O que faço se meu filho quer um animal de estimação?

O que faço se meu filho quer um animal de estimação?
Francisco María García

Escrito e verificado por o advogado Francisco María García.

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Durante a infância, as crianças começam a demonstrar curiosidade pela natureza e, principalmente, pelos animais. E pode ser perfeitamente possível que você descubra que seu filho quer um animal de estimação. O que fazer então?

Como é natural, crianças têm a curiosidade de saber como é ter um animal de estimação. No entanto, devemos prestar atenção para não contribuir para os maus-tratos contra os animais ou com o abandono por não levar em conta suas necessidades e estilo de vida.

A importância da conscientização

É lógico que todos queremos agradar nossos filhos e vê-los felizes com nossos presentes e mimos. No entanto, não podemos permitir que um capricho ou desejo passageiro ponha em risco o bem-estar de um ser vivo. Vale dizer que muitos animais acabam sendo abandonados. Essa é a triste consequência quando os proprietários perdem o interesse em cuidá-los ou não podem mantê-los.

Os animais, assim como nós, são seres vivos dotados de inteligência, linguagem e sentimentos. Requerem cuidados específicos – que variam de acordo com a espécie – e merecem receber uma criação saudável e feliz. Proporcionar as melhores condições para o desenvolvimento do nosso animal não é uma alternativa, e sim uma responsabilidade.

Deixar claro para as crianças: um cão não é um brinquedo

Por isso, antes de realizar o desejo se seu filho quer um animal de estimação, é importante conversar com os pequenos. É importante expor os cuidados que o animal necessita, o tempo que ele requer, sua expectativa de vida, etc. Dessa maneira, conseguiremos que as crianças entendam que um animal não é um brinquedo descartável, e que tê-lo não é um hobby.

Menino passeando com cachorro

Também é fundamental analisar nosso estilo de vida antes de realizar esse pedido. Quando decidimos acolher um animal em nosso lar, é nosso responsabilidade, como adultos, proporcionar ao pet os cuidados adequados.

Por mais que as crianças se comprometam a cuidar de seu novo animal, não poderão fazer isso sozinhas. Por isso, necessitamos dedicar parte de nosso tempo ao novo integrante da família.

Meu filho quer um animal de estimação: como escolher?

É importante saber que cada animal se adapta melhor a um determinado espaço, estilo de vida, clima, etc. Para orientar a escolha do animal ideal para sua família, geralmente é útil traçar um breve perfil que contenha:

  • A personalidade da criança e dos demais integrantes da família.
  • O tempo livre que cada pessoa poderá dedicar ao animal.
  • O espaço disponível no lar.
  • As expectativas sobre o novo animal: saber se esperamos um animal mais carinhoso ou mais independente, mais ativo ou mais calmo, etc.
  • Levar em conta se a criança ou outro familiar tem alguma alergia, problema respiratório ou dermatológico. Isso para optar por raças hipoalérgicas, por exemplo.
  • O clima de sua cidade e a capacidade adaptativa do animal.

 

Menino com cachorro no jardim

Fonte: Chris_Parfitt

De forma geral, os cães geralmente são mais dependentes de seus donos. Requerem mais tempo e disposição para se exercitar, brincar, além de serem educados e socializar adequadamente.

Algumas diferenças com os gatos

Os gatos são mais independentes por natureza, e geralmente adaptam-se muito bem a ambientes menores. Mas também requerem a devida atenção, com estímulos físicos e cognitivos para se manterem saudáveis. Além disso, podem ser exigentes com respeito à alimentação, higiene e socialização. Não necessariamente o animal de estimação ideal para seu filho deve ser um gato ou um cão. Se temos pouco tempo e espaço ou uma rotina muito agitada, podemos preferir um animal menor que requeira poucos cuidados diários: um hamster ou uma tartaruga, por exemplo.

Por que comprar quando se pode adotar?

Quando a vida animal é tratada como uma mercadoria, as consequências são graves para sua saúde e desenvolvimento. Muitos animais sofrem historicamente mutilações físicas e emocionais para cumprir os padrões estéticos ou funções de briga ou trabalho forçado.

Essas “adaptações” aos caprichos humanos ocorrem no caso de raças como Cocker Spainel, Rottweiler, Dogue Argentino, Dobermann, Pitbull Americano e muitas outras.

Ao adotar, ajudamos a combater inúmeras práticas abusivas que seguem vigentes no mercado de compra e venda de animais. Além disso, escolhemos dar uma segunda oportunidade a milhões de animais que foram abandonados e maltratados.

Por isso, adotar é um ato que permite a muitos animais conhecer pela primeira vez o amor e o afeto de uma família. A adoção fomenta a consciência e o respeito pela vida animal. Trata-se de uma relação de cooperação mútua e sem interesses, como deveria ser toda e qualquer relação de amor.

Então, ao invés de comprar, por que não adotar, se seu filho quer um animal de estimação? Os animais adotados ou mestiços são capazes de aprender e dar carinho como qualquer cão de raça.

Além disso, eles serão eternamente agradecidos e poderão ensinar muito sobre a vida a uma criança.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.