Como resgatar um cão de rua?
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
Na maioria dos países é usual que nos deparemos com um cão de rua ou vários, entre outras coisas, isso ocorre devido a irresponsabilidade das pessoas. Também temos que destacar que cada vez é maior a quantidade de pessoas e grupos que se organizam para tentar resgatar um cão de rua e também tratar esta problemática.
Dia a dia nos deparamos nas ruas com casos terríveis de cães que têm tanto medo das pessoas que não deixam sequer que elas se aproximem. Queremos ajudar a esses cães, mas eles não permitem. Isso não é fruto da casualidade, mas sim das consequências do maltrato que já sofreram.
Carícias na tentativa de resgatar um cão de rua
Certamente resgatar um cão de rua não é uma tarefa fácil, já que estes cães em geral são animais que já sofreram algum tipo de violência. Por isso, colocar a mão por cima da cabeça deles é mais um sinal de risco de ataque para eles. Se ele mantiver as orelhas permanentemente baixas e não mover a cauda, ele está estressado, você terá que dar tempo a ele. Muitas pessoas confundem esse gesto com “docilidade”, mas o que o animal está fazendo é proteger suas orelhas e preparando seus músculos para se defender ou correr. Devemos permitir primeiro que ele se tranquilize, que relaxe o pescoço, as orelhas e que mova a cauda.
Passos para se aproximar com êxito e resgatar um cão de rua
- O primeiro passo que daremos para nos aproximar e resgatar um cão de rua é conseguir uma coleira com correia, uma manta ou camiseta velha e alimento para cães, algo que nos ajudará a nos aproximarmos dele, que seja atrativo.
- Entre os primeiros passos está o deixar alimento a uma distância prudente e nos afastar.
- Se nos sentarmos, que não seja tão longe, mas ainda assim guardando uma certa distância.
- Com muita paciência iremos situando um pouco do alimento cada vez mais perto de nós, até que consigamos fazer com que o animal o coma.
- Estes animais de rua não estão acostumados ao carinho e nem as carícias, muito pelo contrário, eles sempre estão à espera do maltrato, assim devemos esperar que ele permita o contato físico de forma suave.
- Se pudermos colocar nele a coleira sem muita fala, enquanto vamos acariciando o animal e o alimentando, será um grande êxito.
- No momento em que conseguirmos isso, o carregaremos em um meio de transporte, e o transportaremos para o lugar já definido. Se a pele do cão estiver muito maltratada por algum tipo de infecção ou enfermidade, o melhor é que o cubramos com uma manta ou camiseta velha para não o machucar.
- Tão logo cheguemos ao local definido, começaremos a alimentá-lo inicialmente com comida caseira. A dieta dos cães de rua em geral são sobras que eles vão encontrando. Por isso, uma mudança brusca para um alimento concentrado (ração) poderá lhe causar uma indigestão.
- Depois, ofereceremos a ele uma cama e uma roupinha. Uma roupa velha bastará a princípio.
- O quanto antes deveremos levá-lo a uma clínica veterinária para que o desparasitem e para que se inicie a vacinação, ou algum tipo de tratamento, se o animal estiver doente.
- Se não tivermos os recursos financeiros, sempre poderemos pedir a colaboração das organizações protetoras de animais mais próximas, fazer postagens com fotos nas redes sociais para que as pessoas amantes dos animais ajudem, ou também coordenar com amigos e pessoas da comunidade algum evento (rifa ou outros) para custear o tratamento.
- Quando o veterinário autorizar, daremos um banho nele ou o levaremos a um pet shop para que façam isso.
- Deveremos ir acostumando o animal ao alimento concentrado de forma gradual.
- Se o animal entrar em algum tratamento, deveremos esperar até que ele se recupere totalmente e só depois o colocar em adoção.
- O ideal é entregar o animal a sua nova família já castrado, mas se não for possível, em seu novo lar os donos devem se comprometer, por meio de um documento, a fazer a esterilização do animal para evitar mais abandonos no futuro.
Se optarmos por colocar o animal em adoção, os passos serão os seguintes:
- Fotos. Tiraremos várias fotografias em que eles apareçam bem.
- Ficha. Esperaremos alguns dias para conhecê-lo e para que assim possamos descrever a personalidade e os detalhes de seu comportamento.
- Esterilização. É fundamental. Já que não poderemos nos assegurar de que o novo dono o fará.
- Divulgação. Publicaremos o comunicado em todos os sites que possamos, especialmente os específicos. Para isso, pesquisaremos muitas páginas, fóruns, redes sociais, etc., além de compartilhar a ficha do cachorro com abrigos, associações e grupos dedicados às adoções, também com amigos, familiares, etc.
- Requisitos que devemos solicitar. Antes de realizar a adoção, há diversos trâmites. Em função da área ou país onde se viva a norma poderá ser diferente e é preciso um assessoramento adequado sobre ela.
- Conhecer onde o cão irá viver. Tão logo recebamos a solicitação de adoção, deveremos visitar o lugar e o ambiente onde o animal irá ficar. O ideal é que possamos visitá-lo de vez em quando com a finalidade de verificar que sua nova vida é a que desejávamos para ele.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.