nova Guiné e Malásia. Prefere as águas turvas de rios, manguezais e estuários longe da costa.

Até agora, o maior espécime encontrado media cerca de 2,5 metros. Além disso, o corpo desta espécie é aerodinâmico, robusto e com uma cabeça larga e pequena, que possui um focinho amassado e um grande nariz triangular.

Suas mandíbulas são largas e seus dentes têm bordas serrilhadas, que permitem a alimentação principalmente de peixes e crustáceos ósseos. Ele não é um tubarão muito ativo. No entanto, se necessário, pode nadar em grandes velocidades.

2. Tubarão-do-rio birmanês

Este peixe cartilaginoso da família de Carcharhinidae foi analisado após a captura de um espécime no rio Irrawaddy, em Burma. Ele prefere sedimentos de água salobra e mangues. Seu corpo é cinzento com a pele muito grossa. Além disso, seu focinho curto e redondo, olhos e narinas pequenas e barbatana dorsal é muito larga.

Não há apenas uma razão pela qual o tubarão do rio birmanês está em perigo crítico de extinção. Dessa forma, a pesca intensiva com redes e dispositivos elétricos, a poluição da água, a destruição de manguezais e sua distribuição muito restrita se unem causando essa situação.

3. Tubarão fluvial do norte

É outro dos tubarões de água doce, que neste caso vive nos rios de Papua Nova Guiné e norte da Austrália. Além disso, ele prefere viver principalmente em áreas com visibilidade muito baixa, grandes marés e fundos claros.

É muito semelhante a outras espécies do rio gênero Glyphis: corpo robusto, cabeça achatada, focinho arredondado, olhos pequenos e boca grande, com 34 fileiras de dentes na mandíbula superior e 35 no inferior, todos eles sendo bem apontados.

Estes peixes não são vistos em demasia e estima-se que apenas 250 permaneçam em liberdade. Quando começaram a ser capturados ilegalmente por pescadores comerciais ou esportivos, assim como passou a viver em um habitat degradado, vários esforços tiveram que ser feitos para evitar sua extinção, como a criação de uma área protegida em Kakadu, no norte da Austrália.

alguns tubarões de água doce

4. Tubarão de Ganges

Esta espécie é muito rara e só pode ser vista em um dos rios mais importantes do mundo. Além disso, ele tem um ‘parente’ próximo, o tubarão da Sardenha, com o qual é frequentemente confundido. Ele já foi encontrado nos cursos médios e inferiores de outros rios da Índia: Hooghly, Brahmaputra, Bihar e Orissa.

O tubarão do Ganges tem um corpo marrom-acinzentado, sem manchas, compacto e com um focinho arredondado. É uma espécie vital no ecossistema fluvial e considerada bastante perigosa para humanos, embora isso não tenha sido confirmado cientificamente.

5. Tubarão do rio Bornéu

O último dos tubarões de água doce é de pequeno tamanho (as fêmeas têm cerca de 80 centímetros e são um pouco maiores que os machos) e acredita-se que hoje só restem 30 indivíduos em seu habitat natural (rios e lagos de Bornéu). Dessa forma, ele está em estado crítico de extinção.

O tubarão do rio Bornéu se alimenta de caranguejos e peixes, que captura com seu focinho quadrado e robusto e seus dentes afiados como flechas. Seu corpo é prateado e ele se reproduz de maneira vivípara.


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