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Você sabe o que é desamparo aprendido?

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Você sabe o que é desamparo aprendido?
Última atualização: 31 agosto, 2016

É comum ouvir falar sobre desamparo aprendido, mas em pessoas. Isso ocorre em mulheres maltratadas e crianças com grandes traumas. Porém, embora não seja muito comum, este é um problema que os nossos pets também podem vir a ter.

Vamos falar mais sobre este tema, pois é possível que seu cão esteja passando por isso e que você não saiba muito bem do que se trata. Mesmo que saiba, aprender mais sobre este tema é importante para todos os que têm um animal de estimação.

O que é o desamparo aprendido

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O desamparo aprendido é a forma de um animal agir de maneira passiva ante situações agressivas. Quer dizer, o bichinho se deu conta de que muitas coisas não irão mudar e, portanto, ele se resigna às condições com uma atitude totalmente pessimista e sem vontade de viver.

Ele simplesmente se deixa levar, não importa que sejam maus-tratos ou abusos, vive porque respira, mas sem nenhuma gana de viver.

Esta doença está relacionada com depressões e transtornos mentais, fruto da ausência de controle ante certas situações.

Bem, é necessário que um cão seja maltratado para que ele desenvolva desamparo aprendido? Não. Se você briga com frequência com seu cão porque querem ir por um lado ao invés de outro, por sujar o chão, por puxar a coleira, por derrubar sua água ou por qualquer outro tipo de coisa sem importância, tudo isso, somado, transforma a vida do animal em um inferno.

Ele se sente rejeitado, não amado, e como um estorvo aos humanos pela atitude com que cuidam dele. O resultado? O animal já não responde mais às ordens, não quer brincar, come só o necessário, em resumo, se transforma em um morto-vivo.

Temos que tomar cuidado para não agir assim com o nosso animal de estimação, pois, pouco a pouco, isso poderia influenciar sua mente e se transformar em desamparo aprendido.

Infelizmente este é um aspecto do qual se aproveitam muitos adestradores de cães muito conhecidos. Colocar o animal sob uma situação de estresse incontrolável para que ele faça o que desejam. Por exemplo, se o cão for agressivo ao sair à rua, adestradores sugerem colocar uma coleira apertada e uma correia curta, o que o peludo poderia fazer contra isso?

Um ato contínuo de situações como esta faz com que o animal desenvolva o desamparo aprendido.

Há alguma solução para o desamparo aprendido?

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Pode ser que você tenha adotado um cão que infelizmente sofra deste transtorno. Possivelmente foi um cão maltratado ou abandonado e que agora sempre está cabisbaixo. No começo você achou que era um bom cão, mas pouco a pouco você se deu conta de que havia algo errado.

É possível que seja desamparo aprendido. É simples, seu cão não tem vontade de viver.

Ele poderá superar o desamparo aprendido? Vamos ser sinceros, não será um caminho fácil. Porém, os psicólogos de animais poderiam te ajudar muitíssimo no processo. Fale com seu veterinário para que ele te aconselhe algum mecanismo para ajudar seu cão, caso você não conheça nenhum, ou para que te indique um psicólogo de animais.

Em casa, pratique o reforço positivo, o carinho, o amor, a suavidade em suas palavras e dedique tempo ao seu animal. O tempo tem um papel essencial neste processo. Se você não tiver tempo, é melhor que o seu cão seja adotado por outra família. É triste dizer isso, mas é a mais pura realidade.

É necessário tempo para passear com ele, brincar com ele e tentar descobrir de que coisas ele gosta. Será de muita utilidade falar com o abrigo onde você o adotou, para que lhe deem detalhes de seu passado como, por exemplo, o tipo de maus-tratos que ele sofreu. Faça então justamente o contrário do que faziam os seus antigos donos. Por exemplo, se nunca o levavam para passear, leve-o. Se o mantinham em uma coleira que o asfixiava, deixe-o solto em um lugar onde ele possa correr. Se gritavam com ele, fale docemente.

Em resumo, demonstre ao seu cão que você o ama, que tudo mudou e que vale a pena viver.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.