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Adotar um cachorro abandonado: algumas considerações

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Adotar um cachorro abandonado: algumas considerações
Última atualização: 16 janeiro, 2019

Paciência e tolerância são dois fatores chave a serem considerados ao adotar um cachorro abandonado. Saiba mais a seguir.

Adotar um cachorro abandonado é dar um futuro a dois animais: ao adotado e aos quais poderão ocupar seu lugar no abrigo. Além disso, uma boa forma de lutar contra o abuso de animais é adotando. 

Adote um cachorro que foi abandonado

Nos abrigos de animais e canis, você pode encontrar todos os tipos de cães para adoção. Afinal, são abandonados animais de todas as idades, raças ou cores.

As entidades que abrigam animais abandonados estão acostumadas a lidar com cães muito diferentes, já que não há um perfil único de cachorro abandonado.

Na verdade, esse é um dos grandes mitos que cercam o abandono. As pessoas muitas vezes acreditam que, se um cachorro foi abandonado, foi por uma razão.

Geralmente, as pessoas que abandonam afirmam que fizeram isso por causa de um mau comportamento, problemas de saúde ou porque a raça do cão era inadequada (por exemplo, cachorros grandes demais para um apartamento).

Isso não é verdade. São abandonados todo ano milhares de cães de raça pura, filhotes, animais com comportamento impecável, animais pequenos, etc.

Além disso, há cães muito medrosos, com problemas comportamentais ou frutos de cruzamentos de raças que não se destacam pela beleza.

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Cada cão que foi abandonado e que está em um abrigo ou canil é único. Não podemos generalizar sua história ou sua personalidade.

Portanto, para adotar um cão que esteja nessa situação, é melhor falar com confiança com a instituição que o resgatou e tentar conhecê-lo sem preconceitos.

Sua história

Nem todos os animais abandonados são os mesmos. Geralmente, imaginamos uma situação dramática em que o cão ficou sozinho nas ruas durante meses, mas não é necessariamente assim.

Há muitos cães que são abandonados nas portas dos abrigos e que nunca ficaram nas ruas.

Alguns passam de uma casa diretamente para um lar adotivo, sem passar pela rua. Os filhotes geralmente crescem nos abrigos, portanto, mesmo antes da adoção, já viviam numa casa.

Para adotar um cachorro abandonado, muitas vezes é útil conhecer a história do animal. Com quem ele conviveu antes? Quais eram seus costumes? Por que foi abandonado?

Essas perguntas podem nos ajudar a entender sua personalidade e descobrir do que esse cão em particular precisa.

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Infelizmente, descobrir a história de um cachorro abandonado nem sempre é possível. Muitos são deixados nos abrigos sem explicação.

Além disso, muitos cães são encontrados nas ruas e apenas pelo seu estado de higiene é possível saber se estão há muito tempo sozinhos.

Sua origem

Além de sua história, antes de adotar um cachorro abandonado, é interessante saber onde ele está sendo abrigado. Há diferentes locais nos quais podem ser encontrados animais abandonados:

Lar temporário: o cão vive em família, numa casa. Podemos perguntar à pessoa que cuidou dele qual é sua personalidade e seus costumes, para facilitar sua adaptação a nossa casa.

Abrigo com gaiolas: o cão está sozinho ou com um pequeno grupo de outros cães, em gaiolas ou baias. Os voluntários do abrigo conhecerão melhor o animal e poderão falar sobre sua personalidade.

Abrigo aberto: são uma minoria, mas há pequenos abrigos que não usam gaiolas ou baias e têm um pequeno grupo de cães livres em um local cercado. Você também pode conversar com voluntários para orientá-lo sobre o comportamento do seu cão.

Cães que vivem em abrigos tendem a ter níveis mais altos de estresse do que aqueles que são colocados em um lar adotivo.

Os primeiros dias em casa podem ser um pouco confusos e agitados. No entanto, essa não é uma regra geral também.

Além disso, aqueles que vivem em abrigos não têm rotinas domésticas estabelecidas. Você terá que trabalhar em horários fixos de caminhadas e descanso quando o cão abandonado chegar à sua casa.

Se ele estava em um lar adotivo, tente manter a rotina que ele tinha, para facilitar a transição.

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Em qualquer caso, haverá pessoas que conhecem a personalidade e os costumes do seu cão adotado.

Fale com todos os voluntários que puder para ter uma ideia de como será em sua casa: nervoso, com medo, bravo, com muito latido, preguiçoso, carinhoso, guloso, etc.

Nossa paciência e nossa tolerância

Há vários aspectos a levar em conta para preparar a transição para a nossa casa. O processo é diferente em cada caso e depende do cão, da sua família e dos seus costumes. Mas, em geral, é aconselhável:

Tenha paciência com o cão. Ele ainda não conhece a sua casa, as regras que deve seguir ou os membros da sua família. Dê-lhe alguns dias ou algumas semanas para se acostumar. Não brigue quando ele fizer algo errado. Em vez disso, ensine-o a fazer certo.

Máxima segurança na rua: não solte o cão quando for dar um passeio por um tempo. Na rua, carregue-o sempre na coleira: se quiser dar-lhe mais espaço, pode escolher uma de 5 ou 10 metros de comprimento.

Torne tudo mais fácil: seja proativo, tenha em mente tudo o que aprendeu com os voluntários e espere que o cão cometa erros, para melhorar a convivência.

Por exemplo, se ele não tiver permissão para entrar na cozinha, feche a porta.Se você não repreendê-lo e facilitar a transição rapidamente, se tornará um modelo para ele e, dessa forma, ele confiará em você.

Adotar um cachorro abandonado é uma boa decisão para todas as famílias que podem fazer isso. Nem sempre é fácil e há cães com necessidades muito especiais.

Dessa forma, consulte o abrigo e e procure a ajuda de um educador canino que pode aconselhá-lo individualmente.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.