Animais, como os elefantes, correm real perigo de extinção

Animais, como os elefantes, correm real perigo de extinção

Última atualização: 08 junho, 2015

Os elefantes são animais magníficos. O Elefante Africano é o maior mamífero terrestre do planeta, com um peso de nascimento de 120 kg, ele pode facilmente chegar a oito toneladas quando adulto. A espécie é muito comum na África e na Ásia, mas a sua população está descendente em um ritmo tão rápido que alertou as autoridades e instituições internacionais, pois o elefante corre perigo real de extinção.

A principal razão pela qual o elefante está em perigo de extinção é o homem. Na África, em 2012, a população desses mamíferos diminuiu para 63% em comparação com o censo da população em 2002.

Atualmente, a equipe de pesquisa da Reserva Natural Samburu, no Quênia, desenvolveu um modelo que determina com mais precisão o índice da mortalidade desses mamíferos, e percebeu que a taxa de mortalidade do elefante era muito maior do que eles tinham previsto.

O estudo descobriu que o tamanho dessa população está caindo 2% ao ano, o que significa que a média de mortalidade é superior à taxa de reprodução, especialmente quando considera-se que os elefantes demoram 22 meses para dar a luz, o que significa o desaparecimento da espécie, pelo menos na África.

No entanto, apesar das proibições e prisões geradas por esta causa, além dos esforços das organizações de bem-estar animal, a caça furtiva continua a ser o principal fator para o declínio da população de elefantes.

Entre 2009 e 2012, cerca de 33.000 animais foram caçados. Se considerarmos que existe, em média, 500.000 Elefantes Africanos no momento, isso significa que a taxa de animais caçados corresponde a mais de 6% da população em todo o continente.

Este fenômeno diminuiu substancialmente até 2013, principalmente graças às queixas e controles, mas ainda pesa entre 2% e 3% ao ano sobre a população existente.

Uma boa maneira de perceber o ritmo em que os elefantes estão desaparecendo é usando as estatísticas acima.

No início do século XX, havia em torno de 20 milhões de elefantes na África, mas em 1980 o número caiu drasticamente para 1,2 milhões. A população atual de elefantes no Continente africano não excede 500.000.

Os elefantes correm risco de extinção

Infelizmente, a principal causa da caça dos elefantes é o marfim, que continua a ser um dos materiais mais caros e desejados em alguns países.

Na China, por exemplo, o quilo do marfim custa 2100 dólares, o que incentiva os caçadores furtivos a continuar matando elefantes.

É lamentável que muitas pessoas estejam apenas interessadas em obter dinheiro desta forma, independentemente da vida dos animais ou da sobrevivência da espécie.

Algo que parece complicar esse cenário é que os caçadores furtivos, muitas vezes, estão ligados a poderosas organizações criminosas, como o Boko Haram, que usa o comércio de marfim como uma das formas de seu financiamento.

Na verdade, a caça de elefantes se tornou um negócio tão lucrativo no continente Africano que superou o cultivo e o tráfico de drogas ilícitas.

Animais em risco de extinção

No entanto, uma proposta que parece estar ecoando dentro de entidades governamentais de diferentes países africanos, está indicando que proteger os elefantes na natureza é mais rentável para esses países.

No geral, a proposta visa criar a consciência, nos escalões superiores, de que ter um elefante vivo é 100 vezes mais rentável do que ter um morto, tudo isso porque uma boa parte da renda per capita da maioria dos países do continente vem do turismo.

Ainda assim, enquanto a caça de elefantes e o comércio de marfim continuam a ser um negócio rentável, sempre haverá grupos ou indivíduos que tentam proteger essas espécies contra a crueldade em nome do dinheiro.

Observamos também que outros animais, como rinocerontes, leopardos e tigres, são vítimas do mesmo problema e deve chegar o dia em que as grandes elites, que são os principais consumidores e para quem estes produtos se destinam, percebam que eles não podem continuar a financiar o abate de milhares de animais apenas para alimentarem seus egos com base nesses símbolos de riqueza.


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