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Ecoy, o cachorro roubado e usado para rinhas, à procura de um lar

3 minutos
Ecoy, o cachorro roubado e usado para rinhas, à procura de um lar
Última atualização: 24 setembro, 2016

Um velho refrão diz que alguns nascem em berço de ouro. Essa frase também poderia ser aplicada no caso dos animais de estimação, ainda que, nesse caso, nós, humanos, temos muito mais a ver com o bem, regular ou mal que acontecem na vida. Hoje vamos trazer a história de Ecoy, um cachorro roubado e utilizado para rinhas que há vários anos espera para ser acolhido por alguém, dando a ele uma nova oportunidade.

Ecoy: uma vida marcada pelo abandono, o roubo e maltrato

Ecoy é um cachorro da raça American Staffordshire que, na Espanha e em outros muitos países, é considerada como potencialmente perigosa. Essa talvez tenha sido a razão que pesou para que seus donos, que se mudaram para a Alemanha, tenham decidido deixá-lo, com apenas 1 ano e meio de idade, na Associação Protetora de Animais e Plantas de Granada.

Naquele momento, Ecoy era um cãozinho muito sociável, que se dava maravilhosamente bem com as crianças e com outros animais. E logo chamou a atenção de um jovem que teve a firme decisão de adotá-lo.

Mas, infelizmente, quis o destino que, um pouco antes de ser transferido para seu novo lar, o cachorro tenha sido roubado do abrigo, onde vivia junto com Betty, uma cadelinha da raça Buldogue.

“Conheça a história de Ecoy, o cachorro roubado e utilizado para rinhas que vive há vários anos com uma protetora, à espera de alguém que queira adotá-lo”.

Mais detalhes sobre a história do cachorro roubado e usado para rinhas

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Por sorte, os cachorros puderam ser resgatados graças à divulgação da história pelas redes sociais, ao trabalho da Guarda Civil e ao fato de que Ecoy estar identificado com um microchip, mas nada voltou a ser como era antes.

Ecoy foi devolvido por um dos ladrões com a desculpa de terem lhe dado a um amigo para que cuidasse dele e que ele não sabia que se tratava de um cachorro roubado.

A cachorrinha Betty foi recuperada em uma cidade próxima, onde havia sido abandonada. Duas pessoas terminaram presas pelo crime.

Feridas invisíveis que deixam marcas profundas

Corinna Willhöft, diretora da associação protetora, lembra, em especial, o reencontro com Ecoy, que logo a reconheceu.

Contudo, ela o viu muito diferente. “Tinham-no superalimentado e estava deformado”, segundo seu relato. É que Ecoy, lamentavelmente, havia sido usado em rinhas de cachorros.

Por isso, o cachorro, da mesma maneira que a cachorra Betty, apresentava grande quantidade de feridas na cabeça e no pescoço.

Um cachorro que não voltou mais a ser o mesmo

Os dois bichinhos se recuperaram rapidamente das lesões e Betty foi adotada pela própria Willhöft.

Contudo, Ecoy não teve a mesma sorte. A pessoa que o havia escolhido para dar a ele um novo lar antes de ele ter sido roubado já havia escolhido outro cachorro.

Entretanto, o mais triste de toda essa situação é que Ecoy, embora tenha se recuperado rapidamente das feridas no seu corpo, teve uma mudança de atitude depois de ter sido usado em rinhas de cachorros. E ainda que sua relação com os humanos continue sendo boa, ele se tornou um cachorro que defende seu “território” e já não pode mais ficar junto dos outros animais.

Ecoy ainda espera que alguém o adote

Dessa forma, a adoção desse American Staffordshire se tornou cada vez mais difícil, sem contar que a norma que existe, por considerá-lo um espécime de raça potencialmente perigosa – tampouco facilita nessa questão.

Hoje, Ecoy é o “veterano” da associação protetora de Granada e está há quase quatro anos esperando que alguma pessoa de bom coração lhe dê uma nova oportunidade e lhe presenteie com um lar.

Talvez se finalmente alguém o adotar e lhe dar todo o carinho e cuidado que ele merece, ele possa começar a curar também todas as feridas profundas que outros seres humanos lhe provocaram.

Fonte das imagens: Facebook da Associação Protetora de Animais e Plantas de Granada.

 

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.