Cientistas querem eliminar experimentos com animais

Cientistas querem eliminar experimentos com animais

Última atualização: 03 março, 2016

Os experimentos com animais, essa forma de tortura justificada em nome do avanço da ciência, estão sendo questionados com mais força nos últimos tempos. Não querem pôr fim a esta atitude só os grupos defensores dos direitos destes seres. Importantes membros da comunidade científica estão fazendo ouvir suas vozes para acabar com este verdadeiro maltrato a criaturas inocentes.

A experimentação animal poderia acabar agora mesmo

Rato

Contrariando a opinião de muitos cientistas a respeito de que a experimentação com animais deve ir sendo eliminada de maneira gradual, o Dr. John Pippin afirma que os experimentos com animais podem ser detidos neste mesmo momento e sem custo algum para o avanço científico.

Especialista em cardiologia nuclear, John Pippin é também diretor de assuntos acadêmicos do Comitê de Médicos por uma Medicina Responsável.

A organização impulsiona a medicina preventiva e se ocupa, entre outros temas, das controvérsias que surgem em questões éticas e científicas na educação e na pesquisa.

“As atrocidades não são menores se ocorrem em laboratórios e se são chamadas de pesquisa biomédica.”

-George Bernard Shaw-

Os experimentos com animais competem com a ética

Pippin considera que utilizar animais em testes de laboratórios contradiz a ética e é um erro grave. Assinala que este tipo de pesquisas são cruéis e – em muitas ocasiões – fatais.

O profissional explica que os resultados de ensaios com animais, de forma geral, têm uma aplicabilidade muito baixa nos seres humanos e, além disso, implicam a utilização de importantes somas de dinheiro.

Por tais motivos, não deveriam realizar este tipo de experimento com animais, mesmo se não houvesse alternativas. No entanto, sim, há alternativas. Por exemplo:

  • Produção artificial de células e tecidos para estudo e manipulação;
  • Impressão 3 D: o chamado bioprinting possibilita a replicação de tecidos humanos;
  • Simulações baseadas em software específico.

Outras vozes contra os experimentos com animais

Na mesma direção que Pippin, expressa-se o biólogo Frank Alarcón, que coordena a filial brasileira de Cruelty Free Intonernatial.

O especialista opina que qualquer descrição do martírio que padecem os animais utilizados para experimentação é insuficiente.

Sem entrar em detalhe das torturas emocionais e físicas que sofrem nos laboratórios estas criaturas indefesas, podemos assinalar que os animais são submetidos a:

  • Separação de seu grupo de origem;
  • Impedimento de desenvolver um vida social em um entorno real;
  • Clausura em jaulas ou caixas estreitas e frias;
  • Má alimentação;
  • Manipulação constante.

Experimentos com animais: milhões de vítimas inocentes por ano

Também se manifestou em termos similares a primatóloga, etóloga e antropóloga Jane Goodall. A profissional considera a experiência com animais um tipo de tortura e advoga pela busca e utilização de procedimentos alternativos.

Apesar das vozes que se alçam, estima-se que, anualmente, milhões de animais continuam sendo vítimas destas práticas. São utilizados principalmente para:

  • Provas de toxicidade;
  • Recursos de aprendizagem em universidades;
  • Modelos de pesquisa em laboratórios.

Mas, além da biomedicina, estes seres são utilizados em experiências em indústrias como a cosmética e a militar.

Por que a experimentação com animais não acaba?

A causa pela qual estes tipos de experiemntos não chegam ao seu fim parece se resumir em uma só palavra: dinheiro. São muitos os recursos públicos que se destinam a este tipo de pesquisas em universidade e ambientes acadêmicos.

Mas, além disso, entra em jogo a vaidade e o orgulho de alguns pesquisadores e a dificuldade de desmontar uma estrutura de trabalho já estabelecida e que perpetua um sistema que fornece distintos tipos de benefícios.

Pelo fim da crueldade com os animais

Tartaruga

O certo é que, apesar dos avanços, estes seres continuam sendo submetidos a distintos tipos de experimentos, uma das tantas formas que o homem utiliza para maltratar estas criaturas inocentes.

Entrar em detalhes das distintas formas de maus tratos pode ser insuportável para pessoas sensíveis e quem amam os animais, mas não é demais recordar que na internet há muita informação para se aprofundar no tema.

Tomar consciência e contribuir para conscientizar a respeito deveria ser uma prioridade para todos aqueles que consideram que os animais também têm direitos.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.