Meu cão tem enjoos

Meu cão tem enjoos
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Casos de enjoo em cães podem deixar os seus proprietários em estado de alerta, além de ser um indicativo de problemas mais graves. As causas podem ser muitas e é importante que o veterinário proponha o tratamento adequado após o diagnóstico.

Se o cão fica enjoado, pode ser um problema no ouvido

Os cães podem ficar enjoados quando o ouvido médio, o ouvido interno ou o cerebelo sofrem alguma alteração. Nos ouvidos médio e interno existe um líquido que ajuda o cérebro do animal a manter o equilíbrio e a orientação espacial. Quando essas áreas do corpo são afetadas por alguma infecção, doença ou outra condição, o cérebro do cachorro transmite a seu corpo que não está em estado de equilíbrio e o ele fica tonto.

Assim como ocorre com as pessoas, alguns cães possuem uma tendência maior de sofrer de hipoglicemia. Quando isso acontece, o animal pode ficar enjoado. Nesses casos, o tratamento inclui suplementação ou uma dieta especial, prevenindo futuros episódios de enjoo.

Cachorro no veterinário

Algumas causas do enjoo em cães

Picadas e mordidas de alguns insetos, como no caso de abelhas, também podem causar enjoo nos cães. Em algumas ocasiões, um cão pode ficar enjoado depois de ser picado por algum bicho, que é uma das causas mais comuns de alteração nos ouvidos médio e interno.

A maior parte das infecções que acometem o ouvido do animal podem ser tratadas com o uso de antibióticos. Quando a infecção é crônica e grave, é possível que uma cirurgia seja necessária para aliviar a pressão dentro dos ouvidos médio e interno, evitando que o cão volte a apresentar casos de tontura.

No caso de doenças vestibulares, os enjoos são outro efeito secundário. Se a enfermidade foi tratada com sucesso, o enjoo deve diminuir com o tempo, mas se o a doença persiste, é provável que os enjoos também continuem.

Doenças cardíacas também podem causar tontura, geralmente relacionados com o esgotamento. Os animais portadores de câncer em fase avançada também podem sofrer com enjoos com frequência, especialmente quando o tumor invade o cérebro ou a área ao redor das orelhas.

O que fazer se o cão ficar enjoado?

Em casos de tontura, os cães podem apresentar dificuldade para andar ou até mesmo manter a cabeça erguida. É importante que o animal fique parado. Você pode fazer ele se sentar com a cabeça para baixo ou deitá-lo no chão com a parte traseira um pouco levantada. Cobrir o cão para que ele não tenha frio também ajuda, ainda que não esteja tremendo.

Não faça com que o cão coma ou beba após um episódio de tontura, muito menos o sacuda para que reaja. O ideal é levar o animal ao veterinário, mesmo se ele parece se sentir melhor, para determinar as causas do enjoo.

A viagem

cachorro viaja no carro

Em alguns casos, os cães passam muito mal em viagens de carro, o que causa preocupação e sofrimento aos seus donos. Quando o animal sobre no automóvel e o trajeto se inicia, já começam a vomitar. Felizmente, existe solução para isso. Em primeiro lugar, familiarize o cão com o veículo, pois ele dese se sentir confortável no carro com o motor desligado.

Outra coisa que funciona é levantar e abaixar o animal no automóvel várias vezes, até que ele se acalme e perceba que não há nada com que se preocupar. Você também deve evitar que o animal se alimente pelo menos 5 horas antes da viagem, limitando também o acesso à água. O cão deve viajar de estômago vazio para evitar que vomite.

No mercado, existem muitos medicamentos indicados para os cães com tendência a enjoos que reduzem consideravelmente os sintomas e não apresentam efeitos colaterais para nosso amigo de quatro patas. Também existem alguns produtos naturais.

O animal deve estar tranquilo antes de viajar e não devemos brincar com ele ou iniciar outra atividade que o deixe agitado. Ao invés de entreter o animal, esteremos fazendo o enjoo aparecer mais rapidamente.

O jeito certo de dirigir

Existem outros conselhos muito úteis, como dirigir com calma, sem frear ou acelerar bruscamente, com ar condicionado ou ar fresco contínuo para a oxigenação do animal, evitando odores fortes no carro. Também é recomendável fazer paradas regulares para que o animal faça as necessidades, beba um pouco de água e estique as patas.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.