O cão-guia que, em 11/09, retornou para salvar a vida de seu dono

O cão-guia que, em 11/09, retornou para salvar a vida de seu dono

Última atualização: 09 dezembro, 2016

Cada vez que chega a data do atentado às Torres Gêmeas de Nova Iorque, surgem diferentes formas de recordar seus mortos e sobreviventes. Nesta oportunidade, contaremos a história do cão-guia que retornou para salvar a vida de seu dono.

Um homem, seu cão-guia e as lembranças do horror

Depois de 15 anos do 11/09, queremos relembrar a história do engenheiro colombiano Omar Eduardo Rivera e de Salty, seu cão-guia.

Nesse fatídico dia, o homem, que é cego, estava trabalhando no andar 71 da Torre 1. Ali funcionavam os escritórios do Departamento Tecnológico de Serviços de Informação da Autoridade de Portos de Nova Iorque e Nova Jersey. O cão-guia estava, como sempre, junto a ele.

De repente, Rivera escutou um grande estrondo e notou que o edifício começava a tremer. Também percebeu que o animal se inquietava. Então, ele pegou o cão Salty pela correia e começou a caminhar para a saída de emergência mais próxima.

O engenheiro relata que, em seguida, teve a sensação de que, dada sua incapacidade visual, ia ser muito difícil sair com vida dessa situação, entre tanta gente desesperada para abandonar o edifício.

Conheça a história do Salty, o cão-guia que salvou seu dono cego de morrer na Torre 1, de Nova York, em 11 de setembro de 2001. Quinze anos depois da tragédia, trazemos o relato do Omar Eduardo Rivera, relembrando o seu querido e fiel cão-guia.

Salty não abandonou seu dono e o salvou da morte na Torre 1

Diante dessa realidade extrema, Rivera tomou a decisão de salvar o cão. Soltou a correia e lhe ordenou que fosse sem ele. Mas Salty, em poucos minutos, estava de novo junto a seu querido dono.

Foi assim, passo a passo, em meio ao caos gerado por essa situação estranha – um avião se chocando contra um edifício – que os dois conseguiram descer os 70 andares necessários e sair do lugar.

A descida durou mais de uma hora. Quando o homem e seu cão-guia chegaram finalmente à rua, o animal logo conseguiu abrir caminho e conduzir seu dono a um local mais seguro. Poucos minutos depois, a torre desabou.

Um cão-guia que nunca abandonou seu dono

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“Nesse momento eu soube que Salty me amava tanto quanto eu a ele”, recorda Rivera, que em 2001 tinha 44 anos. A fidelidade de seu cão-guia permitiu ao homem continuar com a vida junto a sua família. E assim ele pode desfrutar da companhia de suas netas, nascidas algum tempo depois do atentado.

Quanto ao cão Salty, o belo Labrador dourado, ele continuou acompanhando o engenheiro cego por mais um bom tempo. O cão morreu em 2008. Mas antes foi reconhecido em muitas oportunidades por sua atitude heroica.

Entre os prêmios recebidos pelo cão-guia de cegos, destaca-se a medalha Dickin. Essa distinção é entregue pela Associação Veterinária “People’s Dispensary for Sick Animals”.

O cão-guia de Rivera tinha sido treinado em 1998 pela fundação “Guiding Eyes for the Blind” de Yorktown Heights, Nova York.

Os cães, esses seres que tanto fazem por nós

Além disso, não devemos nos esquecer de mencionar que, no terrível atentado às Torres Gêmeas, os cães foram fundamentais para o resgate das vítimas presas nos escombros.

Mas, na história de hoje, foi o amor e a fidelidade de um cão-guia que permitiu que uma pessoa cega pudesse sobreviver a essa terrível situação.

Entretanto, Salty não foi o único guia de cegos presente nos edifícios derrubados pelos aviões em 11/09. Também se encontrava entre os cães, Roselle. A cadela que acompanhava seu dono cego, Michael Hingson, no andar de número 78 da mesma torre. Mas este nobre animal, também da raça Labrador, não apenas conduziu são e salvo o seu dono até à saída. Ela também ajudou outras 30 pessoas a escaparem daquele inferno.

Fonte da imagem principal: www.abc.es

 


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