Iniciativa de construção de casas para cachorros de rua
Em muitos países, a quantidade de cachorros que vivem nas ruas é um grande problema que não sabem como solucionar ou não têm os meios necessários para que as campanhas deem frutos. Por isso, algumas organizações privadas se encarregam de dar a esses cachorros sem dono abrigo e comida. Neste caso, vamos contar a você sobre uma iniciativa voltada à construção de casas para cachorros de rua sob o lema: “se você não pode oferecer aos cachorros um lar, pelo menos construa um para eles”.
Projeto chileno de casas para cachorros de rua
A cidade de Coquimbo está repleta de bichinhos que perambulam pelas ruas, brigam por lixo, que se machucam quando há uma cachorrinha no cio… isso não é algo que passe despercebido pelos moradores, mas são poucos os que realmente fazem algo a respeito.
Um grupo de jovens se reúne duas vezes por semana (às terças-feiras e aos sábados) para confeccionar casas de papelão e materiais reutilizáveis que proporcionem abrigo e refúgio aos cachorros sem-teto. Amor e Resgate Cachorrinhos de Rua é o nome dessa organização fundada por uma garota de 15 anos que começou dando de comer aos cachorros da Praça Principal dessa cidade e que logo foi agregando adeptos para sua iniciativa.
Eles se encarregam de conseguir caixas de papelão nos mercados e lojas vizinhas e, então, adaptam-nas para que os cachorrinhos tenham onde dormir, sobretudo quando faz frio. Embora o papelão não seja um material à prova d’água, a ideia é que os animais contem com pelos menos um teto e um lugar quente onde passar a noite.
Duas iniciativas similares na Argentina com casas para cachorros de rua
“Projeto Ambulante” é um dos tantos que desejam dar aos cachorros de rua uma vida melhor. Com a permissão dos vizinhos do quarteirão, os voluntários disponibilizam uma casa para cachorros que “vivem” no bairro. Além disso, se encarregam de vaciná-los e esterilizá-los.
Porém, sua ação não termina aí, já que fazem um acompanhamento do animal, alimentam-no e buscam para ele um lar definitivo. Pelo fato de não receberem ajuda do governo e de nenhuma organização, eles pedem que os cidadãos se envolvam doando materiais, não dinheiro.
“Se não posso dar a eles o meu lar, consigo, pelo menos, dar a eles um teto”, esse é o lema desse grupo que constrói as casas com madeira para que sejam mais resistentes, no interior delas colocam mantas, colchões ou telas e do lado de fora colocam um prato com comida e outro com água.
O segundo exemplo que vale a pena imitar é de um grupo de mulheres da cidade do Paraná, também na Argentina, que instalam “uma casinha solidária”, casinhas de madeira para que os cachorros de rua possam se proteger do frio ou da chuva.
A iniciativa começou colocando casas em parques e bairros e, atualmente, são muitos os voluntários que se oferecem a continuar esse trabalho. Claro que não recebem dinheiro de nenhum meio e trabalham com os materiais que as pessoas trazem. Pouco a pouco a cidade vai ficando cheia de “casinhas” e os bichinhos têm onde dormir à noite.
Ainda que essas iniciativas não sejam a solução para o problema da quantidade cães que vivem na rua e sejam só uma medida paliativa, pelo menos tornam o dia a dia dos cachorros de rua seja mais ameno e agradável.
Além disso, ao se encarregarem, em muitos casos, da esterilização, evita-se que a situação piore. É verdade que não podemos nos encarregar de todos os cachorros que estão abandonados, mas pelo menos quando nos ocupamos de um ou dois estaremos mudando suas vidas por completo. E nem sequer é preciso levá-los para nossa casa! Podemos ajudar esses cachorros construindo um abrigo com materiais que temos à disposição ou que vão parar no lixo.
Será que isso não vale a pena?
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