Como evitar a agressividade nos cães
Ter um cão é uma experiência muito gratificante. No entanto, às vezes pode se tornar uma verdadeira tortura se o animal for agressivo. Daí a importância disso não acontecer, porque poderia levar a consequências graves das quais todos nós estamos cientes. Portanto, neste artigo vamos mostrar como evitar a agressividade nos cães.
Uma certa agressividade nos cães é normal
Devemos ter em mente que uma certa agressividade nos cães é natural. Isso se baseia no fato dos cães serem animais sociais, preparados para viver em bando ou matilha.
Dentro do grupo existe uma hierarquia. Há um chefe da matilha ou um super alfa, os cães alfas são os dominantes em diferentes níveis, mas não como o líder, e, em seguida, os outros que são os mais submissos.
O líder do bloco vai usar a agressão para controlar e proteger o grupo, além de punir o que não é considerado apropriado. Os outros membros também vão ajudar a manter o status do grupo, levá-lo a diante, cuidar dos filhotes ou obter comida.
Os mais submissos podem se comportar com submissão apenas por medo. E isso é natural: garantir a sobrevivência do grupo e manter as relações uns com os outros.
Quando eles passam a viver com os humanos, eles ainda mantêm os mesmos comportamentos. Portanto, passamos a agir como se fôssemos parte dessa matilha e, dependendo do nosso papel no grupo, eles também irão nos atribuir um.
Sendo assim, é essencial que os cães logo percebam quem é o chefe da casa. Claro, esse papel tem que ser nosso.
Um caso à parte é quando os proprietários estão procurando um cão para fins diferentes dos fins de convivência. Você poderá encontrar mais informações no artigo:
Existem cães agressivos ou os donos é que são perigosos?
Que aspectos temos que levar em conta para evitar a agressividade dos cães
É essencial que nós consideremos estes cinco pontos para evitar o comportamento agressivo de nossos cães:
1- Informação.
Estabeleça, em primeiro lugar, o tipo de cão que você deseja: companhia, cão de guarda ou qualquer outro.
Em seguida, medite sobre o ambiente em que ele vai viver, se há crianças, idosos, o tempo que temos para cuidar dele, como é a nossa casa, se há outros animais de estimação… em suma, tudo o que o animal vai encontrar quando chegar.
Então você poderá, a partir disto, começar a reunir informações sobre as várias raças que existem e escolher a mais adequada para as suas circunstâncias. Um cão calmo e obediente poderá ser uma boa escolha.
2- Educação.
É importante que você considere que, na vida de um cão, há dois momentos-chave no desenvolvimento da personalidade dele. Ambos acontecem enquanto ele ainda é um filhote:
- Socialização primária: a partir do segundo mês de vida. Neste período, a mãe instintivamente incentiva os mais submissos a se tornarem mais fortes, ao mesmo tempo tenta apaziguar o caráter dos que são mais agressivos. É vital que o desmame não ocorra antes do final desta fase.
- Socialização secundária: começa no final da fase anterior e poderá durar até quatro meses. Neste momento, como dono do animal, você tem que assumir o seu papel que até então a mãe do seu animal de estimação tinha até o momento, compreenda que agora você é o líder da matilha.
Se você não quer correr riscos e se o cão irá viver em um ambiente familiar, escolha que ele demonstre um caráter mais submisso dentro da nova “matilha”.
3- Castigo. Independentemente do filhote escolhido, é necessário educá-lo. É essencial que o cão entenda o que representa, desde cedo, a recompensa e a punição, e devemos sempre evitar bater no animal.
É também imperativo que a ação de premiar ou repreender seja feita no momento, porque o cão não tem a capacidade de relacionar um fato a outro, se não acontecer no momento.
4- Veterinário. O papel do médico veterinário é crucial. Cada vez que você o visita, você deve discutir com ele qualquer comportamento agressivo expressado pelo seu animal. Quanto mais cedo uma possível agressão é diagnosticada, mais cedo você poderá eliminá-la.
Não ignore os sinais. Se você fizer isso por pensar que é algo temporário, quando você quiser agir poderá ser tarde demais. Lembre-se que este tipo de tendência não diminui por si só, muito pelo contrário. A agressão dos cães sempre aumenta.
5- Adestramento. Se, apesar de todos os seus esforços, o seu cão continuar mostrando sinais de agressão, o melhor é procurar a ajuda de um treinador. Há muitas técnicas que só podem ser ensinadas por um profissional. Neste artigo você terá algumas dicas:
Treinamento canino: 6 Dicas para cães.
Coloque em prática todos estes conselhos e você conseguirá que o seu cão não seja agressivo.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.