Os cães também podem detectar o diabetes

Os cães também podem detectar o diabetes

Última atualização: 14 janeiro, 2017

Em vários artigos, falamos que os animais são capazes de detectar doenças, como o câncer. Hoje, falaremos de uma nova descoberta. Os cães podem detectar o diabetes também.

Os cachorros desempenham cada vez mais a função de assistência. Desde o momento em que foram criados os cães-guias, foram sendo conhecidas habilidades que nossos amigos caninos têm. Aí, foi descoberto todo o potencial deles para usá-lo em nosso benefício.

O que é exatamente o diabetes?

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O diabetes é um transtorno metabólico ocasionado por um excesso de açúcar no sangue. Tal transtorno pode chegar a afetar, com o passar do tempo, outros órgãos do corpo. Nos rins, na vista ou nos vasos sanguíneos, pode chegar, inclusive, a ocasionar doenças cardíacas.

Os sintomas principais são o excesso de urina, o aumento do apetite, o aumento da sede e uma perda de peso aparente. Uma elevação do nível de açúcar pode levar o doente, inclusive, à morte. Por isso, determinar a tempo essa doença poderia salvar a vida dele.

É aí que nossos amigos, os cães, desempenham um importante papel. O fato de poderem detectar o diabetes é uma grande habilidade.

O que os cachorros detectam em relação ao diabetes?

Do mesmo modo que no caso de um câncer, acredita-se que o seu detalhado sistema olfativo pode desempenhar um papel importante na detecção. Nesse caso, não se sabe se é exatamente o odor ou outra coisa que faz com que o cachorro determine que o seu dono vá ter uma elevação do nível de açúcar.

O que realmente se comprovou foi o grau de acerto conseguido por esses animais. Esse grau de acerto é por volta de 98%, uma cifra que foi estimada muito alta, que nos dá a confiança de que um cão de assistência desse tipo pode nos ajudar extremamente.

Adestramento de cães de assistência para ajudar pessoas com diabetes 

Na Espanha, já foram adestrados 14 cães para esse fim, poucos em comparação com outras categorias. Contudo, os bons resultados poderão tornar possível que, no futuro, haja mais desses cães.

O adestramento se estende por aproximadamente um ano. Esses cães são treinados não só para detectarem as elevações do nível de açúcar, mas também as quedas desses níveis. Essas últimas são as primeiras a serem ensinadas a eles, por duas razões: elas são mais difíceis de detectar e são mais perigosas para o dono.

Os cães são examinados geneticamente para saber se têm aptidões necessárias para esse trabalho, ainda que tenha se chegado à conclusão de que os melhores cães para essa atividade são os da raça Jack Terrier. Mas qualquer bichinho poderia servir se tiver as aptidões necessárias. No entanto, recomenda-se que não seja treinado qualquer cão, bem como que a pessoa interessada busque aconselhamento em um centro de adestramento.

Esses cachorros são adestrados para não latirem por nenhum motivo que não esteja relacionado com a doença do dono, quer dizer, um cão adestrado para detectar o diabetes apenas latirá quando sentir que seu dono vai ter uma elevação ou queda do nível de glicose.

Isso será conseguido em um tempo suficiente para que o dono possa medir o nível de glicose no sangue dele. Dessa forma, ele saberá se está havendo uma elevação ou uma queda da glicose, agindo em seguida.

Cini, uma das cadelinhas adestradas para detectar o diabetes

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Cini, uma cadelinha, pertence a uma jovem de 19 anos, chamada Lídia, que sofre de diabetes desde os seus 5 anos de idade. Foi uma barra muito pesada se adaptar a essa vida, com uma companheira desagradável que a faria ter elevações e quedas de glicose no sangue para sempre.

No começo, ela não entendia o que devia fazer nem como fazer alguma coisa e a sua vida estava se tornando um inferno. Pouco a pouco, ela se acostumou a conviver com isso, e, então, chegou Cini, a sua salva-vidas e fiel amiga.

Na Espanha, Cini foi a primeira cadelinha a ser adestrada para esse fim. Ela apenas late em caso de não haver possibilidade de erro, sempre que late é porque algo acontece.

De acordo com Lídia, Cini é o seu seguro de vida e é o que lhe traz tranquilidade. Antes, ela tinha medo de ficar sozinha em casa, e, inclusive ela tinha dificuldade de dormir por causa do medo de que algo acontecesse com ela e de não ter tempo para agir. Esses medos desapareceram desde que Cini chegou a sua vida.

Parabéns para esses animais, dispostos a serem abnegados e leais, em troca de nada, por ajudarem aqueles que mais necessitam!


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