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Cães procuram minas e salvam pessoas no Sudão

3 minutos
Cães procuram minas e salvam pessoas no Sudão
Última atualização: 07 março, 2016

Muitos anos de guerras civis no Sudão deixaram boa parte de seu território semeado de minas, que continuam causando vítimas inocentes diariamente. É por isso que, uma vez mais, o homem recorre ao seu grande amigo, o cão, para poder solucionar este grave problema.

Utilização de cães para detectar minas terrestres

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Desde 2008, e por iniciativa do veterinário e treinador Muiz Ali Taha, uma grande quantidade de cães procuram minas no país africano, fazendo uso de seu grande olfato.

O profissional, que tinha trabalhado no Departamento de Comunicações do Escritório de Ação contra as minas das Nações Unidas, afirmou que os cães podiam ser de grande utilidade para terminar com este flagelo que afeta o seu país.

E assim, em 2006, ele viajou para a o sul da África para selecionar os animais mais qualificados para esta tarefa e começar imediatamente seu treinamento.

Os cães são adestrados por cerca de 6 meses na base militar do-Elafoon, nos subúrbios do Jartum, a capital sudanesa. Logo, começam sua tarefa nas áreas atribuídas, sendo sempre conduzidos por um guia.

Os cães, graças a seu grande olfato, estão conseguindo acabar com o drama das minas terrestres no Sudão, que já ceifou a vida de mais de 2.000 inocentes apenas na última década

Como trabalham os cães que procuram minas no Sudão

Quando o cão detecta uma mina terrestre, ele começa a farejar ao redor de um ponto fixo e logo se senta. É o sinal para que seu acompanhante humano coloque uma bandeira vermelha no lugar indicado.

Alguns cães são tão eficazes neste trabalho que podem chegar a “limpar” uma superfície de 1200 metros quadrados em apenas 2 horas. Quando termina o reconhecimento e a marcação da zona atribuída, entra em cena então um desminador, que se encarrega de retirar e detonar as minas.

A detecção de minas, uma forma de salvar diariamente vidas

O problema das minas terrestres no Sudão remonta à Segunda Guerra Mundial, mas, sem dúvida, foi aumentando através das duas extensas guerras civis que assolaram o país.

O número de vítimas por explosões de minas chegou a 2.000 apenas na última década. Infelizmente, muitos dos mortos, feridos e mutilados têm sido as crianças.

Mas o tema das minas terrestres também traz grandes inconvenientes à economia sudanesa, sobretudo devido ao aumento de custos relativos ao longo tempo de transporte de produtos e pelo desanimo que a situação causa nos investidores.

A capacidade olfativa dos cães

O olfato é o sentido que mais os cães têm desenvolvido. Estima-se que possuem uma capacidade olfativa entre 10.000 e 100.000 vezes mais potente do que a dos seres humanos.

Isto se deve ao fato que, enquanto as pessoas contam com em média 5 milhões de células olfativas no nariz, os cães têm entre 200 e 300 milhões.

Outra particularidade que contribui com o superior olfato dos peludos é que, em seu nariz, o ar inalado e exalado não se misturam. Mas além disso, a área cerebral dedicada a este sentido é 40 vezes maior que a nossa.

O olfato do cão como ferramenta

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O sentido do olfato nos cão está tão desenvolvido que, o homem, o soube aproveitar em diferentes tarefas, além da detecção de minas. Por exemplo:

  • Rastreamento de pessoas e de objetos perdidos;
  • Detecção de explosivos, drogas, vazamento de gás, etc.;
  • Busca de sobreviventes ou de cadáveres sob escombros;
  • Atividade cinegética.

Entre as raças de cães que possuem um sentido do olfato mais desenvolvido podemos assinalar:

Uma tarefa insubstituível

O trabalho destes animais no Sudão, que preservou a vida de muita gente, parece ser insubstituível.

“Confio mais no trabalho de um cão no que no de uma máquina de limpeza de minas”, declarou, por exemplo, um dos guias que trabalha diariamente com os cães.

O certo é que os cães continuam incansavelmente com a louvável tarefa de salvar vidas humanas e não deixam de demonstrar que são os nossos melhores amigos.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.