Problemas de coração nos cães
Os cães também sofrem de doenças do coração, sejam elas congênitas ou adquiridas. Cerca de 90% dessas doenças têm sua origem em outras patologias (virais, infecciosas, nutricionais ou tumorais).
Além disto, da mesma forma que ocorre com os humanos e devido aos avanços na medicina, os animais de estimação costumam viver mais tempo e, por tal motivo, desenvolvem doenças que afetam os animais em idade avançada.
Principais sinais de problemas de coração nos cães
A insuficiência cardíaca é a incapacidade do coração de bombear sangue o suficiente para os tecidos e os órgãos. As causas podem ser diversas, mas principalmente passam por válvulas defeituosas, doenças miocárdicas e infestação de parasitaria.
É recomendável que você observe com atenção o seu cão – sobretudo se ele tiver mais de 6 anos – para saber se ele apresenta sinais de alguma cardiopatia. Dentre elas:
- Fadiga durante o exercício, passeios ou brincadeiras;
- Dificuldade respiratória;
- Tosse frequente, principalmente durante a noite;
- Apatia;
- Diminuição do apetite;
- Desmaios;
- Inchaço do abdômen.
Em caso afirmativo, procure urgente o veterinário para que ele realize exames e determine o tratamento mais adequado para o seu cachorro. Descobrir a tempo o tipo de doença e tratá-la o quanto antes, contribuirá para impedir que o coração de seu pet continue se deteriorando.
O profissional procurará uma forma de fazer com que o seu amigo de quatro patas tenha a sua capacidade respiratória melhorada, facilitará o normal funcionamento do coração e da circulação sanguínea pelo corpo, também eliminará o excesso de líquidos acumulados em seus órgãos.
Principais doenças de coração nos cães
As principais doenças cardíacas que podem se desenvolver em um cão são:
Cardiopatia valvular
É a mais comum das cardiopatias. Produz-se por causa do desgaste das válvulas do coração à medida em que o animal envelhece.
Os cães de raça pequenas – Poodle, Maltês, Yorkshire Terrier, Chihuahua, etc –, são os mais afetados, ainda que em alguns casos também ocorram em cães de grande porte. Além disso, essa doença afeta mais aos machos do que as fêmeas.
As causas não são sempre degenerativas. As válvulas podem inflamar como consequência das bactérias que infectam a boca dos cães de pequeno porte.
Miocardiopatias
São as doenças do próprio músculo cardíaco que, ao se ver afetado, produz falhas na contração do mesmo. Costuma aparecer em cães grandes, como é o caso do São Bernardo, do Grand Dinamarquês e do Boxer.
Aparecem com o envelhecimento, de forma lenta e progressiva, propiciada por uma condição no músculo do coração que afeta o batimento.
As causas podem ser primárias (em geral, desconhecidas ou idiopáticas) ou secundárias a outras doenças sistêmicas ou metabólicas. Costumam ser provocadas por problemas endócrinos, nutricionais, tóxicos, ou por infecções ou tumores.
Cardiopatia congênita
São defeitos com os quais o animal já nasce e que costumam ser detectados antes do primeiro ano de vida. Tratam-se de malformações cardiovasculares provocadas por uma anomalia no desenvolvimento embrionário e que tendem a desenvolver uma insuficiência cardíaca congestiva de evolução muito rápida.
As cardiopatias congênitas que podem se apresentar, entre outras menos comuns, são:
- Persistência do conduto arterioso;
- Persistência do 4º arco aórtico direito;
- Estenose pulmonar;
- Estenose aórtica;
- Defeitos septais auriculares e ventriculares;
- Tetralogia de Fallot.
Dirofilariose
É uma doença grave, que afeta principalmente os cães, mas também se apresenta em outros animais (gatos, lobos, raposas) e, ocasionalmente, o homem.
A infecção provoca uma doença chamada filária adulta, que é um parasita redondo e alongado que habita no coração e nas artérias pulmonares de seus hóspedes, e pode chegar a medir até 15 centímetros, no caso dos machos e até 40 centímetros, no caso das fêmeas.
É também conhecida como doença do verme do coração. Ela se propagou rapidamente por todo mundo, ainda que seja típica de zonas temperadas e úmidas, onde habitam os mosquitos que a transmitem de um animal para outro, através de suas picadas.
Tenha sempre em mente que um dos principais fatores de risco para que o seu animal venha a sofrer de algum tipo de cardiopatia é o sobrepeso.
Se, além disso, o animal registrar altos níveis de colesterol e de glicose, sofrer de pressão arterial elevada, o quadro complica-se ainda mais.
Por isso, uma dieta equilibrada e uma boa dose de exercício – além de controles periódicos de sua saúde – são elementos fundamentais para prevenir problemas de coração em seu cão.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.