Falsos mitos sobre o comportamento canino

Falsos mitos sobre o comportamento canino

Última atualização: 12 novembro, 2015

A sabedoria popular é fonte de diversos conhecimentos, muitos deles de grande valor. No entanto, existem algumas crenças que podem ser, até mesmo, prejudiciais. Em especial porque elas se derivam em atitudes para os cães que não são as mais adequadas.

A seguir revelaremos alguns mitos sobre o comportamento canino.

Há raças potencialmente perigosas

As raças potencialmente perigosas não existem. Esta foi uma categoria que foi criada com a finalidade de eliminar o treinamento de cães, que tinha como objetivo o desenvolvimento de um comportamento agressivo nos cães.

A agressividade corresponde a maus processos de socialização e educação, portanto todos os cães são suscetíveis a desenvolver este tipo de comportamento.

No entanto, em casos de cães com mordidas fortes e porte grande e robusto, especialmente se estes tiverem como característica a territorialidade ou a dominância, podem chegar a ser um verdadeiro risco, caso adquiram a agressividade como conduta.

O comportamento canino dependerá da responsabilidade com a qual você educa o animal, portanto não é verdade que há raças geneticamente dispostas à agressividade. Perigosas são as pessoas que educam os cães para estes fins.

Os cães adotam a personalidade do dono

Cão com família

Algo que é muito comum de se ouvir, é que os cães desenvolvem personalidades similares a dos donos. Portanto, se o dono é calmo e passivo, o animal de estimação também será, ou se o dono é ativo, o mesmo ocorrerá com o cão.

Isto é falso porque a personalidade dos cães responde mais a traços genéticos, sua experiência com o meio e outros (incluindo pessoas e animais) e da educação que lhes foi dada.

Ainda que os hábitos que o dono lhe ensine afetem, em parte, a conduta do cão, estes não são os que “criam” a personalidade. Porém, sim, podemos moldá-la um pouco através do condicionamento.

Os cães sentem culpa

Isto, mais do que um mito, é uma má interpretação da linguagem corporal do cão. O principal veículo de comunicação que eles têm conosco é precisamente seu corpo e, portanto, nos darão mostras evidentes de como estão se sentindo.

Além disso, os cães são muito bons interpretando a nossa linguagem corporal e o nosso tom de voz, por exemplo, quando fazem uma travessura e nos irritamos com eles.

No entanto, os cães não sentem culpa (ou, pelo menos, é o que os estudos sobre este assunto demonstram). Eles simplesmente respondem com uma atitude submissa para tentar acalmar você e evitar o castigo, como eles fariam frente a um cão alfa em um ambiente selvagem.

Cães da mesma raça têm comportamentos iguais

Há características comuns que os cães da mesma raça têm, e que estão condicionadas pelo código genético, porém a personalidade dos animais com cérebros complexos (assim como os humanos) é diferente.

Por exemplo, pode ser que em cães da mesma raça tenham predominado traços genéticos diferentes (inclusive se forem da mesma ninhada), e isso afetará notavelmente a personalidade deles.

Também conta muito as experiências que cada cão tem durante a convivência com o dono, por isso adquirir cães da mesma raça nunca significará que tenham a mesma personalidade.

Se um cão é medroso é sinal de que ele foi maltratado

Cachorro

A ansiedade nos cães tem diferentes origens, ainda que esta se derive principalmente de más experiências, problemas de socialização ou de autoconfiança.

Em geral, o comportamento canino de medo origina-se de situações de isolamento, seja total ou parcial. Assim, o cão não sabe como responder diante de determinados estímulos que são alheios às suas vivências, portanto a resposta natural dele será o medo.

Os rosnados são sinal de um cão agressivo

Este mito é completamente falso. Os cães usam os rosnados como uma advertência e, inclusive, os mais dóceis também usam esse recurso.

Ainda que rosnar possa ser uma maneira de intimidação, também costuma ser uma reação diante do medo, do incomodo ou da dor.


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