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Instinto de guarda dos Mastins

3 minutos
Além de tornar a seleção genética mais propícia para a proteção e manejo da pecuária, a socialização do filhote é fundamental, na qual a relação com o ser humano perde importância para se reforçar o vínculo com os rebanhos.
Instinto de guarda dos Mastins
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez

Última atualização: 21 dezembro, 2022

O instinto de guarda é uma das características mais importantes dos cães que protegem o gado e especialmente dos mastins. Mastins são um grupo de raças que pertencem aos cães molossos da montanha e são ideais não só para gerenciar o gado, mas para protegê-los de uma alcateia de lobos e de outras ameaças.

O instinto de guarda: uma questão de aptidão e raça

Quando falamos de aptidão, nos referimos ao objetivo que foi definido na hora de selecionar uma raça de cães. Isso é porque existem diferentes raças de mastins, como o Mastim espanhol e o Mastim dos Pireneus. Quando procuramos um cão com um bom instinto de guarda, falamos de raças nas quais esse comportamento foi selecionado.

Os Mastins também foram selecionados por sua aparência para atender a uma série de características visuais que nós gostamos na raça. No entanto, a criação de mastins com a finalidade ornamental faz com que estes animais não sejam adequados para proteger o gado, tanto pelo seu comportamento como pelo seu físico.

Assim, é possível diferenciar entre vários tipos de mastins. De um lado se encontram os mastins nativos de cada região, que foram submetidos a um processo de coexistência com o gado durante séculos. É possível afirmar que há cães de guarda desde o início da pecuária, há milênios, assim eles se adaptaram ao ambiente, aos predadores e ao gado.

E, do outro lado, estão as raças ornamentais amastinadas, que têm a aparência de mastim, mas cuja seleção não teve como foco a proteção ao gado, mas sim a aparência. Um exemplo claro é o do Mastim Oficial Espanhol, que tem uma papada proeminente e pode ter problemas de mobilidade, por isso, não pode proteger bem o gado.

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Os mastins são ideais para cuidar do gado, dependendo do tipo de animais e áreas, pois, geralmente, em cada região onde tem havido pecuária extensiva por longos períodos, há raças de cães que são mais adequadas para a proteção dos rebanhos.

O instinto de guarda: a educação também conta

Além da raça e da genética apropriadas, para que o comportamento de guarda seja instintivo, você deve criar os filhotes de mastim com o gado. Isso permite que o instinto de proteção se desenvolva, porque os mastins acabam considerando os animais que eles protegem como parte de sua família.

A socialização é vital nesses animais, onde a relação com os seres humanos perde importância para construir fortes laços entre cães e ovelhas, vacas ou outros animais.

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Com isso percebemos que os mastins fazem parte do rebanho, por isso desenvolverão um instinto de proteção tenaz que os fará se comportar estrategicamente, dependendo da hora do dia e do terreno.

Comportamento do mastim

Quanto ao comportamento desses animais, que requer uma estabilidade emocional de ferro, deve ser um animal que não seja excessivamente brincalhão, mas que também não seja muito agressivo. Também deve ser um cão que esteja atento ao gado e especialmente ativo durante a noite, que é quando o ataque dos predadores é mais frequente e quando há uma menor presença humana.

Como já mencionamos, os vínculos com os humanos não são uma prioridade. Embora o mastim nos ajude a cuidar do gado, o instinto de guarda é um comportamento que faz com que os animais gostem de proteger e não é, portanto, resultado de um treinamento, embora seja necessário corrigir alguns hábitos indesejáveis, como o uso de força excessiva, inclusive durante as brincadeiras.

Alguns pensam que os Mastins são a principal ferramenta para resolver o conflito entre o gado e os lobos, pois um bom número de mastins parece evitar a maioria dos ataques, especialmente quando apoiados por outras medidas, como concentrar as parideiras e resguardar os rebanhos.

Ainda assim, o mastim é um cão que tem um alto custo de manutenção, por isso, para resolver esse problema, é importante que toda a sociedade ajude: nosso consumo constitui uma parte importante dessa ajuda e comprar produtos locais pode ajudar os agricultores tradicionais a manter suas tropas de mastins.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.