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Omo, a primeira girafa branca que não é albina

3 minutos
Omo, a primeira girafa branca que não é albina
Última atualização: 11 junho, 2016

As girafas… são animais encantadores. Há pouco tempo tive a oportunidade de vê-las de perto e, inclusive, pude alimentá-las. Como não conhecia muito bem a espécie, estava com um pouco de receio de me aproximar muito, mas logo descobri que elas eram pacíficas, muito carinhosas, além de serem muito delicadas em seus movimentos. No entanto, hoje, a curiosidade é uma girafa branca que não é albina.

Foi então que eu entendi por que para elas é tão difícil a sobrevivência na selva. Elas são confiáveis e tranquilas e, por isso, acabam se tornando presas fáceis. 

Hoje, iremos falar sobre uma girafa muito especial, Omo, uma girafa branca, mas que não é albina.

Omo, uma girafa branca albina?

Omo foi vista pela primeira vez por alguns pesquisadores na Tanzânia, mais especificamente no Parque Nacional Tarangire.

Todos pensaram que haviam feito uma descoberta única: uma girafa albina. Eles estavam totalmente convencidos do fato e, inclusive, a observaram por vários dias para tentar encontrar algum comportamento diferente.

GirafasFonte: Pinterest

Os pesquisadores chegaram até a dizer que ela não se relacionava com as outras girafas e que sempre fugia quando elas se aproximavam. Porém, na verdade, Omo não é uma espécie especial (perdoem a redundância) nem se afasta das suas companheiras. 

Ela é somente um bebê. Tem um ano de vida e já nasceu com essa cor. Essa girafa possui uma coloração embranquecida, na qual mal se distingue as manchas características das girafas. O seu pelo que cai sobre o pescoço tem uma cor de fogo intenso, mas ela é tão ou mais bela do que qualquer outra girafa que você já tenha visto.

Mas se ela não é uma girafa albina, o que ela é então?

Omo não é uma girafa albina

Ela é somente uma girafa branca, diferente e especial. E por que ela é branca? A sua cor se deve ao leucismo, que é quando a pele é incapaz de produzir o pigmento que lhe traria cor.

Isso não tem nada a ver com o albinismo, já que os animais albinos carecem de melanina, que é a substância responsável pela coloração da pele e de outras partes do nosso corpo. Mas a diferença é que a falta de melanina também se reflete nos olhos, fazendo com que até mesmo uma pequena veia possa ser vista.

Entretanto, o leucismo, como é o caso de Omo, somente afeta a sua pele e, por isso, podemos dizer que Omo é simplesmente uma girafa branca. 

O leucismo já foi identificado antes em outros animais, como em búfalos e avestruzes, porém Omo é a primeira girafa que padece dessa condição.

Omo, a girafa brancaFonte: Pinterest

Como a cor de Omo pode afetá-la?

Essa cor especial que Omo tem na sua pele felizmente não irá afetar a sua saúde de forma alguma, porém é possível que afete a sua sobrevivência.

Isso porque a cor natural da pele das girafas, que são tons de dourado e chocolate, são um bom traje de camuflagem no seu habitat natural. 

Omo nasceu no ano passado e embora tenha sobrevivido ao seu primeiro ano, que costuma ser o mais difícil, já que as girafas menores são um manjar para muitos predadores, Omo ainda não saiu da manada para selva, ou seja, para o mundo real, e é possível que a sua cor a transforme em uma presa fácil, uma vez que ela não poderá se camuflar de forma natural como as suas companheiras.

De onde vem o seu nome?

Essa é uma anedota divertida, já que esse nome foi escolhido pelos guias locais do parque de Tanzânia devido a uma marca de detergente tira-manchas famosa que possui o mesmo nome. Divertido e bem preciso.

Esperamos que Omo seja uma batalhadora que esteja sempre perto de sua manada e que os predadores não consigam encontrá-la. Ainda não se sabe se o leucismo é hereditário, porém, se ele for, poderemos ter em breve uma nova espécie de girafas brancas.

Eu sempre gostei do diferente, do autêntico e do especial e, sem dúvida, Omo é tudo isso. Desejamos para ela o melhor.

As fotos são uma cortesia de Pinterest.com

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.