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Como tratar o medo de ruídos fortes nos cães

4 minutos
Como tratar o medo de ruídos fortes nos cães
Última atualização: 08 dezembro, 2015

Tormentas, fogos de artifícios, ambulâncias, um prato se quebrando, uma panela que cai, motos estrondosas… Cada vez que o seu cão escuta um destes ruídos fortes, ele some. Nem rastro dele. Embora depois de tantos meses ou anos ao nosso lado, nós já o conhecemos, está debaixo da cama. Mas, de onde vem esse medo de ruídos fortes? Isso pode ser tratado?

Quais são as causas do medo de ruídos fortes nos cães?

Há vários motivos que podem ser atribuídos a esse medo:

  • Socialização deficiente. Em seu crescimento é possível que, quando filhote, tenhamos tentado omitir todo tipo de ruídos (como a descarga do vaso sanitário) para não o assustar ou não o despertar. Sem dúvida, um cão que foi criado desse modo, será mais propenso a ter medo de ruídos fortes quando crescer.
  • Experiência traumática. Algo do passado que tenha acontecido, ou a nosso cão ou a nós, pode traumatizar o animal, sentindo medo dos ruídos com os quais ele relaciona a experiência. Por exemplo, um cão que foi atropelado por uma moto, sentirá pânico cada vez que escutar alguma. Um cão ao qual tenham assustado bruscamente com um rojão que estava muito perto dele, sentirá pavor a cada vez que escutar um rojão ou algum som semelhante.
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Do mesmo modo, o cão pode ver como uma experiência traumática algo ruim que aconteça com seu dono. Por exemplo, pode ocorrer que o dono de um cão adoeça e que este pressinta que seu dono não está bem. De repente, chega o SAMU, e o animal escuta a intimidante sirene da ambulância.

Fique seu dono bem ou não, o animal tremerá a cada vez que escutar um som de ambulância. Esses são apenas alguns exemplos de como os cães podem ser traumatizados com ruídos fortes.

  • Os genes. Há algumas raças de cães hipersensíveis e que têm medo até do ruído de uma mosca que voa. E isso é transmitdo por gerações.
  • Nós mesmos. Sim, tal e como isso soa, nós também podemos criar esse medo de ruídos fortes em nossos animais de estimação. Se a cada vez que escutarmos um forte ruído gritarmos, sobressaltarmos ou até nos escondermos, nosso animal agirá do mesmo modo. Portanto, quando escutarmos ruídos fortes, como uma tormenta, fogos de artifício ou qualquer outro, devemos agir de forma normal para que o nosso amigo se acalme.

Como agir ante os ruídos fortes?

Nunca o abrace nem faça mimos, pois dessa forma você estará demonstrando que tem medo, quando na realidade esse medo é irracional e o que temos que fazer é eliminá-lo e não promovê-lo. Como já dissemos, devemos demonstrar ao cão, com nossa atitude, que tudo está bem, que nada de mais está acontecendo.

Por outro lado, se o animal tiver o costume de se esconder debaixo de uma cadeira, de uma mesa, ou da cama, não o force a sair do que, para ele, é um refúgio. Esse refúgio é o que o ajuda a se acalmar depois dos ruídos fortes e é os local que o faz se sentir mais seguro.

Se o forçarmos a sair dele, estaremos tirando de nosso cão o único lugar que ele tem para se proteger e é provável que o cão fique mais nervoso e se agrave ainda mais a situação.

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Se a fobia já estiver estabelecida

Se for algo genético ou um comportamento que já vem de tempos atrás, procure um veterinário. Há terapias que podem ajudar o seu animal de estimação a vencer esse medo. Além disso, se o veterinário considerar necessário, poderá medicar o seu animal de estimação com um calmante canino.

Por exemplo, o veterinário poderá utilizar uma cópia sintética de um feromônio que as cadelas liberam para tranquilizar os seus cachorrinhos. Tem efeito em todos os cães, independentemente da idade ou o tamanho que tenham.

Em relação à terapia, estas são suas formas:

  • Habituação e dessensibilização. Trata-se de habituar o animal a escutar o ruído que tanto medo lhe causa, possivelmente através de gravações. O segredo consiste em colocar a gravação em um volume muito, muito, muito baixo. Conforme o cão for se habituando, quer dizer, não reagindo negativamente quando o escuta, subiremos um ponto o volume. Assim, pouco a pouco, o cão perderá o medo ante esse ruído forte.
  • Contra condicionamento. Como dissemos antes, o medo de ruídos fortes, ou a um som em particular, ocorre porque o cão o relaciona com algo negativo. Por isso, devemos recondicionar, fazendo que o associe a algo positivo. Ambas as técnicas podem ser usadas de forma simultânea. Por exemplo, quando o cão escuta o ruído de um volume que lhe faça ter uma reação negativa, lhe daremos um petisco.

Desse modo, associará o ruído a ter coisas que gosta e, com o tempo, irá perdendo o medo.

Como sempre dizemos, com amor e paciência, perseverança e carinho, você poderá ajudar ao seu cão a ser mais feliz.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.