Dexametasona para cães: usos e efeitos colaterais
Escrito e verificado por o biólogo Cesar Paul Gonzalez Gonzalez
A dexametasona é um medicamento usado para combater a inflamação. Portanto, é um tratamento comum para muitos tipos de doenças. Em cães, diversas doenças podem ser tratadas com a administração de dexametasona, sendo uma grande aliada para a saúde do cão. Claro, sempre com a prescrição e observação de um veterinário habilitado.
Apesar de ser um fármaco bastante útil, também tem alguns efeitos colaterais. Por esse motivo, você nunca deve automedicar seu animal de estimação, pois pode ser contraproducente. Lembre-se de que as informações fornecidas neste espaço são apenas para fins informativos: se você tiver alguma dúvida ou emergência, procure um profissional de saúde animal. Continue lendo e aprenda mais sobre a dexametasona.
O que é a dexametasona para cães?
A dexametasona é um corticosteroide muito semelhante ao hormônio cortisol. Graças a isso, esse fármaco pode entrar nas células do corpo, permitindo controlar a inflamação em algumas áreas. No entanto, esse mecanismo de ação também tem um efeito imunossupressor e causa uma redução na eficiência do sistema imunológico do cão.
São esses efeitos que dificultam a prescrição de um tratamento com dexametasona, pois, embora possa ser benéfica, deixa o corpo suscetível a outros tipos de ameaças. Portanto, apenas um veterinário pode indicar o uso desse medicamento, devendo avaliar a situação de cada paciente. Mesmo assim, nem tudo é negativo, pois com certos cuidados os cães tratados com esse medicamento vão melhorar muito.
A dexametasona não é uma droga que só pode ser administrada em cães, mas também em humanos e outros animais. No entanto, a dose e a apresentação variam em cada espécie, por isso não é recomendado o uso do medicamento humano em cães e vice-versa. Em caso de dúvida, não se esqueça de consultar o seu veterinário de confiança.
Usos do medicamento
O principal efeito da dexametasona é a imunossupressão, uma vez que o sistema imunológico é a causa de diversos quadros clínicos em cães. Graças a isso, existe uma grande variedade de doenças em que pode ser útil. Aqui estão alguns usos para esse medicamento em cães:
- Inflamação: essa reação do corpo é causada pelo sistema imunológico, pois em caso de qualquer tipo de dano a região afetada começa a expandir os vasos sanguíneos, o que permite que as células protetoras do corpo cheguem e comecem a reparar a lesão. Isso é o que causa a inflamação. Portanto, reduzir a atividade do sistema também reduz o problema.
- Alergias: uma alergia pode ser considerada uma reação repentina e exagerada do sistema imunológico, que causa vários problemas, como inflamação, lacrimejamento e irritação da pele. Por isso, quando a atividade do sistema imunológico é reduzida, a alergia também é controlada.
- Problemas musculoesqueléticos: como osteoartrite, miosite e artrite. Todos esses casos causam inflamação em várias regiões do corpo. Portanto, os anti-inflamatórios são muito úteis no tratamento de sintomas graves.
- Diagnóstico de endocrinopatias: refere-se a doenças causadas por má regulação dos hormônios. A mais comum em cães é a síndrome de Cushing, para a qual a dexametasona é usada como parte de um teste diagnóstico.
A maioria dos usos desse fármaco são paliativos. Isso significa que se limita apenas a reduzir ou controlar os sintomas, mas não a erradicar o problema. Da mesma forma, os efeitos colaterais também podem ser arriscados. Portanto, apenas um profissional deve prescrever e acompanhar o uso desse medicamento.
Dosagem da dexametasona para cães
A dose de dexametasona para cães varia em cada caso, pois uma quantidade maior do medicamento pode ser recomendada em emergências. Contudo, a regra geral é que sejam administrados entre 0,1 e 2 miligramas para cada quilo de peso do animal. A apresentação normal desse medicamento é em solução injetável, mas também existem comprimidos para administração por via oral.
Além do exposto, é obrigatório que seja o veterinário o responsável por prescrever a dose correspondente, pois há certas restrições para seu uso a longo prazo. O medicamento deve ser administrado e retirado gradualmente, pois, caso contrário, pode causar efeitos colaterais no cão (como a síndrome de Cushing).
Contraindicações do medicamento
O uso da dexametasona é contraindicado em casos de infecções fúngicas, virais ou bacterianas, pois seu efeito imunossupressor pode agravar o quadro. O efeito que esse medicamento exerce no corpo do cão é amplo e existem vários cenários em que ele não deve ser administrado. Algumas de suas contraindicações são as seguintes:
- Diabetes: a dexametasona provoca um aumento na concentração de açúcar no sangue, por isso os cães com diabetes podem ter problemas com a doença. Além disso, esse medicamento reduz o efeito dos medicamentos para diabetes.
- Insuficiência renal : o medicamento geralmente é eliminado pelos rins, podendo causar maior demanda e agravar o problema renal. Em certos casos, doses muito baixas do medicamento são recomendadas, mas apenas após o diagnóstico e com o acompanhamento de um veterinário.
- Insuficiência cardíaca: a longo prazo, a dexametasona causa retenção de sódio, o que leva a um aumento da pressão arterial. Em cães com insuficiência cardíaca, o coração geralmente não consegue suportar essas mudanças de pressão.
- Hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing): essa síndrome se refere a um excesso de cortisol no sangue, que causa diversos sintomas no cão. O uso de dexametasona pode causar esse problema, pois afeta a regulação natural do cortisol.
- Osteoporose: a osteoporose é uma doença degenerativa crônica que enfraquece os ossos. Da mesma forma, os corticosteroides também podem produzir esse efeito em longo prazo, de modo que seu uso enquanto a doença está presente aumenta a taxa de perda de massa óssea.
- Úlceras gastrointestinais: a azia é mediada pelas prostaglandinas, que são inibidas pelo uso de dexametasona. A longo prazo, isso pode levar à complicação de úlceras no cão.
- Hipersensibilidade (alergia): refere-se a uma resposta imunológica excessiva à dexametasona, que pode levar a um choque anafilático.
- Gravidez: os corticosteróides induzem o parto em animais e malformações em fetos. Portanto, seu uso não é recomendado em fêmeas grávidas.
Além disso, a dexametasona pode ter interações com outros medicamentos, por isso é necessário que um veterinário avalie as condições em cada caso. Portanto, quando for avaliar o seu animal de estimação, informe o especialista sobre os medicamentos e as vacinas que o cão tomou recentemente. Dessa forma, o tratamento adequado pode ser prescrito sem maiores complicações.
Efeitos secundários
As doses de curto prazo desse medicamento geralmente não causam problemas. No entanto, quando o tratamento é de longo prazo, podem ocorrer alguns efeitos colaterais que devem ser levados em consideração. Entre os mais comuns estão os seguintes:
- Retenção de líquidos.
- Insuficiência adrenal: os corticosteróides são uma forma sintética do hormônio cortisol produzida pelo organismo. Por isso, quando utilizado por muito tempo, pode causar uma deficiência nas glândulas responsáveis pela sua produção natural (glândulas adrenais). Isso é o que leva à síndrome de Cushing.
- Glicose no sangue: aumento da glicose no sangue.
- Poliúria: aumento da produção de urina.
- Polidipsia: aumento da ingestão de líquidos.
- Polifagia: aumento da ingestão de alimentos.
- Atraso na cicatrização: o efeito imunossupressor impede a rápida cicatrização.
- Úlceras: a inibição das prostaglandinas faz com que apareçam ou piorem as úlceras.
- Infecções secundárias: o sistema imunológico é restrito, então o cão fica suscetível a infecções por outras bactérias, fungos ou vírus.
- Redução da produção de leite.
Esses efeitos colaterais geralmente desaparecem após o término do tratamento com dexametasona. No entanto, no caso de insuficiência adrenal, o medicamento geralmente é retirado gradualmente para que o corpo se adapte à produção natural do hormônio.
A importância de ir ao veterinário
Como você pode perceber, o uso da dexametasona deve ser prescrito e monitorado pelo veterinário, pois pode causar problemas para o seu animal. Não automedique seu cão, pois as consequências podem ser fatais. Lembre-se de que a saúde do seu melhor amigo não é brincadeira.
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