Cães adestrados apoiam às mulheres vítimas de violência de gênero
Um projeto revolucionário está sendo aplicado já há algum tempo com a finalidade de oferecer apoio às mulheres vítimas de violência de gênero, o projeto utiliza cães adestrados no processo de recuperação Psicossocial das vítimas. Contaremos sobre o que se trata:
Este novo projeto se trata de algo inovador denominado Escan, que oferece apoio às mulheres e a menores de idade vítimas de violência de gênero através do apoio de cães adestrados, quem além de lhes fazer companhia, também lhes oferecem segurança.
O projeto oferece duas frentes de defesa em serviço das mulheres:
- O uso de animais como parte da terapia de recuperação, para poder voltar a criar vínculos de confiança com o apoio psicológico da instituição.
- Um mecanismo de defesa eficaz em caso de um ataque iminente, embora mais que defesa, os cães desta classe são utilizados para intimidar e para que as agressões não aconteçam.
Através do êxito que teve o programa, pensa-se na possibilidade de envolvê-lo na Rede de Centros de Atenção Especializada para Mulheres Vítimas de Violência, e poderá facilitar no próximo ano, a mais mulheres, a possibilidade de viver esta experiência.
Este modelo foi pensado principalmente para mulheres que viveram experiências de maus-tratos e cujos casais têm ordens judiciais de afastamento. Nestes casos, é normal que a pessoa se encontre temerosa ao sair em público, e o cão é um grande estímulo para que a pessoa venha a sair de casa.
O cão, um elemento de fortaleza
O temor não é para menos, pois são centenas as mulheres que morrem no mundo todo nas mãos de seus parceiros ou familiares. Portanto, o cão lhes dá uma espécie de fortaleza para que possam confrontar o mundo, com todos os perigos que isso implica.
Além disso, a terapia que envolve animais, especialmente cães, tende a ter um impacto positivo a nível afetivo. Isso implica, além da recuperação mental da pessoa, em uma série de outros benefícios, como realizar atividades gratificantes, um aumento na interação social, entre outros.
Para que a aplicação desta terapia seja efetiva, um grupo de psicólogas e trabalhadoras sociais estariam encarregadas de selecionar as vítimas que receberiam o tratamento, para garantir que o animal não corra nenhum tipo de risco.
Os cães tratarão de pessoas que padecem, principalmente, de episódios de ansiedade, baixa autoestima, depressão, isolamento social e dependência.
Além de ter que se encaixar com o perfil sociológico, as mulheres deverão ter uma sentença judicial que as coloquem na categoria de vítimas de violência de gênero, assim como ter uma ordem de afastamento do agressor, pois isso é um indicador de que a vítima realmente se encontra em perigo.
Além do consentimento das psicólogas, as candidatas serão avaliadas também por adestradores de cães, que determinarão se a pessoa está em condições de estabelecer uma compatibilidade humano-cão.
Adestramento
Neste programa o treinamento dos cães é fundamental, e são selecionados cães de raças ideais para o trabalho de intimidação, mas também conhecidos por serem obedientes e leais.
O processo de adestramento tem uma duração média de três meses, onde eles são treinados especialmente para que obedeçam às ordens verbais da vítima. São ensinados aos cães, além dos comandos básicos, aqueles que lhes permite agir no caso de seu dono se encontrar em perigo de uma agressão iminente.
Com a finalidade de evitar qualquer incidente, é oferecido um apoio psicológico à vítima, pois o cão se encontra adestrado para atuar só como uma defesa sob as ordens da vítima.
Assim se instruirá a vítima para que ela saiba que o cão não é uma arma, mas sim um ser um ser vivo com emoções, que chegará até as últimas consequências para protegê-la, mas que ela não deve abusar disso.
O principal interesse deste programa é que a vítima se sinta o suficientemente segura com o seu cão para poder levar uma vida normal, e que os possíveis agressores se sintam intimidados e, desta maneira, evitar que se chegue a uma situação de violência.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.