Os cães necessitam de Prozac?
Perguntar se os cães necessitam de Prozac é o mesmo que perguntar se as pessoas o necessitam. Este é um tema controverso que, é óbvio, leva a posições extremas. Tentando encontrar um meio termo, nós de Meus Animais contaremos alguns detalhes a respeito do assunto.
Prozac ou não Prozac, eis a questão
Vamos partir da base de que podem se apresentar situações difíceis, tanto em pessoas como em animais, que fazem com que os profissionais tentem encontrar uma solução com uma bateria de tratamentos, entre eles, o uso de medicação psiquiátrica.
Depois estão os que decidem resolver seus problemas, e nestes casos os de seus pets, com remédios.
E também estão os que supõem que as causas devem ser buscadas para, então, encontrar as soluções e, assim, não se irá mascarar as coisas com este tipo de fármacos.
Perguntar se os cães necessitam de Prozac é não estar alheio ao debate que vem sendo feito nos últimos anos sobre o uso de medicação psiquiátrica em animais.
Considerações sobre o uso da medicação psiquiátrica em cães
O certo é que a fluoxetina, mais conhecida como Prozac, um antidepressivo da classe de Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina, vem sendo utilizado há anos pelos veterinários para o tratamento de problemas de comportamento de felinos e de cães domésticos.
Mas o debate sobre como agir ante estes inconvenientes de comportamento dos pets que, em muitos casos, são gerados pelo homem, não está em nada decidido.
E vai desde associações de defesa dos animais que se opõem à mudança que se tenta fazer quimicamente nos comportamentos dos peludos com a utilização de remédios, só porque incomodam os seus donos, e que poderiam ser resolvidos – por exemplo – com o simples ato de lhes permitir se exercitarem devidamente, até quem aconselhe seu uso se o diagnóstico for adequado e acompanhado de outros tratamentos.
Muitos justificam seu uso, além disso, porque permitiu salvar do sacrifício ou do abandono animais com transtornos graves de comportamento (destruição, agressividade, etc.).
Em que casos se utiliza o Prozac em cães
A questão é que muitos afirmam que o uso do Prozac e de outros remédios psiquiátricos em cães deu resultados positivos em casos de:
- Psicodermatose
- Transtornos obsessivos compulsivos
- Agressividade
- Traumas
- Estresse
- Ansiedade por separação
- Medos e fobias
- Eliminação inadequada (que urinem ou defequem em locais inapropriados)
Como ter certeza de que os cães necessitam de Prozac?
Mas a questão principal aqui é que o cão não pode explicar ao etólogo ou ao veterinário o que realmente acontece com ele. E se para os profissionais já é bastante difícil saber o que acontece a seus pacientes humanos, a questão se complica ainda mais quando são as pessoas que têm que explicar o que ocorre com seus pets. Tudo isto sem esquecer o pequeno detalhe de que é muito provável que sejam os mesmos donos as causas do problema de comportamento do peludo.
Além disso, os cães tampouco podem contar ao especialista os efeitos que a medicação que estão tomando lhes causa. Então, enquanto seu proprietário interpreta que o resultado é positivo, já que o animal está mais calmo, é possível que o cão esteja sentindo outra coisa, mas não tem a possibilidade de comunicar isso.
Evidentemente, são muitos os estudos que ainda devem ser feitos sobre o tema para saber quão benéfica é a medicação psiquiátrica nos pets.
O que fica claro é que, também nestes casos, sob nenhuma circunstância dê Prozac ou outra medicação psiquiátrica ao seu peludo sem a devida prescrição médica.
Um debate que continuará aberto
O debate pela chamada droga da felicidade, essa que aumenta os níveis de serotonina no cérebro, certamente continuará com maior ou menor intensidade com o passar do tempo.
O ideal seria que não tivéssemos que nos perguntar se os humanos e os cães necessitam de Prozac para enfrentar o dia a dia.
Enquanto não solucionarmos as origens dos problemas, o uso ou não desta droga é apenas uma forma de alívio.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.