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A leptospirose nos cães

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A leptospirose nos cães
Última atualização: 26 novembro, 2017

A leptospirose em cães, também conhecida como “doença do xixi do rato”, é uma doença infecciosa que causa transtornos graves no organismo. Por apresentar grandes riscos de contágio entre espécies e elevada taxa de mortalidade, essa doença é considerada uma questão de saúde pública.

Atualmente, a leptospirose em cães é parcialmente controlada na Europa e nos Estados Unidos. Nesses locais, foi possível diminuir o número de casos com campanhas de vacinação para animais de estimação. Além disso, eles facilitaram o tratamento gratuito para as pessoas infectadas.

Em que consiste a leptospirose em cães?

A leptospirose em cães é uma doença bacteriana, infecciosa e aguda. Ela é considerada a zoonose mais disseminada no mundo pelos órgãos de Saúde Pública. Afeta diversos seres, incluindo aves, répteis, anfíbios e mamíferos, e até mesmo os humanos.

Essa doença é causada por diversos serotipos de uma bactéria pertencente à família Leptospiraceae, da ordem Spirochaetales. As que afetam com mais frequência os cães são conhecidas como Leptospira Canicola e a Leptospira Icterohaemorrhagiae

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Origem da doença

O agente etiológico entra no organismo através das mucosas ou por lesões na peleEle transita e se multiplica em diversas partes do corpo, até se estabelecer nos tecidos do fígado e dos rins. Depois, é eliminado na urina do animal infectado, podendo infectar aquele que entrar em contato com o líquido.

Os serotipos dessa família bacteriana se difundiram no mundo todo, afetando animais de todas as espécies. A doença ocasiona diversas síndromes clínicas. A leptospirose também é conhecida como: doença de Weil, a febre canícula, febre dos 7 dias, Síndrome de Fort Bragg, doença dos porqueiros e febre de outono.

Todos esses transtornos e suas manifestações clínicas denominam-se genericamente como leptospirose. 

Como se manifesta a leptospirose em cães?

Como dissemos, a leptospirose se dissemina nos rins do animal infectado, sendo eliminada na urina. A principal via de contaminação é através do contato direto com a urina infectada, com água ou partículas do solo que foram contaminados.

Os ratos são os principais hospedeiros transmissores. Eles podem eliminar grandes quantidades dessa bactéria no meio ambiente sem apresentar qualquer sintoma. A maioria dos casos de leptospirose em cães e em humanos se deve ao contato com a urina do rato infectado.

Quais são principais sintomas da leptospirose em cães?

O período de incubação da leptospirose em cães e em humanos costuma variar entre 1 a 3 semanas. 

Observam-se duas principais etapas sintomáticas nos casos diagnosticados de leptospirose em cães.

1ª fase: sintomas genéricos

A princípio, a leptospirose em cães costuma se manifestar através de sintomas genéricos que podem se assemelhar a um resfriado. Os sintomas são: dor de cabeça, perda de apetite, febre, vômito e/ou náusea, dores musculares e cansaço.

2ª fase: sintomas específicos de acordo com o serotipo da Leptospira

Nesta etapa, aparecem os sintomas mais severos, que variam de acordo com o serotipo da Leptospira que afeta o animal. Depois dos primeiros sintomas, o cão costuma apresentar sinais mais severos de uma decaída em seu estado de saúde. Podemos destacar os seguintes sintomas:

  • Irritação nos olhos
  • Úlceras na boca e nas mucosas nasais
  • Rigidez no pescoço
  • Hemorragias intestinais e/ou pulmonares
  • Diarreia acompanhada de sangue
  • Arritmia ou insuficiência cardíaca
  • Insuficiência hepática
  • Dificuldades de respirar

O avanço da doença

Com o avanço da doença, o cão pode desenvolver doenças secundárias severas, como a meningite e a icterícia. Esta última costuma dar uma coloração amarelada aos olhos e à pele.

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Autor da imagem: Soggydan Benenovitch

É indispensável consultar imediatamente o veterinário, caso o seu animal de estimação apresente mudanças na sua conduta habitual. O diagnóstico precoce melhora o panorama do tratamento e eleva as opções de cura sem sequelas para sua saúde.

Como prevenir a leptospirose em cães?

A prevenção é a chave para conter a leptospirose em cães e a maioria das zoonoses. A vacinação é indispensável para preservar a saúde do seu animal de estimação e o bem-estar daqueles que convivem com ele.

Qual é o tratamento para a leptospirose em cães?

O tratamento principal para a leptospirose em cães consiste na administração de antibióticos. Com eles, é possível combater a infecção bacteriana. Geralmente, utiliza-se a penicilina e/ou estreptomicina.

Nos casos mais avançados, podem ser tomadas medidas para recuperar e/ou frear os danos hepáticos e renais. Além disso, é importante optar por uma dieta baixa em proteínas.

Vale a pena lembrar que o veterinário é o único profissional capacitado para receitar um tratamento específico e adequado para cada animal.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.