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Uma excelente notícia! Pela primeira vez em 100 anos nascem tartarugas em Galápagos

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Uma excelente notícia! Pela primeira vez em 100 anos nascem tartarugas em Galápagos
Última atualização: 10 maio, 2016

Embora a variedade de flora e fauna que há nas Ilhas Galápagos seja abundante, possivelmente a primeira espécie que nos vem à cabeça quando as mencionamos são as idosas e gigantescas tartarugas em Galápagos. A boa notícia é que, depois de 100 anos, voltaram a nascer algumas crias em liberdade destes magníficos quelônios.

Um século de espera para que voltassem a nascer tartarugas em Galápagos

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Autor: Leandro Martinez

Esse grande feito se deu na ilha Pinzón. Trata-se de exemplares bebê do Chelonoidis ephippium, a menor das tartarugas gigantes de Galápagos, cuja a carapaça alcança os 84 centímetros.

Espécie endêmica desta ilha, a Chelonoidis ephippium esteve muito perto de se extinguir já há meio século. Em 1970 uma expedição científica encontrou apenas 19 exemplares com uma idade média de 70 anos.

Então, os quelônios foram levados a ilha Santa Cruz, onde se encontra a Fundação Charles Darwin, uma estação científica dedicada a estudar e a preservar a vida do arquipélago e de seus ecossistemas. Ali se conseguiu reproduzir os animais em cativeiro, para logo introduzir os indivíduos jovens em seu ambiente natural.

A Chelonoidis Ephippium é a encarregada de regular o ecossistema da ilha Pinzón, dado que ela é o principal herbívoro do lugar. Com o nascimento destas crias, depois de 100 anos, o ecossistema começou a ser restaurado por si mesmo, conforme afirmam os especialistas.

Teve que passar um século até que as tartarugas gigantes de Galápagos pudessem voltar a ter crias em liberdade. A erradicação da grande população de roedores que havia nas ilhas foi o fator principal deste verdadeiro progresso

Alguns dados sobre as tartarugas em Galápagos

As tartarugas gigantes são os animais mais idosos entre todos os vertebrados. A idade média delas supera os 100 anos, mas há exemplares que conseguem atingir um século e meio de vida.

Contaremos outros detalhes sobre estes magníficos seres:

  • Chegam a alcançar até um metro e meio de largura e 250 quilogramas de peso.
  • Alimentam-se de ervas, folhas e cactos.
  • Dormem por volta de 16 horas por dia.
  • Podem ficar até um ano sem se alimentarem ou beberem, graças ao lento metabolismo delas e as grandes reservas de água que acumulam.
  • Por estarem em perigo de extinção, se encontram estritamente protegidas pelo governo equatoriano desde 1970.

Piratas em Galápagos

Quando Charles Darwin chegou a Galápagos em 1835, habitavam o arquipélago 15 tipos de tartarugas gigantes. Hoje há apenas 11 tipos.

De uma população inicial estimada em 250 mil animais, atualmente existem 15 mil. E se calcula que mais de 100 mil exemplares foram capturados por piratas, baleeiros e mercadores entre os séculos XVII e XIX.

Nesses anos, as ilhas eram consideradas um porto seguro e um bom lugar para que os navios se abastecessem de água e de comida. E a principal fonte de carne em Galápagos era, sem dúvida e infelizmente, a tartaruga gigante.

A mão do homem, sempre aprontando

Além disso, a presença humana nas ilhas, como é de costume ocorrer, foi a encarregada de destruir o ambiente natural e provocar a extinção de muita espécies e pôr a outras em perigo de desaparecer.

Com o homem chegaram animais estranhos ao ambiente e que logo se transformaram em uma ameaça constante para as fontes de alimentação e para os ovos das tartarugas. Por exemplo:

  • Porcos
  • Cabras
  • Cães
  • Gatos
  • Vacas selvagens

Os roedores, o principal motivo pelo qual não puderam mais nascer as tartarugas em Galápagos

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Mas com os humanos também chegaram muitos ratos às ilhas Galápagos. Vieram dos navios junto com eles. E encontraram nos ovos das tartarugas um festim à disposição.

Por esse motivo, em 2012 se iniciou uma campanha para erradicar estes roedores do arquipélago, já que as tartarugas se reproduziam apenas em cativeiro, onde permaneciam aos cuidados dos humanos até que alcançavam um tamanho o suficientemente grande para não se tornarem presas dos predadores.

Finalmente parece que esta situação está começando a se reverter e os maravilhosos gigantes conseguiram fazer com que suas crias viessem a nascer novamente em liberdade. Parabéns!

Fonte da imagem principal: www.lavoz.com.ar

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.