Como ajudar um gato em luto
Os seres humanos não são os únicos a sofrerem com a morte de um ser querido. A seguir, daremos alguns conselhos para ajudar um gato em luto por seu dono.
Aguentar a morte de um dono pode ser difícil para um gato, pois estes desenvolvem sintomas de estresse, depressão e ansiedade depois de que isso acontece, em especial quando era a pessoa por quem o animal se sentia mais apegado.
Luto: a dor de perder um ente querido
Autor: Felipe Zamora
Muitos animais de estimação choram a perda de um ente querido e provavelmente experimentam os mesmos sentimentos de confusão e tristeza que nós, seres humanos.
Para os gatos, perder seu dono resulta em uma situação extremamente incômoda, se somarmos a isso o trauma de terem que se mudar para um novo ambiente e as transformações que, inevitavelmente, acontecerão em seu lar.
Isto faz com que a vida seja ainda mais estressante para eles, por isso eles tendem a ficar distantes, entorpecidos ou se esconderão. Eles fazem isso porque costumam se sentir muito vulneráveis e sozinhos.
Como podemos ajudar
Normalmente, durante os primeiros dias do luto, o máximo que você verá de seu gato serão o brilho de seus olhos, debaixo da cama.
Com isto, você deverá ser paciente e tentar se aproximar sem ser invasivo. Você poderá se sentar perto do lugar onde ele está e falar com ele. É incrível, mas os gatos respondem bem à voz humana, em especial se for feminina.
Pouco a pouco, o gato começará a procurar atenção e afeto, irá te procurar, farejará e te permitirá acariciá-lo. Entretanto, isso é algo que não deve se forçado, lembre-se que ele está passando por um momento traumático e qualquer estímulo poderá gerar uma reação negativa.
Também vigie para que durante este tempo ele se alimente e se hidrate apropriadamente, a falta de alimento poderia resultar em problemas sérios de saúde. Leve a sua tigela de comida até onde ele se esconde e, em caso de ele não querer se alimentar de jeito nenhum, você deverá recorrer a um especialista.
Uma vez que o gato deu o primeiro passo, você poderá estimulá-lo com brinquedos, podem ser os de varas com plumas, que por terem cores chamativas e se moverem muito, os gatos costumam gostar deles. Pode ser que a princípio ele se mostre resistente, mas com o tempo ele irá querer brincar.
Acompanhe-o durante o tempo que ele quiser interagir com você, ele decidirá o quanto irá querer prolongar o contato e, se ele decidir voltar para o seu esconderijo, permita-lhe. Muitas vezes estas atitudes de rejeição não são para com as pessoas que cuidarão dele dali para frente, são para a situação em que ele se encontra, pois é normal que estejam chateados e confusos pelas mudanças em seu ambiente e estilo de vida.
Se o gato tiver sido retirado de seu entorno habitual, o mais provável é que ele não tenha uma ideia de onde se encontra ou por que se encontra em determinado lugar. Demorará algum tempo para que ele entenda que a situação é permanente e começará a explorar a casa com o passar do tempo.
Dê a ele meios de entretenimento
Algo que ajudará muito um gato em luto será ter coisas com as quais se entreter, além dos objetos que lhe pertencem.
Se tiver a possibilidade de ter sua caminha, brinquedos e os mesmos pratos que se alimentava antes será ótimo, pois isto lhe ajudará na adaptação ao novo ambiente.
O que o gato deve aprender é a se sentir seguro neste novo ambiente, de modo que você deverá ser cuidadoso com as experiências que ele venha a ter durante o período de adaptação, que normalmente dura algumas semanas.
Passados alguns dias, você poderá passar a alimentá-lo com sua mão, em vez de empurrar o prato debaixo da cama. Desta maneira, ele irá se acostumar com o seu cheiro e o associará com sensações agradáveis. Você deve tentar motivá-lo, pouco a pouco, a querer sair da segurança de seu esconderijo e interagir com os seres humanos.
Você verá como o gato retomará suas atividades normais e se adaptará ao seu novo ambiente.
Créditos das imagens: .Y B e Felipe Zamora.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.