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O que é ansiedade de separação e como corrigir

4 minutos
O que é ansiedade de separação e como corrigir
Última atualização: 21 março, 2021

É comum que as crianças desenvolvam ansiedade quando são separadas de seu cuidador principal ou do ambiente ao qual estão acostumadas. No entanto, você sabia que esse tipo de ansiedade também é sentido por animais de estimação? Continue lendo para descobrir o que é ansiedade em relação à separação dos tutores e como resolvê-la

Você tem um animal de estimação que nunca pode ficar sozinho? Ele pode estar sofrendo de um problema de comportamento chamado ansiedade de separação. A ansiedade de separação é um estado de estresse, medo, ansiedade e depressão que um animal de estimação experimenta quando é deixado sozinho ou separado de seu tutor.

O que é ansiedade de separação dos tutores?

Essa patologia afeta consideravelmente as atitudes do animal de estimação, todas relacionadas ao estresse. Algumas delas são:

  1. Perda do controle dos esfíncteres
  2. Uivos ou latidos quando deixado sozinho
  3. Comportamentos destrutivos
  4. Ansiedade ao detectar a saída do tutor

Esse problema de comportamento se desenvolve devido a um alto nível de dependência do tutor e por causa de um animal de estimação que carece de confiança.

Esse tipo de relação faz cm que seja insuportável para os animais de estimação, principalmente cães, ficarem sem a companhia de seus tutores. Por isso, eles utilizam alguns dos comportamentos citados acima como uma forma de externalizar e amenizar a angústia gerada pela separação, mesmo que por pouco tempo, por exemplo, o tempo gasto para ir ao supermercado e voltar.

Possíveis causas

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Não se sabe ao certo quais são os fatores que levam um animal de estimação a desenvolver um apego excessivo com seu tutor. No entanto, elementos como o desmame muito precoce, algumas características genéticas, a raça ou traumas relacionados a situações anteriores de abuso ou negligência parecem influenciar.

Parece haver uma relação entre a ausência de um processo chamado “desapego primário” (que é o estágio em que a mãe força o filhote a passar mais tempo sozinho) e o desenvolvimento da ansiedade de separação dos tutores. Em geral, filhotes que passam por essa fase, que ocorre entre a sexta e a oitava semana, tendem a desenvolver uma personalidade mais independente e ter mais autoconfiança do que os filhotes que nunca tiveram espaço para ficar sozinhos ou cujo dono não tinha se preparado devidamente para recebê-lo em casa.

Como evitar a ansiedade de separação

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Uma maneira de mostrar que seu cão está começando a sofrer desse distúrbio é quando ele fica excitado em excesso quando você chega em casa (pula em você ou urina).

Quando o cão fica muito agitado, significa que ele estava preocupado porque você não estava lá, então é melhor ignorá-lo até que ele se acalme. Quando ele se acalmar, então você pode cumprimentá-lo. Dessa forma, você mostra que esse é o estado mental que ele deve manter enquanto você estiver fora, que nada aconteceu e que está tudo bem se ele ficar um pouco mais sozinho.

Você deve ter em mente que, como parte de seu processo educacional, o cão deve aprender a ficar sozinho. Porém, lembre-se de que isso é algo que deve ser feito aos poucos. Não pense em deixá-lo sozinho de imediato, é melhor deixar por curtos períodos de tempo e aumentar esse tempo aos poucos. Assim, você evitará que um longo período de solidão gere um trauma, que levará a um problema de comportamento como os que mencionamos.

Dessa forma o cão entenderá que, quando você sair, mesmo que demore um pouco, você vai voltar, sem que isso seja uma experiência absolutamente estressante para o animal.

Para considerar

  • A ansiedade de separação se manifesta com intensidade diferente dependendo do cão, assim como das situações em que ocorre.
    • Por exemplo, alguns animais de estimação permanecem quietos durante a ausência do tutor durante a manhã e a tarde, mas não suportam ficar sozinhos à noite.
    • Outros desenvolvem ansiedade depois de passar longos períodos com alguém, por exemplo, após as férias. É necessário estar atento às situações que desencadeiam esse comportamento e à intensidade com que seu animal de estimação o manifesta.
  • Muitas vezes as pessoas confundem ansiedade de separação com tédio. Se um cachorro age perfeitamente normal, mas, depois de onze ou doze horas por perto, ele só começa a arranhar as portas ou uivar, provavelmente está entediado.
  • É necessário prestar atenção a esse comportamento, pois o animal pode acabar somatizando ansiedade e desenvolvendo diarreia, anorexia ou automutilação.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.