Mimar muito os cães pode aumentar a agressividade deles

Mimar muito os cães pode aumentar a agressividade deles

Última atualização: 08 agosto, 2016

Dias atrás uma psicóloga fez uma afirmação que gerou polêmica entre as pessoas que amam os seus animais de estimação. A profissional disse que mimar muito os cães e tratá-los como se fossem seres humanos, tentando suprir mais necessidades do que na verdade eles têm, pode provocar comportamentos agressivos e inclusive contribuir para que percam sua dignidade como animais.

Quanto é mimar muito os cães?

Partindo da base de que posições extremas muitas vezes não levam a nada de bom, e coincidindo com o fato de que humanizar os animais de estimação é nocivo tanto para as pessoas como para os animais, a pergunta é com que unidade de medida calculamos se mimamos muito o nosso cão? E, em todo caso, o que há de mal em fazê-lo?

Supõe-se que, quando a gente escolhe ter um peludo, tentamos cuidar bem dele, amá-lo e desfrutar de sua companhia, e que, para muitos, os animais de estimação são um membro a mais da família. E se ficar bem claro que eles são um membro não humano da família, muito melhor.

Entretanto, algumas correntes bastante difundidas insistem em afirmar que os donos outorgam a seus cães uma “posição superior” às que lhe corresponde no lar. E que os “mimos excessivos” contribuem para que isso ocorra.

mimar muito os cães

Alguns especialistas sustentam que mimar muito os cães pode aumentar o nível de agressividade deles. Entretanto, sempre que evitarmos a humanização do peludo, as perguntas que surgirão são: Quanto é muito? Com que régua se mede isso?

Há relação entre carinho e agressividade?

Embora seja óbvio que tanto os cães como os humanos que convivem sob um mesmo teto devam cumprir certas regras para obter uma boa convivência, a verdade é que essa teoria de que os peludos devem ser tratados como a última bolacha do pacote parece ter sido desenvolvida por alguém que jamais compartilhou a vida com um cão.

Por isso, chegar a considerar que um cão pode se tornar agressivo porque, por exemplo, permitimos que durma no sofá, pode ser algo difícil de se considerar sensato.

Por exemplo, faz anos que minha cadela dorme na poltrona da sala de minha casa, enquanto eu durmo em minha cama. E nem eu a humanizo e nem ela se tornou agressiva ou ingovernável por isso.

Mas voltemos ao princípio, tudo em sua justa medida e cada um com seu próprio julgamento, na hora de “medir” o carinho.

Para que queremos ter um animal de estimação?

É diferente o caso daqueles que colocam toda sua energia em um animal de companhia e o transformam no centro de sua vida. Decidem vesti-lo, calçá-lo e enchê-lo de acessórios da moda e afins, que apenas provocam problemas de comportamento ou inconvenientes de saúde física e mental no peludo.

Mas fora destes temas pontuais, a pergunta continua sendo, para que escolhemos ter um animal de estimação?

Se mimar muito os cães faz com que eles percam pontos na hora de se tornarem machos ou fêmeas alfa, possivelmente deveríamos repensar isso se quisermos que determinado cão nos veja como o líder da matilha ou simplesmente como um ser de outra espécie que o ama, cuida dele e o respeita.

Mimar muito os cães sem ser permissivo ou humanizá-los

mimar muito os cães

Então, para que não se misturem as ideias, mimar um cão não significa necessariamente que ele terá maus comportamentos.

E mimar muito os cães, sempre que respeitemos seus ritmos e suas vontades, não deveria torná-los mais agressivos. Mas justamente o contrário.

Um animal que se sente amado certamente se integrará com mais facilidade a uma família do que outro que está constantemente recebendo indicações pouco carinhosas de como deve se comportar.

E embora algumas pessoas considerem que alguns mimam muito a seus animais de estimação para suprir certos vazios emocionais, também caberia perguntar que problemas psicológicos apresentam aqueles que apenas “amam” um cão para mostrar quem é que manda na casa.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.