Por que não devemos cortar os bigodes dos cães?

Uma saída para o salão de beleza canino é muito parecida com uma visita no salão de beleza dos seres humanos. No entanto e é claro, cada salão é diferente, mas tanto em um como no outro, existem muitos estilos para escolher. Um dos pontos que devemos prestar atenção nesta hora quando levamos nossos amiguinhos no salão de beleza é que não devemos cortar os bigodes dos cães.

Os cães têm bigodes no focinho acima do lábio superior, queixo e testa. Se eles forem cortados, não vão prejudicá-los. No entanto, os bigodes nos cães funcionam como um sexto sentido, então, por um tempo, você pode estar limitando a capacidade de reproduzir ou caçar do seu animal.  

O bigode dos cães tem raízes que são três ou quatro vezes mais profundas que o cabelo normal. Além disso, o próprio bigode é duas vezes mais espesso. Através deles, os cães percebem o mundo ao seu redor.

Os bigodes ajudam os cães, por exemplo, a sentir as correntes de ar e usar essa informação para determinar o tamanho e a forma dos objetos próximos. Eles também podem perceber se um buraco, por exemplo, é estreito ou apertado.

Além disso, protegem os olhos como acontece com os cílios nos seres humanos. Se você tocá-los, provavelmente os animais irão piscar. Como acontece com o cabelo e a pele,  os bigodes também voltam a crescer. Isso quer dizer que o corte não é uma condição permanente.

Se você tiver dúvidas sobre a possibilidade de cortar os bigodes pode ser positivo ou negativo para o seu pequeno amigo, aqui estão alguns dados que você tem em mente e assim tomar a melhor decisão.

Para que servem os bigodes em cães?

Autor: Natalia Lobato

Os bigodes de um cachorro são parte de seus órgãos dos sentidos. Os cães usam para reunir informações sobre o ambiente ao entorno deles. Os pelos realmente permitem que os cães meçam e determinem distâncias.

A raiz dos pelos encontra-se muito mais profundas do que os cabelos normais e  enviam uma mensagem para o cérebro do seu cão na posição relativa do objeto em questão.

De certo modo, eles funcionam como antenas de um inseto. Eles respondem ao toque e se você quiser fazer um pequeno teste e testar o comportamento, é provável que eles até pisquem e fechem os olhos.

Cuidado! Ao cortar os bigodes dos cães, isso não significa que o animal vai andar em círculos, mas certamente ele perderá um pouco a percepção e não apenas alguns centímetros.

Embora existam muitas diferenças, a prática de cortar os bigodes em muitas raças que têm o pelo longo é aceita. Entretanto, a maioria das raças de pelo curto geralmente são deixados em seu estado natural. A melhor maneira de descobrir se o responsável pela tosa do seu cão planeja cortar os bigodes dele é perguntar.

Alguns cuidadores afirmam que muitas vezes ao cortar os bigodes dos cães você deve seguir os padrões da raça, mas não específicam se todas as raças devem ser aparadas. Assim, a escolha é fica a gosto dos proprietários.

Por outro lado, lembre-se que, se os bigodes são cortados, um cão pode se tornar desorientado. Com esta informação sensorial reduzida, o seu cão pode se tornar tímido, manso ou inseguro com o entorno e começar ase locomover de uma forma estranha. Ele pode até ter medo, mudar o comportamento e se tornar agressivo ou exibir um temperamento diferente.

Prós e contras de cortar os bigodes dos cães

Alguns donos cortam os bigodes de seus cães porque sentem que isso dá aos animais uma aparência mais limpa e uma vantagem competitiva. Outros, apenas gostam da aparência de uma face limpa no animal de estimação.

Mas é preciso estar atento pois isso pode gerar vários desconfortos ao animal já que o procedimento é incômodo. É importante lembrar ainda que se os pelos forem arrancados e não cortados será extremamente doloroso para o animal.

Converse com seu veterinário e chegue a uma decisão em conjunto, se você decidir por cortar o bigode do seu cão, supervisione o corte.

Lembre-se que a escolha de cortar os bigodes dos cães é estritamente estética. Portanto, não se deixe enganar pela crença de que é aceito por cada cão que recebe o procedimento.

Créditos da imagem: Theodore Scott.