Cinofobia, a fobia de cães

Os pesquisadores apontam que as principais causas da cinofobia estão relacionadas a experiências traumáticas durante a infância.
Cinofobia, a fobia de cães
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Embora para a maioria de nós os cães sejam os nossos melhores amigos, os diagnósticos de cinofobia têm crescido a cada dia.

Existem certas pessoas que têm fobia de cães, e esta é uma realidade difícil e que deve ser superada diariamente. A seguir, aprenderemos mais sobre a cinofobia, seus sintomas, causas e tratamento.

O que é cinofobia?

Do ponto de vista médico, a cinofobia é definida da seguinte forma: “um medo persistente, anormal e injustificado de cães ou da raiva que eles poderiam transmitir”. Assim, uma pessoa que sofre de cinofobia sente verdadeiro pânico na presença de um cão.

De fato, em casos mais sérios, os sintomas da fobia podem aparecer apenas imaginando-se em um contexto que envolve compartilhar o mesmo ambiente que um cão. Além disso, os sonhos também podem contribuir para o aparecimento dos sinais característicos de um medo tão intenso.

Como diferenciar a fobia de um medo “comum”?

Fobia” e “medo” são conceitos diferentes, isto é, são expressos de maneiras diferentes. O medo é um sentimento inerente à nossa condição humana e também está presente em outros animais. Consiste em um mecanismo de defesa que desempenha um papel essencial para a nossa sobrevivência.

Esse é o medo que nos permite estar alerta, reconhecer e agir em situações de estresse ou perigo. Claro, é uma reação muito útil.

No caso da fobia, ela é caracterizada por um sentimento de medo desproporcional às situações cotidianas, inofensivo ou até mesmo irreal. Embora os cães possam realmente machucar uma pessoa, por autodefesa ou falta de treinamento, a cinofobia é claramente um medo que vai além dessa possibilidade.

Cachorro bocejando

Quando temos medo em níveis saudáveis, podemos usar a nossa capacidade racional para analisar o contexto no qual nos encontramos. Então, podemos decidir nos adaptar e superar esse medo, ou realmente agir para escapar ou enfrentar a situação.

No entanto, se tivermos uma fobia, geralmente perdemos esse controle voluntário sobre o nosso próprio medo. Uma situação um pouco desagradável.

Então, o sentimento supera a capacidade racional e a imaginação muitas vezes piora os sintomas, a ponto de não haver qualquer explicação racional para tal medo.

Aqui está um exemplo prático para entendermos melhor a diferença: uma pessoa pode ter medo e manter distância de um cão grande e poderoso ou que está irritado e isso, acima de qualquer dúvida, é um cuidado preventivo absolutamente saudável.

Mas alguém que desenvolve uma fobia de cães apresentará um verdadeiro pânico ao ver, por exemplo, um pequeno cachorro andando tranquilamente na calçada em frente. E não importa se o cão é totalmente inofensivo e amigável: a fobia não permite o diagnóstico racional que levaria à calma.

Sintomas de cinofobia

Os sintomas da cinofobia são semelhantes aos de qualquer outra fobia, mas estes se desenvolvem em relação aos cães.

No princípio, todo medo gera a sensação de desconforto, mas em uma fobia o sofrimento aumenta, porque é alimentado pelo caráter irracional desse medo excessivo. Esse desconforto psicológico leva ao aparecimento dos seguintes sinais físicos:

  • Sudorese excessiva
  • Taquicardia
  • Sentimento de ódio, ira ou raiva excessiva
  • Tremores
  • Alteração do ritmo respiratório ou dificuldades para respirar
  • Náusea e vômito eventual
  • Dores de estômago (que podem levar a diarreia)
Cachorro na neve mostrando os dentes

Possíveis causas da cinofobia

primeira tentativa de explicação para a cinofobia relaciona o aumento de casos diagnosticados com os ataques de cães que se tornam notícias ​​em muitos países.

Por outro lado, os pesquisadores apontaram experiências traumáticas durante a infância como a principal causa da maioria das fobias. No caso da cinofobia, a maioria dos pacientes entrevistados revelou terem sido expostos a alguma situação negativa com os cães nos primeiros 10 anos de vida.

Além disso, descobriu-se também que as fobias podem ser “transmitidas” por pais ou pessoas muito influentes na educação inicial de uma criança. Portanto, devemos estar muito conscientes no momento de apresentar nossos filhos aos cães.

Cinofobia: é possível prevenir?

Estabelecer uma prevenção para uma fobia é tão ou mais complicado do que apontar para uma causa específica para o seu desenvolvimento. Atualmente, psicólogos e psicopedagogos especializados em cinofobia se referem à exposição precoce e gradual como a melhor forma de prevenção.

Como as crianças tendem a ser mais suscetíveis ao desenvolvimento de fobias, devemos evitar expô-las a situações traumáticas, assim como evitar transmitir a elas os nossos medos.

Logicamente, é importante ensiná-las a prevenir e adotar medidas de segurança, mas priorizando métodos racionais com a ajuda do reforço positivo.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.