A verdade sobre o uso de animais em espetáculos

A verdade sobre o uso de animais em espetáculos

Última atualização: 21 novembro, 2015

Em geral, quando se faz alusão a crueldade animal, a referência principal é o som das touradas. Entretanto, o uso de animais em espetáculos, em especial dos animais silvestres, acaba se transformando em uma situação que acaba causando muito sofrimento aos animais.

Embora alguns espetáculos, como os programas de televisão ou filmes de cinema, encontrem-se fortemente regulamentados pelas leis de alguns países em relação ao uso de animais, há uma série de brechas na lei que permitem muitas ações que vão contra o bem-estar dos animais.

Tal é o caso dos animais silvestres usados na indústria do espetáculo, pois muitos animais são capturados quando ainda são filhotes, são retirados de seus habitats naturais e obrigados a viver em condições que dificilmente poderão simular seus habitats originais.

O dano ambiental

Algo muito problemático que ocorre ao se tirar espécies de um ambiente natural é que, caso escapem, poderão chegar a produzir um dano ecológico severo pela intrusão de espécies exóticas.

Por outro lado, o tráfico de animais continua sendo uma das ameaças principais dentro dos processos de extinção de espécies, que chega a níveis críticos.

Um exemplo disto, é o que revela um estudo recente que revelou que, em 40 anos, as espécies marinhas tiveram suas populações reduzidas em até 75% de seus exemplares.

A tortura do cativeiro

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Além de serem introduzidos em um ambiente ao qual não estão acostumados, os animais que não nasceram em cativeiro são submetidos a maus-tratos e torturas, para que realizem atividades completamente alheias a suas condutas naturais.

Milhares de animais morrem todos os anos nestes treinamentos, seja por acidentes ou devido aos tratamentos desumanos aos quais são submetidos.

As condições de vida também não são as melhores, pois estes animais vivem a maior parte do tempo trancados em trailers ou jaulas escuras e pequenas, muitas vezes caminhando sobre seus próprios excrementos ou os de seus companheiros de cela.

Da mesma forma, os métodos de treinamento também não são os mais adequados, pois o ideal para eles é que o animal aprenda o mais rápido possível e que tenha medo de seu treinador, para isto utilizam espetos, descargas elétricas ou golpes.

Os métodos de castigo que são usados com mais frequência são as amputações (de dentes, de presas e de garras), o isolamento total e a privação de alimentos ou de água.

Finalmente, depois de serem submetidos por anos a este tipo de tratamento e de passarem longas horas trabalhando sem um descanso adequado, os animais são abandonados em jaulas escuras quando atingem uma idade avançada, onde escassamente são alimentados ou tratados por um veterinário, até que finalmente morrem vítimas da solidão e de enfermidades diversas.

O problema oculto

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O problema principal deste fenômeno está, assim como o da caça furtiva, no desconhecimento por parte dos espectadores do sofrimento pelos quais passam estes animais durante a dura vida de cativeiro.

Portanto, as pessoas assistem massivamente a estes espetáculos, fomentando e financiando indiretamente as práticas que se cometem com estes animais.

O desconhecimento é um fator determinante nestes casos, pois a indústria de entretenimento vende a falsa imagem de que estes locais são, de fato, os lugares mais felizes do mundo para os animais viverem.

Entretanto, nos bastidores, as sequelas físicas e emocionais do trato desumano que estes animais recebem e o encarceramento solitário é mais que evidente, e é preciso iniciar ações que procurem deter este tipo de atividades, pelo menos para procurar criar um mundo mais justo para todos.

Assim, nós convidamos vocês para que reflitam e olhem mais além do que aquilo que é apresentado nestes espetáculos e para que possamos juntos, dar uma voz para aqueles que não podem contar o próprio sofrimento.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.