Mensagens de apoio após a perda de um animal de estimação

Oferecer apoio após a perda de um animal de estimação é mais sobre saber administrar sua própria empatia do que ter um repertório de frases para a ocasião. Aqui estão algumas dicas para isso.
Mensagens de apoio após a perda de um animal de estimação
Sara González Juárez

Escrito e verificado por a psicóloga Sara González Juárez.

Última atualização: 30 outubro, 2022

A cada dia, mais pessoas aceitam que os animais não humanos que vivem juntos em casa fazem parte da família. Por isso, a atitude de dar apoio quando alguém sofre a perda de um animal de estimação é cada vez mais semelhante à de familiares da mesma espécie.

No entanto, reconhecer o luto de um animal de estimação como válido não significa que seja sempre acertada a tentativa confortar o ente querido. Na verdade, ser um bom companheiro nesses tempos difíceis é uma tarefa que requer certas habilidades. Aqui nós vamos ajudar você a conseguir prestar esse apoio.

O acompanhamento no luto

O luto é uma resposta natural à perda de um ente querido. É uma experiência única para cada indivíduo, por isso não existem mensagens universais e eficazes de apoio para qualquer ocasião. Muitos fatores influenciam a dor emocional: a morte repentina do animal, a sensibilidade do tutor, suas habilidades de enfrentamento e muito mais.

Então, o que fazer para ajudar uma pessoa a superar a morte de um animal de estimação? É possível aliviar sua dor? Nas seções a seguir você encontrará algumas dicas para ser uma boa companhia nesse período.

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O processo de luto não deve ser ignorado

Você não pode eliminar a dor da perda de um ente querido. O luto é um processo natural: a pessoa precisa passar por ele e é normal que o próprio tempo cure. Seu desejo de aliviar o sofrimento de alguém é certamente sincero, mas você deve respeitar suas necessidades.

A dor dessa pessoa é válida

Dar apoio a uma pessoa que está passando pela perda de um animal de estimação não deve incluir ignorar seus sentimentos. Mensagens como “Era só um cachorro” ou “A morte de um canário não é como se seu gato tivesse morrido” só fazem a pessoa enlutada entender que você não respeita suas emoções.

Reduzir a carga emocional da dor de outra pessoa mostra uma clara falta de empatia.

Coloque as necessidades dessa pessoa em primeiro lugar

É comum encontrar testemunhos de pessoas que receberam pouco apoio emocional durante seus processos de luto, especialmente quando se trata da morte de um ente querido não humano. Frequentemente, afirma-se que os acompanhantes têm como prioridade reduzir seu próprio mal-estar, tentando aliviar a dor do luto ou minimizando-a.

Se você realmente deseja ajudar alguém que perdeu seu animal, nunca deve invalidar sua dor. É provável que por empatia você também sofra, mas lembre-se de que quem precisa de ajuda é o outro.

Como ajudar uma pessoa enlutada

Ao ler as recomendações, você provavelmente encontrou falhas em todas elas. Isso é normal, pois cada pessoa, como já dissemos, vive a morte a seu modo. Portanto, aqui estão recomendações mais específicas para ajudar um amigo que está encarando a perda de seu animal de estimação.

Do que você precisa?

Se o enlutado for uma pessoa próxima, você saberá do que ele precisa nos momentos mais tristes. Pode ser conversar sobre isso, se distrair com outra coisa, um abraço ou até ficar sozinho. Perguntar sobre as necessidades naquele momento também é uma boa forma de acompanhar, pois essa pessoa terá uma prova tangível da sua preocupação, mesmo que você já saiba como ajudar.

Dê conselhos apenas quando solicitados

É natural querer dar conselhos como forma de apoio a alguém próximo para superar a perda de um animal de estimação, mas em momentos de tristeza muito intensa eles podem não ser bem recebidos (mais ainda se forem recomendações simplistas, como “O que você tem que fazer é sair”). É a própria pessoa que deve administrar o luto e tomar medidas para amenizar seu sofrimento.

Pratique a escuta ativa

Uma pessoa que expressa sua dor aos outros geralmente envia uma mensagem mais dirigida a si mesma do que aos presentes. Expressar seus sentimentos em voz alta faz parte do processo de chegar a um acordo com a morte do animal e caminhar em direção à recuperação.

Preste atenção ao que a pessoa amada diz, mas não tente corrigir ou “consertar “. Pergunte, fique em silêncio para que ela continue falando ou apenas fique ao seu lado enquanto ela desabafa.

Evite condolências simplistas

É natural querer encontrar uma mensagem que alivie a dor que uma pessoa sente quando seu animal de estimação morre. As palavras curam em alguns cenários, no entanto, lamentamos dizer que isso nem sempre é verdade no caso da morte. Algumas mensagens a evitar são estas:

  1. “Eu sei como você se sente”: a menos que você tenha encarado uma perda e a tenha vivido com de forma semelhante a essa pessoa, você não pode dizer que sabe como ela se sente. É uma frase inocente e cheia de boas intenções, mas em algumas pessoas desperta reações de rejeição.
  2. “Seu bichinho não está mais sofrendo”, “ele descansou”: esse tipo frase pode ajudar se o enlutado a disser para si mesmo. Quando vem de fora, o foco fica no animal que morreu, quando quem quer consolar é a pessoa que permanece neste mundo.
  3. “Meu cachorro morreu de…”: compartilhar a própria experiência com a pessoa enlutada pode ser benéfico em fases posteriores, embora não contribua em nada quando o animal tiver acabado de morrer.
  4. “Pelo menos não morreu de…”: não é nada reconfortante pensar que o animal poderia ter sofrido mais do que sofreu até sua morte.
  5. “Agora você tem que ser forte”: outra frase dita com boas intenções que, porém, do ponto de vista do enlutado só significa uma pressão para se recuperar. Alguém que acaba de sofrer uma perda tem o direito de se mostrar vulnerável.
Ser o melhor amigo do seu cão não é difícil se você tratá-lo bem.

Uma última dica

É natural sentir-se triste quando um animal da família morre, mas também é normal se recuperar disso. Se você perceber que alguém próximo a você estende sua dor ao longo do tempo e não melhora, pode ser uma boa ideia consultar um psicólogo. Reconhecer um luto patológico é tarefa do profissional, mas dar suporte após a perda de um animal de estimação não é algo que termina após o ritual de despedida.


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