Devemos chamar os animais de "coisas"? Muitas pessoas estão lutando contra isso!

Devemos chamar os animais de "coisas"? Muitas pessoas estão lutando contra isso!

Última atualização: 29 maio, 2017

Uma coisa temos muito clara: os animais são animais, e não pessoas. Mas, está certo serem considerados como “coisas”? Muitos governos acreditam que sim, e várias associações estão lutando para mudar isso.

Por acaso, uma coisa não é um objeto inanimado sem sentimentos, nem vida? O que nós, que amamos os animais, afirmamos e muitos estudos científicos comprovam é que os animais têm sentimentos.

Mesmo que não fosse assim, como se pode chamar “coisa” a um ser vivo ao qual amamos? Nós, protetores dos animais, votamos que não. Por isso, queremos contar uma história de como muitos estão lutando por esse ideal.

Um abaixo-assinado para deixar de chamar os animais de “coisas”

No mês passado, o Congresso dos Deputados, na Espanha, recebeu mais de 240 mil assinaturas com o único objetivo de modificar o Código Civil na parte que afirma que os animais são “coisas”.

O objetivo é que os considere como seres que têm sensibilidade. Não se tem a intenção de entrar em debate se têm ou não sentimentos.

O porta-voz do Observatório de Justiça e Defesa Animal sugeriu que “A Espanha deve se adaptar ao clamor social dos espanhóis a esse respeito”. Também alegaram que o Tratado da Manifestação da União Europeia já modificou esse artigo para considerar os animais como o que são: seres com sensibilidade.

Além disso, afirmou veementemente que as 243 mil assinaturas, total que se conseguiu, é uma demonstração de que esta iniciativa conta com o apoio popular dos cidadãos espanhóis. Por isso, alterar essa normativa significaria ter um país melhor e com as pessoas mais felizes.

Essa iniciativa foi levada a cabo por uma plataforma chamada Change.org. E essa mudança já foi realizada em países europeus, como Portugal, França e Alemanha.

Como alegação, também se comparou um animal de estimação com um dos objetos inanimados de casa. Foi para demonstrar que estes não têm sentimentos e que portanto os animais de estimação não podem ser considerados como iguais a um objeto. Ou seja, foi alegado que a geladeira não chora quando nós partimos ou a televisão não vem feliz até a porta quando chegamos em casa.

Portanto, e levando em conta um argumento tão simples, um animal não pode ser considerado nem comparado a uma “coisa”.

Qual seria o benefício dessa lei?

Caso esse artigo do código fosse alterado, sem duvida, teríamos conseguido algo justo. Será conseguir que se considere os animais como o que são: seres com sensibilidade que podem evocar distintas emoções. Portanto, ainda que seja difícil para eles nos contar, eles têm sentimentos.

Isso permitiria que as sanções pelos maus-tratos e abandono sejam maiores. É possível que inclusive aqueles que pensam em fazer mal a um animal, pensem duas vezes.

Em definitivo, a vida dos animais poderia melhorar com uma pequena alteração no Código Civil. Além disso, não estamos pedindo nada irracional, somente que se considere um animal pelo que ele é, e não como uma “coisa”.

Nós, que amamos os animais, sempre vamos afirmar que nossos animais de estimação têm sentimentos. Todavia, não queremos discutir isso com o Congresso dos Deputados. A única coisa que queremos é pedir de forma amável e respeitosa que por favor apliquem essa mudança num artigo que parece ter sido criado na Idade Media.

Uma mudança que pode melhorar muito a vida dos animais. E sobretudo, possivelmente, inclusive diminuir as taxas de maus-tratos e abandono. Esperemos que as 243 mil assinaturas recolhidas sirvam para isso e que rapidamente recebamos boas noticias a respeito.


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