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A dor nos animais: um conceito que devemos conhecer

4 minutos
A dor nos animais: um conceito que devemos conhecer
Última atualização: 24 setembro, 2015

Ainda que pareça óbvio mencionar, os animais sofrem de dor igual as pessoas. Mas, como não podem comunicar isso de uma maneira direta, às vezes, para nós é difícil detectar.

Talvez por isso, até o final do século passado, não se tinha muita consciência do sofrimento dos animais. Até então, justificaram-se experimentos e outras crueldades, amparados na teoria de que não os animais não sentiam dor.

Só tinham reflexos musculares incontrolados e respostas nervosas. Vê-se que essa gente nunca teve um gato para pisar acidentalmente no rabo

Às vezes, a ignorância e a insensibilidade se escondem por trás de dogmas científicos que dão como verdades absolutas e inquestionáveis questões que nunca deveriam serem dadas como certas.

Felizmente, as coisas estão mudando e, hoje, considera-se que os animais têm um repertório de dor similar ao nosso.

Como a dor se manifesta nos animais

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Já que o seu animal de estimação não pode colocar em palavras humanas a sua dor, você deve prestar atenção à linguagem de seu corpo e às mudanças em seu comportamento.

A reação mais básica, sobretudo se a dor for aguda, costuma ser a agressão. Um animal nesta situação sente-se ameaçado por todos e por isso reage de forma violenta.

Na verdade, você conhece o seu animal melhor do que ninguém, assim será bem fácil para você se dar conta de que algo não anda bem. A questão é que nem todas as espécies manifestam a dor da mesma maneira. Por exemplo:

  • Alguns cães uivam e gemem;
  • Os gatos apresentam uma tendência de se esconder em lugares fechados ou deixarão de se lamber;
  • Em roedores e coelhos, ocorrerá uma diminuição de apetite ou falta de mobilidade.

Outros sinais em gatos e cães podem ser:

  • Mudança de posturas (dorso arqueado, cauda para baixo, etc.);
  • Olhar parado;
  • Alterações no sono;
  • Dificuldade para ficar em pé;
  • Expressões faciais distintas;
  • Diminuição da atividade;
  • Menor consumo de água e de alimento;
  • Tremores;
  • Chiados;
  • Podem vir a mancar.

Tenhamos presente que, na natureza, muitos animais tratam de não se mostrar vulneráveis para evitarem se tornar presas fáceis ou, para não perderem autoridade dentro do grupo.

Tratamento da dor nos animais de estimação e em outros animais

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Atualmente, a maioria dos veterinários regem-se pelo princípio de analogia, que pode ser resumido assim: se algo é doloroso para nós, também o é para os animais.

Além disso, cada vez mais criam-se mais analgésicos e fármacos específicos, que podem ser utilizados para dores pontuais ou para cuidados paliativos.

Em todo caso, o tratamento da dor nestes seres se torna fundamental para evitar efeitos prejudiciais sobre seus organismos, dentre os quais se destacam:

  • Predisposição a infecções.;
  • Complicações pós-cirúrgicas;
  • Retardo na cicatrização de feridas;
  • Perda de peso.

Os avanços e mudanças na matéria têm sido notáveis se considerarmos que, até algum tempo atrás, nas faculdades de medicina veterinária, se ensinava a não administrar analgésicos depois de operações, já que desta forma o animal se mantinha quieto e era evitada assim, muitas complicações.

E, inclusive, pensava-se que nos primeiros meses de vida, os filhotes não sentiam dor devido ao escasso desenvolvimento do sistema nervoso.

Passou-se muito tempo até que foi, finalmente, possível demonstrar que o reconhecimento neurológico da dor e as vias de propagação são iguais em humanos e em animais, também foi provado que elas se encontram maduras desde o nascimento.

Mas enquanto a medicina veterinária tem tido grandes avanços nos tratamentos para cães e gatos, ainda são quase nulas as opções farmacológicas para animais exóticos, como camaleões, iguanas e cobras.

Da sua parte, preste sempre muita atenção ao seu animal de estimação e, ante o mínimo indício de que algo não anda bem, leve-o ao veterinário e explique detalhadamente todos os sinais que detectou.

Isso facilitará a tarefa do profissional, já que no âmbito do consultório, às vezes, torna-se difícil determinar a magnitude da dor, porque os animais se veem intimidados pelo meio estranho.

E lembre-se que você não deve nunca dar ao seu pet analgésicos de uso humano sem a devida prescrição médica, já que, querendo aliviar sua dor, você poderia provocar um problema ainda maior.

Uma forma de você demonstrar a ele o quanto o ama, é agir com responsabilidade. Seu amigo saberá agradecer.

Créditos da imagem destacada: LRN.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.