Cientistas querem eliminar experimentos com animais
Os experimentos com animais, essa forma de tortura justificada em nome do avanço da ciência, estão sendo questionados com mais força nos últimos tempos. Não querem pôr fim a esta atitude só os grupos defensores dos direitos destes seres. Importantes membros da comunidade científica estão fazendo ouvir suas vozes para acabar com este verdadeiro maltrato a criaturas inocentes.
A experimentação animal poderia acabar agora mesmo
Contrariando a opinião de muitos cientistas a respeito de que a experimentação com animais deve ir sendo eliminada de maneira gradual, o Dr. John Pippin afirma que os experimentos com animais podem ser detidos neste mesmo momento e sem custo algum para o avanço científico.
Especialista em cardiologia nuclear, John Pippin é também diretor de assuntos acadêmicos do Comitê de Médicos por uma Medicina Responsável.
A organização impulsiona a medicina preventiva e se ocupa, entre outros temas, das controvérsias que surgem em questões éticas e científicas na educação e na pesquisa.
“As atrocidades não são menores se ocorrem em laboratórios e se são chamadas de pesquisa biomédica.”
-George Bernard Shaw-
Os experimentos com animais competem com a ética
Pippin considera que utilizar animais em testes de laboratórios contradiz a ética e é um erro grave. Assinala que este tipo de pesquisas são cruéis e – em muitas ocasiões – fatais.
O profissional explica que os resultados de ensaios com animais, de forma geral, têm uma aplicabilidade muito baixa nos seres humanos e, além disso, implicam a utilização de importantes somas de dinheiro.
Por tais motivos, não deveriam realizar este tipo de experimento com animais, mesmo se não houvesse alternativas. No entanto, sim, há alternativas. Por exemplo:
- Produção artificial de células e tecidos para estudo e manipulação;
- Impressão 3 D: o chamado bioprinting possibilita a replicação de tecidos humanos;
- Simulações baseadas em software específico.
Outras vozes contra os experimentos com animais
Na mesma direção que Pippin, expressa-se o biólogo Frank Alarcón, que coordena a filial brasileira de Cruelty Free Intonernatial.
O especialista opina que qualquer descrição do martírio que padecem os animais utilizados para experimentação é insuficiente.
Sem entrar em detalhe das torturas emocionais e físicas que sofrem nos laboratórios estas criaturas indefesas, podemos assinalar que os animais são submetidos a:
- Separação de seu grupo de origem;
- Impedimento de desenvolver um vida social em um entorno real;
- Clausura em jaulas ou caixas estreitas e frias;
- Má alimentação;
- Manipulação constante.
Experimentos com animais: milhões de vítimas inocentes por ano
Também se manifestou em termos similares a primatóloga, etóloga e antropóloga Jane Goodall. A profissional considera a experiência com animais um tipo de tortura e advoga pela busca e utilização de procedimentos alternativos.
Apesar das vozes que se alçam, estima-se que, anualmente, milhões de animais continuam sendo vítimas destas práticas. São utilizados principalmente para:
- Provas de toxicidade;
- Recursos de aprendizagem em universidades;
- Modelos de pesquisa em laboratórios.
Mas, além da biomedicina, estes seres são utilizados em experiências em indústrias como a cosmética e a militar.
Por que a experimentação com animais não acaba?
A causa pela qual estes tipos de experiemntos não chegam ao seu fim parece se resumir em uma só palavra: dinheiro. São muitos os recursos públicos que se destinam a este tipo de pesquisas em universidade e ambientes acadêmicos.
Mas, além disso, entra em jogo a vaidade e o orgulho de alguns pesquisadores e a dificuldade de desmontar uma estrutura de trabalho já estabelecida e que perpetua um sistema que fornece distintos tipos de benefícios.
Pelo fim da crueldade com os animais
O certo é que, apesar dos avanços, estes seres continuam sendo submetidos a distintos tipos de experimentos, uma das tantas formas que o homem utiliza para maltratar estas criaturas inocentes.
Entrar em detalhes das distintas formas de maus tratos pode ser insuportável para pessoas sensíveis e quem amam os animais, mas não é demais recordar que na internet há muita informação para se aprofundar no tema.
Tomar consciência e contribuir para conscientizar a respeito deveria ser uma prioridade para todos aqueles que consideram que os animais também têm direitos.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.