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Não tente superproteger seu cachorro

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Não tente superproteger seu cachorro
Última atualização: 28 novembro, 2016

Quantas vezes falamos que nosso bichinho é um membro a mais da família e o tratamos como se fosse o nosso filho? As pessoas costumam “humanizar” os seus animais de estimação, considerando-o uma criança, e isso é ruim para a sua saúde mental. Aconselhamos você a não tentar superproteger o seu cachorro, já que, ao invés de fazer bem a ele, o que você está fazendo é afetando-o seriamente.

Superproteger o seu cachorro: por quê?

Atualmente, quando os animais são tratados como bebês e passeiam pelas ruas com seus modelitos para chuva ou para o inverno, é um pouco difícil explicar aos donos que superprotegê-los dessa maneira é ruim.

Ainda que seja verdade que os cães gostam de ser amados e que temos vontade de abraçá-los e mimá-los, é certo que o animal sofre ao não compreender muito bem por que o estão tratando dessa maneira. Se somos protetores em excesso em relação ao nosso animal de estimação, ele não poderá desenvolver suas qualidades inatas, como, por exemplo, defender-se do ataque de outro animal.

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O cachorro tem que cheirar, rastrear, estar atento ao que acontece ao seu redor. Como pode “cumprir com suas atividades caninas” se os seus donos não o deixam sair à rua, calçam sapatos nele ou carregam-no nos braços para lá e para cá?

Se o privamos de viver as sensações naturais, é como se o transformássemos em um brinquedo e o tornamos inválido para fazer uso e desenvolver seus dotes caninos. É mais provável que o animal fique neurótico, ansioso, agressivo e doente se ele passeia com os seus donos nos braços ao invés de caminhar pelo parque.

Diferente do que se acredita, superproteger o seu cachorro não o tornará mais saudável, nem mais forte. Na verdade, você estará contribuindo para que ele fique constantemente doente, para que não tenha “contato mais íntimo” com outros animais e, se for necessário, que não saiba se defender. Dessa forma, ele ficará totalmente dependente de você. O dia em que, por alguma razão, não possa se dedicar a ele, praticamente o deixará à sua própria sorte.

Os cachorros superprotegidos se tornam cachorros estressados

Não é aconselhável que, por exemplo, peguemos o nosso cachorro na rua para evitar que interaja com outros cães. Mas por quê? Porque ele necessita desse contato natural com outro como ele. Se há um animal no chão tentando se aproximar e o seu cachorro permanece em seus braços, ele não se sentirá protegido, mas sim alterado e estressado.

O mesmo acontece no caso de nós os abraçarmos quando há temporais, está trovejando ou estourando fogos de artifício. Certamente, queremos que ele não sofra, mas você tem que entender que diante dessas situações estranhas, o animal tem como intuição que há algum perigo.

Se nós, os seus donos, agimos de forma diferente àquela que ele está acostumado, ele começará a pensar que realmente está em uma situação de crise. Isso irá aumentar as batidas do seu coração e tornará a sua respiração entrecortada. O animal irá se sentir preso e à beira da morte.

Superproteger o seu cachorro, um problema dos humanos

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Quando um animal de estimação está muito abusado, a culpa é do dono, não do animal. Se você não o educou da forma adequada e não estipulou regras claras, logo ele não entenderá o porquê dos desafios ou dos castigos. Talvez, se torne mais difícil a ele aprender algo novo.

O cachorro superprotegido não sabe quem tem autoridade na casa, ele quebra as regras e faz o que quer. Isso aumenta o número de casos de maus-tratos contra animais e a violência. A responsabilidade em todos esses casos é dos humanos.

Com isso, não queremos dizer que o cão deve ser deixado de lado nem que você deva bater nele, tampouco que durma na cama ou que nós coloquemos roupas nele como se ele fosse uma pessoa. Os abraços, os prêmios, o conforto e a proteção são vitais, mas sem exagerar.

Ao contrário, estaremos diante de um cachorro ansioso, desobediente, agressivo, que quebra tudo o que encontra no caminho, ciumento com outros animais ou crianças, que late muito, estressado, inseguro e hiperativo.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.