Terapia elaborada para cães resgatados
Às vezes o amor não basta para ajudar a recuperar os peludos de situações de abandono e maus-tratos. Por isso, abrigos e as associações protetoras buscam diferentes formas para que os cães resgatados possam se integrar às novas famílias que queiram adotá-los.
O Agility como terapia para cães resgatados
No Centro de Proteção Animal de Zaragoza, por exemplo, recomendam que os cães pratiquem Agility. Trata-se de uma atividade esportiva em que participam tanto pessoas como animais de estimação. Nela, o guia humano deve dirigir o animal para que ele atravesse uma série de obstáculos e correndo contra o relógio.
Conforme explicam os especialistas, esta disciplina, além de garantir aos cães uma boa e necessária dose de exercício, permite-lhes:
- Ganhar confiança e perder medos (quando vão conseguindo superar os obstáculos).
- Melhorar a conexão com seus donos
- Trabalhar a obediência de uma maneira divertida
- Desenvolver sincronização
O Agility e a leitura de contos são duas das maneiras utilizadas para que os cães resgatados de uma vida de maus-tratos e abandono superem seus traumas e possam ter uma boa segunda oportunidade de vida.
Cães que passam do medo à competição
Fonte: Facebook do Centro de Amparo Animal da Zaragoza
Os responsáveis pelo Centro dão como exemplo o caso de um cão chamado Albatroz. Através do Agility, o animal superou o sentimento de abandono e se transformou no “cão-antiveneno”.
É que o peludo foi treinado para proteger seus congêneres de possíveis envenenamentos na via pública.
Os partidários do Agility como terapia asseguram também que foi possível resolver casos que antes eram dados como perdidos. E citam exemplos de animais que tinham pânico de sair à rua e que agora participam alegremente de competições dessa disciplina.
A leitura como ferramenta para socializar animais maltratados
Mas sem dúvida o Agility não é a única terapia para que os cães possam superar as más experiências. Na “American Society for the Prevention of Cruelty to Animals”, nos Estados Unidos, eles utilizam um método muito mais tranquilo: a leitura de contos.
É que, nessa instituição, chegam grandes quantidade de cães resgatados pela polícia, todos vítimas de diferentes casos de maus-tratos. Em muitas ocasiões, os bichinhos estão tão traumatizados pelas experiências vividas que não toleram o contato com os humanos.
Então, os voluntários, diariamente, por um período de uns vinte minutos, leem para os peludos. Os animais ouvem através dos “buracos para farejar”, que estão no vidro de seus canis.
Essa foi a forma que encontraram na associação para começar uma socialização. A princípio isso deve se dar sem contato físico com o animal. Lembre-se da delicada situação que alguns peludos atravessam pelos maus-tratos recebidos.
Os avanços que se notam com a terapia de leitura
Os voluntários podem escolher à vontade o material de leitura. O importante, neste caso, é ler com voz agradável e tom tranquilo.
Embora os cães recebam outros tratamentos para superar seus traumas, os benefícios da leitura são visíveis a cada sessão. Por exemplo, observa-se como o animal, que em um primeiro momento se mostrava temeroso, logo depois começa a se aproximar, relaxa e inclusive move a cauda.
Esta terapia trouxe bons resultados para Violet, uma cadela de dois anos que foi encontrada na rua, impossibilitada de se mover. O bichinho não tinha nenhum problema físico. Simplesmente estava paralisada pelo medo que sentia.
Cães maltratados que merecem uma segunda oportunidade
Fonte: Facebook do Centro de Amparo Animal da Zaragoza
Mas Albatroz e Violet são apenas dois exemplos da grande quantidade de animais que sofrem maus-tratos em diferentes lugares do mundo. E a crueldade tem muitas formas para se manifestar. Entre elas:
- Brigas clandestinas
- Aglomeração em criadouros ilegais
- Utilização em espetáculos circenses ou similares
- Mantê-los acorrentados, trancados ou à intempérie
- Não proporcionar devidamente alimento, água, atenção médica necessária, etc
O bom é que, como contrapartida, há muita gente procurando uma forma de ajudar a estes cães resgatados. E que consideram que eles merecem una segunda oportunidade.
Fonte das imagens: Facebook do Centro de Amparo Animal da Zaragoza
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