Cão de rua entra em uma igreja e recebe a bênção do padre
Um cão de rua entrou em uma igreja durante uma missa e o padre lhe deu sua bênção. O fato ocorreu na paróquia São José Operário, no município paulista de Sorocaba (Brasil). Como costuma ocorrer hoje em dia, a foto desse peculiar momento logo se tornou viral nas redes sociais.
‘Waguinho’ e o cão de rua
O protagonista humano desta história foi o padre Wagner Ruivo, conhecido como “Waguinho”. Depois do encontro com o cão, o sacerdote expressou seu pensamento: “Aprendi que o amor de Deus deve chegar a todos. Sim. A todos”.
Do bichinho em questão pouco se sabe. Possivelmente ele estava perdido porque seu aspecto, conforme afirmou o padre, não parecia o de um cão que estava há muito tempo vivendo na rua.
O certo é que ninguém nunca o tinha visto antes e que depois do encontro com o padre Ruivo ninguém voltou a vê-lo. Mas o padre declarou que, se o cão aparecer outra vez pela paróquia será mais que bem-vindo, como mais um integrante da comunidade religiosa.
A foto do cão de rua que entrou em uma igreja e recebeu a bênção do padre se tornou viral nas redes sociais. Esperamos que a imagem sirva para conscientizar sobre o cuidado e o respeito que os humanos devem ter com os animais.
Agir de acordo com o que se prega, essa é a questão
Atitudes tão positivas como as deste sacerdote possivelmente podem vir a ajudar a despertar não só bons sentimentos, mas também ações concretas para com os animais, sobretudo os que se encontram em situação de desamparo.
Esse fato me trouxe à memória dois fatos que presenciei e que envolvem católicos supostamente praticantes e que despertaram minha indignação. Ir à missa todos os domingos não significa ter uma “carteirinha” de boa gente.
Um desses fatos ocorreu na calçada da igreja de meu bairro. Por acaso eu estava passando por ali quando chamou a minha atenção a presença de um pequeno cão de rua, que estava muito sujo e fraco.
Nesse mesmo momento começaram a sair as pessoas que tinham participado da missa e várias crianças começaram a perseguir o animal, gritando com o bichinho e lhe dando pontapés, ante o olhar indiferente dos adultos. Nem preciso dizer que o cão fugiu assustado.
Em busca dos bons cristãos
O outro fato, que me fez deparar com as atitudes hipócritas de algumas pessoas, eu presenciei em uma importante cidade turística.
Havia me aproximado de uma igreja para apreciar seus detalhes arquitetônicos quando chamou minha atenção a atitude do cuidador do lugar, que empurrava para fora um cão de rua que tentava entrar na igreja. Não contive minhas palavras e disse algo sobre o amor de Deus para com todas as criaturas.
A questão é que professar uma religião não significa ser uma boa pessoa, evidentemente. Ainda estamos muito longe de conseguir educar e conscientizar as pessoas sobre o abandono, sobre o maltrato, e de ensinar de maneira eficiente sobre atitudes responsáveis para com os animais.
As religiões e os animais
O padre Ruivo contou que o cão entrou na paróquia justamente quando ele estava pregando sobre o amor a todos os seres vivos. Ele aproveitou para recordar as palavras do Papa Francisco sobre cuidar de nossa casa em comum, em referência ao planeta, e de todos os que o habitam.
A religião e a proteção aos animais não são assuntos incompatíveis, pelo menos não deveriam ser. Ou, conforme nos ensinam as religiões, não fomos todos criados por um ser superior?
Nem todas as religiões encaram a questão da mesma forma, mas ir mais fundo nesse assunto não é o objetivo deste artigo. O mais importante é reforçar o respeito para com estes seres e a busca da harmonia com a natureza.
Tomara que consigamos isso e que, além da foto do Waguinho” e o cão de rua, se “viralize” também o cuidado e o respeito para com todos os seres vivos que habitam este bendito planeta. Amém.
Fonte: Facebook do Pai Wagner Ruivo
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