Quando podemos dizer ‘Sim’ à eutanásia

Quando podemos dizer ‘Sim’ à eutanásia
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

A eutanásia, ou o ato de sacrificar os cães e outros pets, sempre com a prescrição do veterinário, costuma ser uma das situações que mais causa dor nos donos.

Geralmente, a eutanásia é indicada para casos de doenças crônicas e graves. Algumas doenças são consequência da idade avançada do cão, etc.

Crise emocional pela eutanásia

Para os donos dos animais doentes, ou muito idosos, a prática da eutanásia causa um intenso sentimento de culpa e de tristeza.

Entre as perguntas que mais frequentemente se fazem estes donos estão: “Estarei fazendo a coisa certa se eu praticar a eutanásia em meu cão?”, “Ele sofrerá?”, “Eu o acompanho no momento de sua eutanásia?”, “Posso levar seus restos mortais depois de sua morte?” e “Como conseguirei superar a morte de meu animal de estimação?”

Questões importantes

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A primeira coisa a ser levada em conta é que, quando o veterinário expõe a possibilidade de praticar a eutanásia, é porque ele está certo de que o cão sente dor e o desenlace é inevitável e próximo. Esse aspecto é o mais importante.

A qualidade de vida de um animal doente ou que sofre com graves problemas físicos derivados da idade avançada, diminui de maneira significativa. Em alguns casos, os cães param de andar, fazem suas necessidades em casa, sofrem fortes dores, perdem a visão e a audição.

Diante dessas situações, o mais importante é evitar o sofrimento. Por esta razão, e embora se trate de uma decisão dura e muito dolorosa, não devemos nos sentir culpados por procurar o bem-estar de nosso cão.

As dúvidas sobre o sofrimento do animal na eutanásia

O mesmo termo “eutanásia” procede etimologicamente do grego, e significa “boa morte”. Sua finalidade, como vemos, é evitar a dor e o sofrimento do cão.

Portanto, o processo da eutanásia não causará nenhuma dor ao animal, ele ficará dormindo de uma forma natural e com toda serenidade. Inclusive há atualmente técnicas que permitirão que nem sequer o nosso animal de estimação sinta a agulhada necessária para introduzir a substância que servirá para a prática da eutanásia.

A companhia do dono

Embora seja muito doloroso para o dono, é importante para o cão se sentir acompanhado em seus últimos momentos. Ainda que ele não sinta dor e nem sofrimento quando dão a injeção, é importante que se leve em conta que ele se encontra em um lugar estranho, a clínica veterinária, onde muitos cães se sentem nervosos.

Por isso, a companhia de seu dono irá contribuir para a tranquilidade e a serenidade do animal. O cão obviamente não está consciente de que passará pela eutanásia, mas pode ter medo que lhe façam mal. É recomendável acompanhar o peludo em seus últimos momentos para que ele não se sinta sozinho.

Em relação às sensações dos donos, é importante dizer adeus ao cão e ter a sensação de lhe acompanhar no momento da morte. Dessa forma, o luto posterior será mais fácil de ser superado. Será muito reconfortante que os donos tenham visto com seus próprios olhos que seu amigo não sofreu ao morrer, mas sim dormiu com tranquilidade.

Os restos mortais do animal

Os donos podem levar o corpo do animal que passou pela eutanásia para poder enterrá-lo. Embora possa parecer um ato muito simples, serve para ajudar a superar o luto pela perda de nosso amigo.

Alguns centros veterinários oferecem a opção de incinerar o corpo do animal, e entregam as cinzas ao dono. Também as prefeituras, em última instância, encarregam-se de incinerar os animais sacrificados.

A superação da morte de nosso animal de estimação

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A morte de um fiel amigo, como é o nosso cão, marca as pessoas que a vivenciam. Em algumas ocasiões, há quem compartilhe até 16 anos de sua vida com este animal. É uma grande trajetória, cheia de experiências nas quais se estreitam fortes laços de amizade.

É normal que uma pessoa que perdeu seu cão se sinta triste, deprimida e sem apetite. Essas sensações formam parte do luto pela morte de um ser querido.

Em cada caso, as pessoas assimilam a morte de seus entes queridos (entre os quais se encontram seus animais de estimação) de uma forma diferente. Quem passa por essa experiência pode necessitar de mais ou menos tempo para normalizar a vida e se sentir menos triste.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.